Isaac de Pinto – Wikipédia, a enciclopédia livre

Pintohuis, a casa da Família Pinto, já foi uma biblioteca. Está hoje aberta para a comunidade[1].

Isaac de Pinto (Amesterdão, 1717- 14 de Agosto de 1787) foi um economista e um financeiro judeu de nacionalidade portuguesa (Sefardita) holandês. É a figura mais proeminente do judaísmo português do século XVIII.

Filho de David Pinto, nasceu em Amesterdão, numa família antiga e rica, oriunda de Portugal ou Espanha. Isaac Pinto foi accionista da companhia privada que geria o comércio com as colónias ultramarinas holandesas nas Américas e África Ocidental - a W.I.C. (Companhia Holandesa das Índias Ocidentais). Isaac foi conselheiro do Príncipe Guilherme IV da Holanda, que governou no período 1747-1751, convencendo o Príncipe a comparticipar-se na W.I.C.

Isaac envolveu-se numa controvérsia com Voltaire sobre questões da religião judaica. Também trocou correpondência com Benjamin Franklin, discutindo a Revolução Americana.

A casa de Isaac de Pinto em Amesterdão, não muito longe da Sinagoga Portuguesa de Amsterdão, é hoje uma biblioteca.

Traité de la circulation et du crédit, 1771
  • "Tratado da circulação e do crédito", de 1771 - Sua obra mais conhecida, versando o endividamento público e suas consequências para a Economia Nacional.
  • "Ensaio sobre o luxo", publicado em 1762 em Amsterdão
  • "Apologia para a Nação Judia, ou Reflexões críticas". Publicado em 1762. Isaac enviou uma cópia a Voltaire, que agradeceu.
  • "Argumentos contra os Materialistas", publicado em Haia em 1774.

Escreveu também sobre o desenvolvimento da quantidade de moeda, o nível dos juros, a formação de capital.

Karl Marx citou-o no "Capital", criticando-o, comparando o seu estilo com o de Pindar, poeta lírico da antiguidade grega, tudo porque Marx reprovava a visão de Isaac de Pinto, apologista do capitalismo e do liberalismo económico.

Referências

Ligações externas

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