Jacarandá-da-bahia – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Jacarandá-da-bahia
Classificação científica edit
Reino: Plantae
Clado: Tracheophyta
Clado: Angiospermae
Clado: Eudicots
Clado: Rosídeas
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae
Gênero: Dalbergia
Espécies:
D. nigra
Nome binomial
Dalbergia nigra
Sinónimos[1]
  • Drepanocarpus microphyllus Wawra
  • Miscolobium nigrum Allemao
  • Pterocarpus niger Vell.

O jacarandá-da-bahia (nome científico: Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth.; em inglês Brazilian Rosewood), também chamado jacarandá, caviúna, cabiúna, cabiúna-rajada, cabiúna-do-mato, graúna, caviúno, jacarandá-cabiúna, jacarandá-caviúna, jacarandá-preto, jacarandá-una e pau-preto, é uma árvore fabácea endêmica do Brasil, ocorrendo na floresta pluvial atlântica dos estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.[2][3]

"Jacarandá" provém do termo tupi iakarandá.[4] O "-da-bahia" é uma referência a sua presença expressiva no estado da Bahia.[carece de fontes?]

Ocorre na floresta ombrófila densa da Mata Atlântica, em solos ricos, tanto na mata primária quanto em formações secundárias.[carece de fontes?]

Características

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Uma das mais valorizadas madeiras brasileiras, tem sido explorada desde a fase colonial. As sementes servem de alimento para roedores, o que dificulta sua regeneração.[5] Está na lista de espécies ameaçadas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e ocorre em várias áreas protegidas.[carece de fontes?]

É uma espécie florestal nativa da família Leguminosae Papilionoideae.[6]

Árvore de 15 a 25 metros de altura, tronco com 40–80 cm de diâmetro, madeira rija, negra, resistente, com desenhos variados, fácil de ser trabalhada.[carece de fontes?]

Folhas compostas pinadas com 11 a 17 folíolos, flores esbranquiçadas e pequenas, frutos membranosos indeiscentes com 1-2 sementes.[carece de fontes?]

Floresce entre setembro e novembro, e os frutos amadurecem em agosto-setembro.[carece de fontes?]

Foi comumente utilizada em obras de marcenaria de luxo, construção de instrumentos de corda e instrumentos musicais[6] e na fabricação de pianos. Inclusive foi usada em decoração externa de carros, como o Belina Luxo Especial, carro da Ford.[7]

Instrumentos musicais feitos de jacarandá-da-bahia, hoje, são muito valorizados.[8] A madeira foi amplamente utilizada nos anos 1950-1960 em escalas de guitarras e fundos de violões. Devido a sua sonoridade única, ao fato de estar presente em quase todos os instrumentos vintage, além do fato de ela ter se tornado uma madeira de lei, a madeira de jacarandá-da-bahia (Brazilian Rosewood) tornou-se a mais cobiçada na fabricação de instrumentos musicais.[carece de fontes?]

Desde 1992, devido a ameaça de extinção da espécie, o comércio do jacarandá está proibido. Essa proibição tornou instrumentos antigos, por exemplo, feito com a madeira da espécie nativa brasileira, com um valor de relíquia.[8]

É considerada a madeira brasileira mais valiosa e bela.[3]

Referências

  1. The Plant List: A Working List of All Plant Species, consultado em 12 de dezembro de 2015 
  2. Lorenzi, Harri. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, Editora Plantarum, Nova Odessa, 1992. p. 200.
  3. a b FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 978.
  4. Navarro, Eduardo de Almeida (2013). Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo: Global. ISBN 9788526019331 
  5. Varty, N. 1998. Dalbergia nigra. In: IUCN 2008. 2008 IUCN Red List of Threatened Species. Downloaded on 02 April 2009.
  6. a b Bernardino, Daíse Cardoso de Souza; Paiva, Haroldo Nogueira de; Neves, Júlio César de Lima; Gomes, José Mauro; Marques, Vanderléia Braga (2007). «Influência da saturação por bases e da relação Ca:Mg do substrato sobre o crescimento inicial de jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra (Vell.) Fr. All. ex Benth.». Scielo. Consultado em 2 de agosto de 2021 
  7. «Grandes Brasileiros: Ford Belina Luxo Especial». Quatro Rodas. 7 de novembro de 2017. Consultado em 2 de agosto de 2021 
  8. a b O GLOBO, AGÊNCIA (18 de julho de 2021). «Instrumentos brasileiros antigos movimentam mercado informal de luthiers, músicos e colecionadores». Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios. Consultado em 2 de agosto de 2021 

Ligações externas

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