Hipótese de Sapir-Whorf – Wikipédia, a enciclopédia livre
A hipótese Sapir-Whorf, também conhecida como relativismo linguístico, foi proposta nos anos 1930 por dois linguistas, Edward Sapir e Benjamin Lee Whorf, que chegaram à formulação de uma tese que constituiu durante muito tempo uma referência para o relativismo linguístico.[1]
Em suma, essa hipótese postula que as pessoas vivem segundo suas culturas em universos mentais muito distintos que estão exprimidos (e talvez determinados) pelas diferentes línguas que falam.[1] Deste modo, também o estudo das estruturas de uma língua pode levar à elucidação de uma concepção de um mundo que a acompanhe.
Anteriormente a hipótese Weltanschauung (Visão de mundo) de Wilhelm von Humboldt (1767-1835) já argumentava ser impossível haver pensamento sem a linguagem, já que ela o determina. O homem teria primeiro aprendido a linguagem e depois a pensar. As observações de Edward Sapir e Benjamin Lee Whorf demonstraram essa hipótese levantada por Humboldt.
Esta proposição suscitou o entusiasmo de uma geração inteira de antropólogos, de psicólogos e de linguistas americanos e, em menor escala, europeus, nos anos 1940 e 1950, antes de ser enfraquecida pela corrente cognitivista.[2][3][4][necessário esclarecer] Ela influenciou um pouco o estruturalismo francês e, apesar das refutações formuladas, principalmente, por etnólogos e sociolinguistas[quais?] neste meio-tempo, sua existência persiste até hoje.[5]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b | A hipótese Sapir-Whorf
- ↑ Pinker, Steven.; Zocca, Cynthia Levart (2002). O instinto da linguagem como a mente cria a linguagem. São Paulo: Martins Fontes. OCLC 319226326
- ↑ Pinker, Steven. (1998). Como a mente funciona 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras. OCLC 50834125
- ↑ Pinker, Steven, 1954- (2008). Do que é feito o pensamento : a língua como janela para a natureza humana. São Paulo (SP): Companhia das Letras. OCLC 817213218
- ↑ Paul Kay & Willett Kempton (1984). «What is the Sapir-Whorf hypothesis?» (PDF)