Itapina – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Distrito do Brasil | ||
Localização | ||
Coordenadas | ||
Estado | Espírito Santo | |
Município | Colatina | |
História | ||
Criado em | 04 de julho de 1923 (101 anos) | |
Características geográficas | ||
População total (2010) | 2 498 hab. |
Itapina é um distrito do município de Colatina, no Espírito Santo.[1] Colonizada por italianos, alemães, sírios, turcos e libaneses, o distrito de Itapina viu florescer uma rica sociedade, cujo testemunho são residências e repartições comerciais que resistiram ao declínio da cidade devido ao êxodo rural.
História
[editar | editar código-fonte]Itapina foi fundada em meados do século XIX por imigrantes europeus, às margens do Rio Doce. Em 1919 foi inaugurada a Estação Ferroviária de Itapina, da Estrada de Ferro Vitória a Minas.[2]
A partir da década de 1910, Itapina viu a cidade florescer e se tornar um dos polos comerciais de café mais ricos do Espírito Santo. Lojas de carros e artigos importados, comerciantes de seda, café e outros artigos finos, faziam o comércio de Itapina mais movimentado que o da sede do município, Colatina.
O vilarejo contava com fábricas, posto de gasolina, cinema, escola particular, posto de saúde e outras benfeitorias que poucas cidades do estado contavam na época. Foi uma das primeiras cidades capixabas a ter energia elétrica, fornecida por uma hidrelétrica particular que atendia à vila e era mantida por contribuições de seus moradores.
Itapina é um povoado bucólico e já foi um dos povoados mais ricos de Colatina no início do século XX, devido à comercialização do café. A 5 quilômetros do Vale do Santa Joana e a cerca de 25 quilômetros da sede do município, o povoamento da parte sul do rio Doce considerado mais novo que outros do distrito, entrou de jusante para montante e sua população é descendente de alemães, italianos e de portugueses.
No governo de Juscelino Kubitschek, dentro do Plano de Metas estava incluído um projeto de uma ponte que passaria sobre o Rio Doce e ligaria Itapina à então em construção BR-101, e encurtaria o caminho até Colatina em até 30 minutos.[3]
Devido a falta de interesses políticos e a burocracia, a ponte foi abandonada e atualmente virou um ponto turístico da cidade. Mesmo com a erradicação do café que teve inicio na década de 1960, Itapina ainda resistiu à decadência, principalmente por seu forte comércio, sustentado pelos donos de propriedades rurais.
Decadência do vilarejo
[editar | editar código-fonte]Desde a década de 1970 devido a um conjunto de fatores como o declínio da produção de café, o não término da ponte e o êxodo rural o vilarejo começou entrar em declínio, tendo grande parte de seus moradores se mudado para cidades maiores como Vitória e Colatina em busca de melhor qualidade de vida. Gradativamente os bares, clubes, meios de entretenimento, fábricas e até a escola particular foram fechados por inviabilidade econômica.
Atualmente a economia do vilarejo se reduz a bares, uma única farmácia e um posto de correio, e fora do perímetro urbano, de atividades agropecuárias. Logo na entrada do distrito, há uma fábrica de cerâmica artesanal, desativada há mais de 30 anos;
Após o Rompimento de barragem em Mariana, o Rio Doce ficou contaminado com detritos e metais pesados, inviabilizando a atividade pesqueira. Com isso, a economia da região ficou ainda mais abalada.
Hoje o distrito ainda conta com duas Escolas situadas no mesmo prédio. Uma de ensino fundamental e outra de ensino médio, mantida pela Prefeitura Municipal de Colatina. A EMEF "Maria Ortiz" e o EEEM "Antõnio Eugênio Rosa", que recebe alunos de várias regiões próximas a Itapina.
Geografia
[editar | editar código-fonte]Localização
[editar | editar código-fonte]Fica localizada às margens do Rio Doce, junto à foz do rio Laje, entre as cidades de Colatina e Baixo Guandu. São oito quilômetros de estrada de terra a partir da BR asfaltada.[3] O distrito também pode ser acessado pelos trens da Estrada de Ferro Vitória a Minas, operada pela mineradora Vale.[2]
População
[editar | editar código-fonte]Pelo Censo 2010 (IBGE) a população total do distrito era de 2 498 habitantes, e a população urbana era de 696 habitantes.[4]
Atrações turísticas
[editar | editar código-fonte]- FeNaViola (Festival Nacional de Viola), criado em 2007 com o intuito de melhorar a repercussão do lugar, teve sua segunda edição em 2008, na qual atraiu milhares de pessoas de todo o estado e até de Minas Gerais e outros estados. O Festival já contou com conhecidos nomes da MPB, como Zé Geraldo e Jair Rodrigues. A Festa se realiza, anualmente, durante o feriado de Corpus Christi.
- As construções preservadas, lembranças da riqueza da primeira metade do século XX;
- Passeio de trem até Colatina, Vitória ou Belo Horizonte pela Estrada de Ferro Vitória a Minas;
- Travessia do Rio Doce, por balsa, gratuitamente;
- Cachoeiras conservadas e limpas;
- Rio Doce, que atrai pescadores;
- Reserva Ecológica de Itapina;
- A ponte inacabada com vista para o por-do-sol no Rio Doce entre vales e montanhas.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Divisão Territorial Brasileira | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 6 de dezembro de 2023
- ↑ a b «Itapina -- Estações Ferroviárias do Estado do Espírito Santo». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 10 de agosto de 2020[ligação inativa]
- ↑ a b «DER-ES - Mapa Rodoviário». der.es.gov.br. Consultado em 10 de dezembro de 2023
- ↑ «IBGE | Censo 2010 | Sinopse por Setores». censo2010.ibge.gov.br. Consultado em 6 de dezembro de 2023