Hortense Luz – Wikipédia, a enciclopédia livre

Hortense Luz Pombeiro
Hortense Luz
Hortense Luz (cerca 1975)
Nome completo Hortense Luz
Nascimento 08 de fevereiro de 1900
Lisboa, Portugal Portugal
Morte 13 de agosto de 1984 (84 anos)
Lisboa, Portugal Portugal
Ocupação Actriz
Cônjuge Mário Pombeiro

Hortense Luz (Lisboa, 8 de Fevereiro de 1900Lisboa, 13 de Agosto de 1984) foi uma actriz portuguesa do século XX.

Hortense Luz nasceu a 8 de Fevereiro de 1900 em Lisboa no seio de uma família ligada ao teatro (o irmão João Guilherme era cenógrafo), frequentou o conservatório, tendo terminado o curso em 1918 com a nota de 18 valores.

Nesse mesmo ano estreou-se no Teatro Sá da Bandeira, na peça A Vizinha do Lado, levada à cena pela Companhia de Maria Matos.

Estrela de várias revistas e das operetas, casa nos anos 20 com Mário Pombeiro, com quem funda uma companhia teatral que levava o seu nome, e onde actores como Eugénio Salvador se vão estrear no teatro. Com a companhia faz várias digressões às colónias Africanas de Portugal, e ao Brasil. A Companhia Hortense Luz é na realidade uma das que mais virão a fazer digressões nas colónias africanas.[1]

Em 1927 Hortense Luz foi eleita “1.ª figura de cartaz” pelo público, e em 1928, já como empresária, apresenta o grande êxito de 1928 A Rambóia com Corina Freire, António Silva, Ema de Oliveira e Francis Graça.

No final dos anos 30 começa também a colaborar na rádio e em filmes; participa em 1938 no primeiro filme dobrado em português, nos estúdios da Tobis Portuguesa, O Grande Nicolau, um filme francês distribuído pela Filmes Império. Na dobragem participam os actores Vasco Santana, Alberto Ghira, ou Ribeirinho. Mais tarde, com o advento da RTP, participa em vários programas, entre os quais apresenta Melodias de Sempre, na companhia de Jorge Alves, bem como em peças de teatro e filmes.

Em 1932 vai com a sua companhia até Angola, para a inauguração a 1 de Janeiro do Cine Teatro Nacional em Luanda, com a revista Zabumda.[2]

Nos anos 40 participa em peças da companhia "Comediantes de Lisboa" de António Lopes Ribeiro.

A sua última participação numa revista foi na Delírio em Lisboa em 1959. Retira-se dos palcos em meados dos anos 70.

Hortense Luz faleceu em Agosto de 1984 em Lisboa.

A maioria do seu espólio (fatos de cena, fotografias, guiões, etc), foi doada pela família ao Museu Nacional do Teatro.

Tem ruas com o seu nome em Barbacena,[3] Odivelas[4] e na Costa de Caparica.[5]

Participações

[editar | editar código-fonte]
Esta lista está incompleta. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-a.
  • A Vizinha do Lado (1918)
  • Traulitania (1919)
  • A Rambóia (1928)
  • O Grão de Bico (1931)
  • O Jorge Cadete (1931)
  • Zabumda (1932)
  • Revista das Revistas (1932)
  • Três Num Automóvel (1952)
  • Andam Maridos no Ar (1953)[6]
  • Mulheres há muitas (1954)
  • Ela Não Gostava do Criado (1957)[7]
  • Delírio em Lisboa (1959)
  • A Barca Sem Pescador (1966)[8]
Esta lista está incompleta. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-a.
  • Os Televizinhos (série, 1957)
  • Lisboa em Camisa (série, 1960)[9]
  • Melodias de Sempre (programa de variedades, 1962-1968)
  • A TV Através dos Tempos (mini-série, 1964)
  • Romance na Serra (teleteatro, 1964)
  • Cruzeiro de Férias (série, 1965)[10]
  • Riso e Ritmo (programa de variedades, 1968)
  • Fantasio (teleteatro, 1969)

...

Referências

  • "Rumo a África. Contribuição para o estudo da presença portuguesa das companhias de teatro e dos actores portugueses em África (1900-1974)", José Carlos Alvarez in Revista Camões nº 19, 2006.
  • MEMÓRIAS ULTRAMARINAS, Virgínia Cabral Fernandes, Dezembro de 1994, Depósito Legal n.º 85086/94

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]