Homem ao mar – Wikipédia, a enciclopédia livre

Homem ao mar é seguramente o momento mais estressante não apenas do iatismo, mas da navegação em geral, pelo que é necessário preparar-se para essas situações e ensinar a equipagem a reagir em consequência.

  • A pessoa que se apercebe que alguém caiu à água grita Homem ao mar a bombordo (ou estibordo). A partir desse momento essa pessoa não deve deixar de seguir com o olhar a que caiu à água;
  • Um outro aproxima-se com uma bóia que é lançada à que está na água;
  • Manobrar para recuperar o náufrago segundo uma das três técnicas.

Se a situação passar a uma operação de busca no alto mar, então é necessário içar a letra O que em código internacional de sinais em náutica quer dizer "Homem ao mar" [1] e difundir "MAYDAY" via VHF/MF.[2]

Calma e silêncio

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Num veleiro, mais do que num barco a motor, é preciso efetuar esta manobra com toda a calma pois que não se pode parar o motor e é preciso usar as condições atmosféricas para se se posicionar de maneira a recuperar o "homem ao mar". O silêncio é indispensável para que cada ordem ou informação pedida ou dada seja ouvida pelo resto da equipagem.

De qualquer maneira todas estas manobras devem terminar-se à capa com a pessoa a recuperar a sotavento da embarcação porque:

  1. protege-a do vento
  2. a borda a sotavento está normalmente mais baixa
  3. o barco vai naturalmente derivar aproximando-se dela.[3]

Manobra em oito

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O veleiro descreve um 8 para vir recuperar o náufrago, e mesmo sendo a manobra mais lenta é a mais segura pois nunca se faz a virar em roda mas sim uma (e meia) virar por davante.

Altera-se o direcção para se receber o vento de través e ao cruzar uma linha imaginária de 90° entre o náufrago e o vento, virar por davante e arribar (afastar a proa da linha do vento). Continuar nessa direcção até se poder orçar e aproximar do náufrago.[2]

Curva de Anderson

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Mais apropriado em condições de mar, vento e visibilidade favoráveis, limita-se a fazer um círculo (360°) para vir ter ao ponto de partida. Para embarcações de maior porte, deve-se dar todo o leme, em uma situação de ação imediata, para o bordo que a pessoa caiu. Após um desvio de 250 graus do rumo original, colocar o leme a meio e iniciar a manobra de parar a embarcação.

1. Método de recolhimento mais rápido

2. Difícil para uma embarcação de um só eixo propulsor

3. Aproximação à pessoa não é feita em linha reta

Curva de Williamson

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Em más condições de visibilidade ou efetuada por embarcações de maior porte, dar todo o leme, a uma situação de ação imediata, para o bordo que a pessoa caiu. Após um desvio de 60 graus do rumo original, dar todo o leme para o bordo oposto. QUando a proa estiver 20 graus antes do rumo inverso ao original, colocar o leme a meio e levar a embarcação para o rumo oposto ao da queda.

1. Volta a percorrer a trajetória inicial

2. Boa em visibilidade reduzida

3. Simples de ser realizada.

Esta manobra também é conhecida pelo nome de Boutakov, um comandante Russo que a utilizava para a manter os canhões à mesma distancia dos navios inimigos durante a guerra Russo-Japonesa.[4]

Curva de Scharnov

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Dar todo o leme para o bordo em que a pessoa caiu (não deve ser utilizada em uma situação de ação imediata). Após um desvio de 240 graus do rumo original, dar todo o leme para o bordo oposto. QUando a proa estiver a 20 graus antes do rumo inverso ao original, colocar o leme a meio e levar a embarcação ao rumo oposto.

1. Levará a embarcação a percorrer de volta a sua esteira

2. Menor distância a ser percorrida, economizando tempo

MOB é a sigla inglesa para Man Over Board

Referências

  1. Significado das bandeiras do Código Int. de Sinais (CIS) - Outubro 2011
  2. a b AN Cruzeiros
  3. Voile Evasion
  4. McPhee, John. Uncommon Carriers (New York: Farrar, Straus, and Giroux, 2006). pp.47-48