Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa – Wikipédia, a enciclopédia livre
Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa | |
---|---|
IDP | |
Nomes anteriores | Instituto Brasiliense de Direito Público |
Fundação | 1998 |
Tipo de instituição | Privada |
Localização | Brasília, DF |
Diretor(a) | Francisco Schertel Mendes |
Campus | Asa Sul, Asa Norte |
Página oficial | www |
O Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa,[1] originalmente Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP, sigla que permanece em uso), é uma instituição educacional privada brasileira, fundada em Brasília em 1998. Oferece cursos presenciais e on-line de graduação, pós-graduação stricto sensu e lato sensu, e extensão nas áreas de Direito, Administração Pública, Economia, Relações Internacionais, Publicidade, Engenharia, dentre outros. [2]
Seus fundadores são o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, e o ex-procurador-geral da República Inocêncio Mártires Coelho.[3]
Entre os professores do IDP estão mestres e doutores que atuam no cenário jurídico brasileiro como ministros de tribunais superiores, procuradores, advogados e consultores jurídicos de diversos órgãos públicos e privados.[4]
Em 2010, o IDP obteve autorização do Ministério da Educação (MEC) para criar a Escola de Direito de Brasília (EDB) e iniciar seu primeiro curso de graduação na área de Direito.[carece de fontes]
Campus
[editar | editar código-fonte]Localizado na Asa Sul de Brasília, o IDP tem sua sede em um prédio de seis andares, com instalações modernas e planejadas para atender pessoas com necessidades especiais. As salas de aula são amplas, há também sala de estudos individuais e para grupos de pesquisa — todas equipadas, confortáveis e com acesso à internet.
Em 2015, o IDP inaugurou um auditório que sedia grandes congressos, seminários e palestras que realiza, juntamente com um espaço ambivalente para diversas atividades culturais. Com capacidade para 250 pessoas, o novo auditório foi cuidadosamente projetado para ter uma acústica perfeita.
O IDP tem dois laboratórios, um de informática com 30 computadores, e o outro de audiovisual com capacitação técnica para registrar eventos acadêmicos e fazer exibições. Esse laboratório audiovisual conta com um estúdio de gravação, recepção e transmissão ao vivo de aulas, reuniões e outras atividades acadêmicas. Tem ainda um sistema virtual de acompanhamento, tutoria e monitoramento a distância.
Com o objetivo de atender às diversas demandas de pesquisas no que se refere à Administração, Comunicação, Direito, Economia, Jornalismo e Publicidade, a biblioteca do IDP tem um acervo riquíssimo. São cerca de 22 mil documentos, entre livros, dicionários, enciclopédias, coleções especiais, periódicos científicos e demais obras de referência.[5]
Em 2022, o IDP inaugurou um campus na Asa Norte para os seus novos cursos de Graduação nas áreas de Arquitetura, Engenharias e Computação e, também aos já antigos cursos de Comunicação, Administração e Economia. A localidade conta com um parque tecnológico de 9 mil metros de área construída, salas de aula modernas, salas para estudos, sala de arquitetura, estúdio de audiovisual, espaços incríveis de convivência, auditórios, teatro, laboratórios e espaço maker. [6]
Polêmicas
[editar | editar código-fonte]Desde que foi criado, o IDP tem sido objeto de diversas críticas por conta de sua composição e financiamento.[7] A crítica mais forte é o fato do IDP ter como sócio-fundador um ministro do STF, Gilmar Mendes, sendo que sua fundação foi realizada enquanto ele já era ministro.[8] O IDP se apresenta publicamente como sendo um think tank da área de Direito no Brasil[9], portanto com direta influencia de um dos mais poderosos ministros do STF, o que lança questões éticas sobre a legitimidade da conexão entre uma entidade privada e o próprio Supremo Tribunal Federal. Vários novos membros da justiça eleitoral tem sido escolhidos também a partir dos quadros do IDP[10]. Segundo a revista Carta Capital, conforme consta das informações do "Portal da Transparência" da Controladoria Geral da União, desde 2003 esse Instituto faturou cerca de R$ 1,6 milhão em convênios com a União. Ainda segundo a mesma reportagem, de dez colegas do Gilmar Mendes no STF, seis são professores desse Instituto, além de outras figuras importantes nos poderes executivo e judiciário. Entre os seus maiores clientes estão a União, o STJ e o Congresso Nacional.[11][12]
O financiamento do IDP também é controverso. Um dos maiores financiadores do instituto é o grupo J&F Investimentos, investigado por corrupção pela operação Lava-Jato: de acordo com as investigações, a J&F teria investido 2,1 milhões de reais no instituto[7]. Tendo em vista as conexões entre o IDP e o STF, tem-se criticado a legalidade de tais financiamentos empresariais.
Referências
- ↑ «Conheça o IDP». IDP. Consultado em 17 de novembro de 2021
- ↑ «Nossos Cursos - IDP». 24 de julho de 2020. Consultado em 30 de dezembro de 2023
- ↑ «Conheça o IDP». www.idp.edu.br. Consultado em 2 de maio de 2017
- ↑ «Corpo Docente». www.idp.edu.br. Consultado em 4 de maio de 2017. Arquivado do original em 17 de maio de 2017
- ↑ «Nosso Campus». IDP. Consultado em 12 de dezembro de 2021
- ↑ «Vem aí: Novo Campus do IDP na Asa Norte - IDP». 14 de dezembro de 2021. Consultado em 30 de dezembro de 2023
- ↑ a b «Instituto de Gilmar Mendes recebeu patrocínio de R$ 2,1 milhões da J&F». Folha de S.Paulo
- ↑ «As polêmicas envolvendo o IDP de Gilmar Mendes». GGN - O jornal de todos os brasis. Consultado em 19 de agosto de 2017
- ↑ «Conheça o IDP». www.idp.edu.br. Consultado em 19 de agosto de 2017
- ↑ «Supremo aprova para TSE três professores de faculdade de Gilmar». Folha de S.Paulo
- ↑ Gilmar Mendes perde ação contra jornalista Leandro Fortes e Carta Capital Alagoas 24 horas, 5 de janeiro de 2011
- ↑ A carreira pouco edificante de Gilmar Mendes em perguntas e respostas Diário de Goiás, 12 de janeiro de 2014