Salafismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Salafismo (em árabe: سلفي; salafī, "predecessores" ou "primeiras gerações") ou movimento salafista é um movimento ortodoxo, internacionalista e ultraconservador[1] dentro do islamismo sunita. A doutrina pode ser resumida por ter "uma abordagem fundamentalista do Islã, emulando o profeta Maomé e seus primeiros seguidores". Eles apoiam a aplicação da Xaria (lei islâmica). O movimento é frequentemente dividido em três categorias: o maior grupo são os puristas, que evitam a política; o segundo maior grupo são os ativistas, que se envolvem na política; o menor grupo é o dos jihadistas.[2]
O movimento salafista é muitas vezes descrito como sendo sinônimo de wahhabismo, mas salafistas consideram o termo "wahhabi" depreciativo.[3] O salafismo também é descrito como um híbrido do wahhabismo e de outros movimentos pós-1960.[4] O movimento conservador faz uma abordagem literal, rigorosa e puritana do Islã e, especialmente no Ocidente, os jihadistas salafistas defendem a jihad ofensiva como uma expressão legítima do islamismo contra aqueles que consideram inimigos de sua religião.[5]
Dentro das suas figuras mais proeminentes podemos incluir um grupo de intelectuais da Universidade de Al-Azhar, do Cairo, onde se destacam claramente, Muhammad Abduh (1849-1905), Jamal al-Din al-Afghani (1839-1897) e Rashid Rida (1865-1935).[6][7][8][9] O movimento defende o mínimo de liberdade religiosa possível.[10]
Alguns defendem que foi Muhammad ibn Abd-al-Wahhab[11][12] quem na generalidade divulgou na Arábia Saudita um islamismo que visava recuperar os princípios basilares do Islão desde a sua fundação, embora este reformismo aparente do wahhabismo fosse mais um voltar ao rigorismo interpretativo do Alcorão e não tanto a um reformismo ideológico consensual, como defendiam os salafistas. Pese o facto de estes também gostarem de se denominar de salafistas (ou mais propriamente de salafis), mas esta designação é mais etimológica (um caso de coincidência do significado de palavras) do que doutrinária e tem pouco a ver com as ideias e ideais dos primeiros intelectuais e precursores ideológicos do salafismo. O salafismo começou a crescer na Turquia Otomana na Primeira Guerra Mundial com o pretexto de evitar a estrategia secular de dividir para conquistar os islâmicos depois da guerra, algo que foi neutralizado parcialmente com Mustafa Kemal Atatürk.[13]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Richard Labeviere, "Dollars For Terror." Translated by Martin DeMers (NY: Algora Publishing, 2000) p. 33; see also Daniel Yergin, "The Prize" (New York: Simon & Schuster, 1991) pp. 403f.
- ↑ «Salafism: Politics and the puritanical». The Economist. 27 de junho de 2015. Consultado em 29 de junho de 2015
- ↑ The Islamic World Doesn't Need a Reformation
- ↑ Stephane Lacroix, Al-Albani's Revolutionary Approach to Hadith. Leiden University's ISIM Review, Spring 2008, #21.
- ↑ Dr Abdul-Haqq Baker, Extremists in Our Midst: Confronting Terror, Palgrave Macmillan, 2011
- ↑ Encyclopedia of Islam and the Muslim World, Macmillan Reference, 2004, v.2, p.609
- ↑ The New Encyclopedia of Islam by Cyril Glasse, Rowman and Littlefield, 2001, p.19
- ↑ The Oxford Dictionary of Islam by John L. Esposito, OUP, 2003, p.275
- ↑ Historical Dictionary of Islam by Ludwig W. Wadamed, Scarecrow Press, 2001, p.233
- ↑ «The ISIS Described by the US Media as a "Sunni Muslim Militia" is "Made in America". It has Nothing to Do with Sunni Islam» (em inglês). 19 de março de 2015.
O Estado Islâmico nunca registrou conversões forçadas de Judeus ao Islã, vide:
- ↑ Salafipublications.com http://www.salafipublications.com Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ «Salafi Islam». Globalsecurity.org
- ↑ «THE BEGINNING AND SPREADING OF WAHHABISM». www.sufi.it. Consultado em 6 de novembro de 2019
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Salafi Islam». www.globalsecurity.org