Inquisidor-geral – Wikipédia, a enciclopédia livre
O Inquisidor-Geral ou Grande-Inquisidor (em Latim Inquisitor Generalis) era a máxima autoridade oficial da Inquisição. O mais famoso foi provavelmente o espanhol Tomás de Torquemada, religioso dominicano.
Lista de inquisidores-gerais de Espanha
[editar | editar código-fonte]Os seguintes indivíduos desempenharam o cargo de inquisidores-gerais de Espanha entre 1483 e 1834:
- Tomás de Torquemada (1483-1498), prior de Santa Cruz
- Diego de Deza (1498-1507), arcebispo de Sevilha. Renunciou.
Separação das Inquisições de Castela e de Aragão
Castela:
- Francisco Jiménez de Cisneros (1507-1517), cardeal e arcebispo de Toledo primaz das Espanhas.
Aragão:
- Juan Enguera (1507-1513), bispo de Vic.
- Luis Mercader (1512-1516), bispo de Tortosa.
- Adriano de Utrecht (1516-1517), cardeal e bispo de Tortosa.
Reunificação das Inquisições de Castela e de Aragão:
- Adriano de Utrecht (1517-1522), cardeal e bispo de Tortosa.
- Alfonso Manrique de Lara (1523-1538), cardeal e arcebispo de Sevilha.
- Juan Pardo de Tavera (1539-1545), arcebispo de Toledo primaz das Espanhas.
- Juan García de Loaysa y Mendoza (1546), arcebispo de Sevilha.
- Fernando Valdés (1547-1566), arcebispo de Sevilha. Renunciou em 1566.
- Diego de Espinosa (1567-1572), bispo de Sigüenza.
- Gaspar de Quiroga y Vela (1573-1594), cardeal e arcebispo de Toledo primaz das Espanhas.
- Jerónimo Manrique de Lara (1595), bispo de Ávila.
- Pedro de Portocarrero (1596-1599), bispo de Calahorra e bispo de Córdova. Renunciou.
- Fernando Niño de Guevara (1599-1602), cardeal e arcebispo de Sevilha. Renunciou.
- Juan de Zúñiga (1602), bispo de Cartagena.
- Juan Bautista de Acevedo (1603-1608), arcebispo in partibus infidelium.
- Bernardo de Sandoval y Rojas (1608-1618), cardeal e arcebispo de Toledo primaz das Espanhas.
- Luis de Aliaga (1619-1621), confesor real de Filipe III de Espanha. Renunciou.
- Andrés Pacheco (1622-1626), bispo de Cuenca.
- Antonio de Zapata (1627-1632), cardeal e arcebispo de Burgos. Renunciou.
- Antonio de Sotomayor (1632-1643), arcebispo de Damasco.
- Diego de Arce y Reinoso (1643-1665), bispo de Plasência.
- Pascual de Aragón (1665), arcebispo de Toledo primaz das Espanhas. Renunciou.
- Juan Everardo Nithard, S.J. (1666-1669), confessor do rei Filipe IV de Espanha, cardeal e arcebispo de Edessa. Renunciou.
- Diego Sarmiento de Valladares (1669-1695), bispo de Plasência.
- Juan Tomás de Rocabert (1695-1699), arcebispo de Valência.
- Baltasar de Mendoza y Sandoval (1699-1705), bispo de Segóvia. Renunciou.
- Vidal Marín (1705-1709), bispo de Ceuta primaz de África.
- Antonio Ibañes de la Riva Herrera (1709-1710), arcebispo de Saragoça.
- Francisco Giudice (1711-1716), cardeal. Renunciou.
- José de Molines (1717), auditor da Rota Romana.
- Felipe de Arcemendi (1718), proposto por Filipe V de Espanha, não chegou a tomar posse do cargo.
- Diego de Astorga y Céspedes (1720), bispo de Barcelona. Renunciou.
- Juan de Camargo (1720-1733), bispo de Pamplona.
- Andrés de Orbe y Larreátegui (1733-1740), arcebispo de Valência.
- Manuel Isidro Manrique de Lara (1742-1746), arcebispo de Santiago de Compostela.
- Francisco Pérez de Prado y Cuesta (1746-1755), bispo de Teruel.
- Manuel Quintano Bonifaz (1755-1774), arcebispo de Farsala. Renunciou.
- Felipe Beltrán (1775-1783), bispo de Salamanca.
- Agustín Rubín de Ceballos (1784-1793), bispo de Jaén.
- Manuel Abad y Lasierra (1793-1794), bispo de Astorga e arcebispo de Selimbria.
- Francisco Antonio de Lorenzana (1794-1797), cardeal e arcebispo de Toledo primaz das Espanhas. Renunciou.
- Ramón José de Arce (1798-1808), arcebispo de Burgos e arcebispo de Saragoça. Renunciou.
- Francisco J. Mier y Campillo (1814-1818), bispo de Almeria.
- Cristóbal Bencomo y Rodríguez (1818), arcebispo titular de Heraclea, confessor do rei Fernando VII de Espanha (o cargo foi rejeitado pelo próprio Cristóbal Bencomo y Rodríguez).[1]
- Jerónimo Castellón y Salas (1818-1820), bispo de Tarazona.
Lista de inquisidores-gerais de Portugal
[editar | editar código-fonte]- D. Diogo da Silva (1536-1539), desembargador da Casa da Suplicação, confessor de D. João III de Portugal, bispo de Ceuta primaz de África e arcebispo de Braga primaz das Espanhas.
- Cardeal D. Henrique (1539-1579), cardeal e arcebispo de Braga primaz das Espanhas, duas vezes arcebispo de Évora e arcebispo de Lisboa. Veio a ser rei de Portugal.
- D. Manuel de Meneses (1578, enquanto coadjutor de D. Henrique), bispo de Lamego e bispo de Coimbra conde de Arganil. Não chegou a suceder ao Cardeal D. Henrique, porque faleceu em África, na Batalha de Alcácer-Quibir em 4 de Agosto de 1578, onde acompanhara o rei D. Sebastião I de Portugal na qualidade de Enfermeiro-Mor.
- D. Jorge de Almeida (1580-1585), arcebispo de Lisboa.
- Cardeal Alberto de Habsburgo (1586-1593), cardeal e arcebispo de Toledo primaz das Espanhas. Arquiduque de Áustria, Vice-Rei de Portugal e Governador dos Países Baixos Espanhóis.
- D. António de Matos de Noronha (1596-1602), bispo de Elvas.
- D. Jorge de Ataíde (1602), capelão-mor de D. Filipe I de Portugal e por duas vezes vice-rei de Portugal. Indicado para o cargo e nomeado pelo Papa Clemente VIII, mas recusou a posse.
- D. Alexandre de Bragança, (1602-1604) arcebispo de Évora.
- D. Pedro de Castilho (1605-1615), capelão-mor de D. Filipe II de Portugal.
- D. Fernão Martins de Mascarenhas (1615-1628), bispo do Algarve em Faro.
- D. Francisco de Castro, (1630-1653) bispo da Guarda. Reitor da Universidade de Coimbra.
- D. Sebastião César de Meneses (1663-1668). Indicado pelo rei D. Afonso VI de Portugal como inquisidor-geral, mas não nomeado pelo Papa Alexandre VII devido à falta de reconhecimento do Estado português pela Santa Sé.
- D. Pedro de Lencastre (1671-1673), arcebispo de Braga primaz das Espanhas e Duque de Aveiro e Marquês de Torres Novas.
- D. Veríssimo de Lencastre (1676-1692), arcebispo de Braga primaz das Espanhas.
- D. Frei José de Lencastre (1693-1705), bispo de Miranda e bispo de Leiria. Membro do Conselho de Estado.
- D. Nuno da Cunha e Ataíde (1707-1750), capelão-mor dos reis D. Pedro II de Portugal e D. João V de Portugal.
- D. José de Bragança (1758-1760), filho bastardo de D. João V de Portugal.
- D. João Cosme da Cunha (1770-1783), governador das Justiças e membro do Conselho de Estado.
- Frei Inácio de São Caetano (1787-1788), arcebispo, ministro de Estado e do Despacho, confessor de D. Maria I de Portugal e D. Pedro III de Portugal.
- D. José Maria de Melo (1790-1818), bispo do Algarve em Faro, e confessor da rainha D. Maria I de Portugal.
- D. José Joaquim da Cunha Azeredo Coutinho (1818-1821), bispo de Elvas.[2]
- D. Jorge de Ataíde
Referências
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- PÉREZ VILLANUEVA, Joaquín, e ESCANDELL BONET, Bartolomé - "Historia de la Inquisición en España y América. I: El conocimiento científico y el proceso histórico de la Institución (1478-1834)". Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 1984. ISBN 84-2201-158-1