Jane Austen – Wikipédia, a enciclopédia livre

Jane Austen

Único retrato oficial de Jane Austen, aos trinta e cinco anos em 1810; aquarela feita por sua irmã Cassandra Austen.
Nascimento 16 de dezembro de 1775
Steventon, Hampshire,
Inglaterra, Reino da Grã-Bretanha
Morte 18 de julho de 1817 (41 anos)
Winchester, Hampshire,
Inglaterra, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda
Parentesco
Ocupação Escritora, romancista
Principais trabalhos Pride and Prejudice, Sense and Sensibility, Persuasion, Emma
Religião Cristianismo anglicano
Assinatura
Assinatura de Jane Austen

Jane Austen (Steventon, 16 de dezembro de 1775Winchester, 18 de julho de 1817) foi uma romancista inglesa conhecida principalmente por seus seis romances, que implicitamente interpretam, criticam e comentam sobre a pequena nobreza rural inglesa no final do século XVIII. Os enredos de Austen frequentemente exploram a dependência das mulheres do casamento para a busca de posição social favorável e segurança econômica. Suas obras são críticas implícitas aos romances de sensibilidade da segunda metade do século XVIII e fazem parte da transição para o realismo literário do século XIX.[1][a] Seu uso de comentários sociais, realismo, inteligência e ironia lhe rendeu elogios de críticos e acadêmicos.

Os livros anonimamente publicados Razão e Sensibilidade (1811), Orgulho e Preconceito (1813), Mansfield Park (1814) e Emma (1816) foram sucessos modestos, mas lhe trouxeram pouca fama durante sua vida. Ela escreveu outros dois romances — Northanger Abbey e Persuasion, ambos publicados postumamente em 1817 — e começou outro, eventualmente intitulado Sanditon, mas foi deixado inacabado após sua morte. Ela também deixou para trás três volumes de escritos juvenis em manuscrito, o curto romance epistolar Lady Susan e o romance inacabado The Watsons.

Desde sua morte, os romances de Austen raramente ficaram fora de catálogo. Uma transição significativa em sua reputação ocorreu em 1833, quando foram republicados na série Standard Novels de Richard Bentley (ilustrada por Ferdinand Pickering e vendida como um conjunto). Eles gradualmente ganharam grande aclamação e leitores populares. Em 1869, seu sobrinho publicou A Memoir of Jane Austen. Seu trabalho inspirou um grande número de ensaios críticos e foi incluído em muitas antologias literárias.

Seus romances foram adaptados para vários filmes, incluindo Sense and Sensibility (1995), Orgulho e Preconceito (2005), Emma (2020) e uma adaptação de "Lady Susan" Amor e Amizade (2016), bem como o filme da BBC Persuasão (1995) e a minissérie da BBC Pride and Prejudice (1995).

Jane Austen nasceu em Steventon, Hampshire, em 16 de dezembro de 1775. Ao escrever sobre seu nascimento em uma carta, seu pai diss que sua mãe "certamente esperava que tivesse sido levada para a cama há um mês". Ele acrescentou que a recém-nascida era "um brinquedo de presente para Cassy e uma futura companheira".[3] O inverno de 1775-1776 foi particularmente rigoroso e foi somente em 5 de abril que ela foi batizada na igreja local e batizada de Jane.[3]

Igreja de São Nicolau em Steventon, conforme retratado em A Memoir of Jane Austen[4]

Seu pai, George Austen (1731–1805), serviu como reitor das paróquias anglicanas de Steventon e Deane.[5][b] O reverendo Austen veio de uma família antiga e rica de comerciantes de lã. À medida que cada geração de filhos mais velhos recebia heranças, o ramo da família de George caiu na pobreza. Ele e suas duas irmãs ficaram órfãos quando crianças e tiveram que ser acolhidos por parentes. Em 1745, aos quinze anos, a irmã de George Austen, Filadélfia, foi aprendiz de chapeleira em Covent Garden.[7] Aos dezesseis anos, George entrou no St John's College, Oxford,[8] onde provavelmente conheceu Cassandra Leigh (1739–1827).[9] Ela veio da proeminente família Leigh. Seu pai era reitor do All Souls College, Oxford, onde ela cresceu entre a pequena nobreza. Seu irmão mais velho, James, herdou uma fortuna e uma grande propriedade de sua tia-avó Perrot, com a única condição de que ele mudasse seu nome para Leigh-Perrot.[10][11]

George Austen e Cassandra Leigh ficaram noivos, provavelmente por volta de 1763, quando trocaram retratos em miniaturas.[12] Ele recebeu o sustento da paróquia de Steventon de Thomas Knight, o marido rico de sua prima em segundo grau.[13] Eles se casaram em 26 de abril de 1764 na Igreja de St Swithin em Bath, por licença, em uma cerimônia simples, dois meses após a morte do pai de Cassandra.[12][14] A renda deles era modesta, com George tendo uma pequena renda anual. Cassandra trouxe para o casamento a expectativa de uma pequena herança na época da morte de sua mãe.[15][16]

Depois que a moradia na reitoria vizinha de Deane foi comprada para George por seu rico tio Francis Austen,[17] os Austen fixaram residência temporária lá, até que a reitoria de Steventon, uma casa do século XVI em ruínas, passou por reformas necessárias. Cassandra deu à luz três filhos enquanto vivia em Deane: James em 1765, George em 1766 e Edward em 1767.[18][19] Seu costume era manter uma criança em casa por vários meses e depois colocá-la com Elizabeth Littlewood, uma mulher que morava perto para amamentar e criar por doze a dezoito meses.[20]

Carreira literária

[editar | editar código-fonte]

Animada pelo êxito de Sense and Sensibility, sua primeira obra, a autora tentou publicar também Pride and Prejudice, que foi vendido em novembro de 1812 e publicado em janeiro de 1813. Ao mesmo tempo, começou a trabalhar em Mansfield Park. Em 1813, a identidade da autora de Pride and Prejudice começou a difundir-se, graças à popularidade da obra e à indiscrição da família. Nesse mesmo ano foi publicada a segunda edição de suas obras, e em maio de 1814 surgiu Mansfield Park, obra da qual se venderam todos os exemplares em seis meses, e Austen começou a trabalhar em Emma.

Era seu irmão Henry, que vivia em Londres, quem se encarregava de negociar com os editores, e quando Jane ia a Londres, hospedava-se em sua casa. Em 1813, Henry Austen foi tratado pelo Sr. Clarke, médico do príncipe Regente, o qual, ao descobrir que Austen era a autora de Pride and Prejudice e Sense and Sensibility, obras que apreciava muito, pediu a este que solicitasse a Henry que o romance seguinte da autora fosse a ele dedicado. É possível que tal pedido tenha demorado a chegar até ela, pois em suas cartas não guardava uma boa opinião sobre os príncipes, devido às suas conhecidas infidelidades.[21]

Em Chawton, Austen não tinha a mesma privacidade que em Steventon, e é bastante famosa a anedota narrada por James Austen-Leigh, acerca da porta “chiante” que Austen solicitou que não fosse reparada, pois a avisava antecipadamente da chegada de algum visitante, para esconder o manuscrito que escrevia.

Em dezembro de 1815 foi publicada Emma, dedicada ao príncipe regente e, no ano seguinte, uma nova edição de Mansfield Park. A segunda não teve o êxito das obras anteriores, e as perdas desequilibraram os ganhos da primeira edição.

Austen começou Persuasion em agosto de 1815, mas um ano depois começou a se sentir mal. No início de 1817, começou Sanditon, porém teve que abandonar a obra por seu estado de saúde. Para receber tratamento médico foi levada a Winchester, onde faleceu em 18 de julho do mesmo ano.

Suas últimas palavras foram: "Não quero nada mais que a morte".[22] tinha 41 anos de idade.

Em seu testamento, legou tudo o que tinha para sua irmã Cassandra. Na época, não se sabia a causa de sua morte; hoje, considera-se que foi Doença de Addison. Está enterrada na Catedral de Winchester.[23]

O epitáfio, na catedral de Winchester, não menciona que foi a autora de seus conhecidos romances. Em 1872, depois que James Edward Austen-Leigh publicou suas Memórias, foi colocada uma nova placa explicando sua condição de escritora e salientando: "She opened her mouth with wisdom and in her tongue is the law of kindness" ("Ela abriu sua boca com sabedoria e em sua língua reside a lei da bondade").

Seus romances Persuasion e Northanger Abbey foram preparados para publicação por Henry Austen, e foram publicadas em 1817, em uma edição combinada de quatro volumes. Da mesma forma que nas obras anteriores, seu nome não consta, mas é citado apenas que se trata da mesma autora das outras obras, e traz uma "nota biográfica sobre o autor", anunciando sua morte.

O único retrato da escritora considerado autêntico é um desenho realizado para ilustrar as Memórias de Austen-Leigh, uma reinterpretação realizada na era vitoriana de um desenho de sua irmã. Atualmente, o desenho está na National Gallery de Londres. A partir deste, foram criadas todas as variações de retratos de Jane Austen que podemos encontrar hoje em dia.

Na British Library, também em Londres, pode-se encontrar uma caderneta presenteada por seu pai, ilustrada por Cassandra, sua irmã, onde Jane escreveu suas primeiras histórias. Também se encontram ali manuscritos dos últimos capítulos de “Persuasión”, e um pequeno escritório em madeira.

Existem dois museus dedicados a Jane Austen. O "Jane Austen Centre", em Bath, é um museu público situado em uma casa georgiana em Gay Street, a alguns metros do número 25, onde residiu Austen em 1805. O outro, "Jane Austen's House Museum", na cabana de Chawton, em Hampshire, lugar onde viveu a escritora de 1809 até 1817.

Histórico social na época de Jane Austen

[editar | editar código-fonte]

O período britânico de Regência compreende a regência de Jorge IV como Príncipe de Gales, durante a enfermidade de seu pai, Jorge III, e constitui uma ponte entre o período georgiano e o vitoriano.

Jane Austen viveu na época da regência, porém sua obra literária se caracteriza por descrever com mais precisão a sociedade rural georgiana e não tanto as mudanças sofridas com a chegada da modernidade. Essa mudança se baseia em dois fatores externos fundamentais: por um lado, a revolução agrária, que constitui o começo da revolução industrial, e suas importantes repercussões sociais; por outro lado, o colonialismo, as Guerras Napoleônicas e a extensão do Império Britânico.

Com o advento da industrialização, a antiga ordem hierárquica que situava em alta posição a nobreza e seus bens sofreu um processo de mudança, surgindo novas formas de adquirir riquezas. A revolução agrária havia provocado um incremento na população inglesa, que por sua vez impulsionou a economia para atender a demanda. Pela primeira vez na história da Grã-Bretanha, a população se sustentava, graças às inovações introduzidas nas técnicas de cultivo. Em decorrência disso, uma classe social até então minoritária começou a se fazer notar e ganhar importância: a alta burguesia agrária. A população inglesa iniciou um êxodo do campo para a cidade, buscando emprego na indústria e isso incorreu num novo conceito de valores, independente das velhas tradições.

No início da era vitoriana, a antiga hierarquia e o que ela representava haviam se tornado antigos. Por outro lado, as Guerras Napoleônicas (1804–1815) abriram outro tipo de profissão, no exército, que nos anos seguintes continuou em alta, devido à expansão do colonialismo; ademais, apareceram heróis nacionais, como o Duque de Wellington, e Lord Nelson, o que outorgava certo romantismo à profissão.

A era georgiana se caracterizou, também, pelas mudanças sociais no aspecto político. Foi a época das campanhas para a abolição da escravatura, da reforma das prisões e das críticas à ausência de uma justiça social. Foi também a época em que os intelectuais começaram a defender políticas de bem-estar social, e se construíram orfanatos, hospitais e escolas dominicais.

Literatura na época georgiana

[editar | editar código-fonte]

Na literatura, a época georgiana se caracterizou pelo ressurgimento do romance e pela discussão se esse era realmente um gênero literário e de qualidade.

De acordo com Ian Watt, no ensaio The Rise of the Novel, o renascimento do romance ou novela está intrinsecamente enlaçado com o florescimento da classe média, que, diferentemente da nobreza, não havia sido educada com os clássicos, não conhecia o latim, nem o grego, e tampouco compartilhava o interesse pelos temas das literaturas clássicas.[24] Outro fator importante era que a imprensa havia tornado possível a aquisição de livros pelas classes mais pobres; o número de livros publicados cresceu, permitindo um incremento no número de escritores profissionais. Assim, um novo tipo de leitores propiciou um novo tipo de literatura.

Sem dúvida, uma das críticas que atualmente se faz a Watt é a exclusão das escritoras de romances e novelas em sua descrição dos séculos XVIII e XIX. Hoje se reconhece que mais da metade dos autores durante esta época eram mulheres que, através da escrita, conseguiam certa independência econômica. Não obstante, a qualidade da maioria dessas obras deixava muito a desejar, pois era plena de tópicos e clichês de linguagem e de personagens, herança da literatura gótica. No caso de Austen, ela defende o romance como gênero de qualidade, introduzindo discussões sobre a literatura praticamente em todas as suas obras, e criticando as obras de segunda categoria, como na paródia “Northanger Abbey”.[25]

A educação da mulher

[editar | editar código-fonte]

Durante a época de Jane Austen não existia um sistema de educação propriamente dito, e a educação das crianças era feita nas escolas dominicais, ou, no caso das famílias mais abastadas, através de tutores. Por outro lado, existiam algumas "escolas para damas", que tinham má reputação, pois ofereciam uma educação deficiente. Também era comum mandar os filhos homens para viver na casa de um tutor, como o era o pai de Jane Austen. Crescendo nessa casa, pode-se supor que a autora foi uma mulher bastante instruída para seu tempo.[26]

O tratado de educação mais relevante para a época era o Emilio de Rousseau, que tem suas bases no Iluminismo. Rousseau propunha que todos os males de sua época se originavam na própria sociedade, e que a única alternativa era provocar uma transformação no homem através da educação; uma educação que o permitisse libertar-se da corrupção que provoca a sociedade. A influência do Iluminismo fez com que se começasse a criar um sistema educativo fundamentado na razão. Sem dúvida, tanto em Rousseau, como em muitos outros pensadores do Iluminismo, a mulher estava excluída dessa necessidade educativa. Como exemplo, em Emilio se faz referência à educação da mulher através da sugestão para Sofía, a mulher destinada a casar-se com Emilio: a mulher deve ser educada para cumprir suas funções de esposa e mãe, e obedecer a seu marido.[27] Sendo assim, não é de se estranhar que numerosos tratados de conduta para mulheres jovens se popularizaram no século XVIII, ensinando doutrinas morais e enfocando a educação em aspectos domésticos, religião e "talentos", e separando-as de outros conhecimentos, que a tornariam pouco desejável aos olhos masculinos.

Há muitas passagens na obra de Jane Austen dedicadas aos "talentos", porém se há algo que todas as obras têm em comum é que nenhuma de suas heroínas está muito interessada por eles. Por talentos, então, se pode entender as diferentes habilidades que uma mulher que busca marido deve cultivar para atrair a atenção dele.[28]

"Acho incrível", diz Bingley, "como todas as jovens têm tanta paciência para cultivar todos esses talentos". (…) "Todas pintam, forram biombos e fazem bolsas. Não conheci uma que não saiba fazer tudo isso, e estou seguro de que jamais me falaram de uma jovem pela primeira vez sem referir-se a quão talentosa ela era". (…) "Uma mulher deve ter um amplo conhecimento de música, canto, desenho, dança, e línguas modernas para merecer essa palavra (talentosa); e, aparte de tudo isso, deve haver algo em seu ar e em sua maneira de andar, no tom de sua voz, em sua forma de relacionar-se com as pessoas, e em sua expressão que, se não for assim, não merecerá completamente a palavra".
Jane Austen, Pride and Prejudice

Jane Austen advoga, em seus romances, por uma educação liberal para a mulher, independente de todos esses "talentos", pois considera a falta de sensatez um grande risco para a vida social, para a escolha de um futuro favorável, e para a convivência conjugal.

Formação como escritora

[editar | editar código-fonte]
Jane Austen retratou com toques de ironia os costumes da sociedade de sua época

Torna-se difícil precisar o momento em que Jane Austen começou a escrever. A existência de cadernos de notas contendo relatos assinala que o talento despertou em tenra idade. Em 1791, aos 16 anos, já dispunha de um bom número de exemplares armazenados; seus primeiros trabalhos se caracterizam por ser de uma extensão ligeiramente inferior às suas obras mais maduras, e por estarem em um inglês mais simples, fácil e livre de ornatos próprios de muitos escritores.[29]

Sendo de uma família que promovia a aprendizagem, a leitura e as letras, Austen desenvolveu um talento especial que a levou ao desejo de compor textos, sempre representando neles os valores familiares que ela achava importantes.

Em sua concepção de educação, tal como expressou em seus romances, o modelo dos pais exemplares era suficiente para moldar a boa conduta dos filhos. Não acreditava estritamente na figura de tutor, tão comum na época, para criar as crianças, e assim o manifestou nas palavras de Elizabeth, a protagonista de Pride and Prejudice: "Não temos tutor, fazemos tudo por nós mesmos" (comentário dirigido à Lady Catherine de Bourgh, que reage surpresa). É evidente que Austen, apesar de seu isolamento literário, não era alheia às tendências de seu tempo, e assim o revela em suas obras, sobretudo com relação à figura feminina. Também em Pride and Prejudice, surge um debate entre os personagens, quando Elizabeth discute com Mr Darcy, Mr e Miss Bingley, e Mrs Hurst em Netherfield, sobre o que comumente era o protótipo de dama ideal. Para a aristocracia, um bom modelo era o de uma mulher culta, que saiba falar idiomas modernos, que entenda de música, de estilo, de vários temas, e que tenha certo carisma e expressão que a favoreçam. Frente a isso, Elizabeth põe em dúvida se existe uma mulher capaz de ter todas essas qualidades ao mesmo tempo, ao que responde: “Não duvido que conheçais apenas uma dezena; duvido que conheçais alguma”.

Comemoração de Austen na parede do Cantinho dos Poetas na Abadia de Westminster, Londres

Em 2013, as obras de Austen apareceram em uma série de selos postais do Reino Unido emitidos pelo Royal Mail para marcar o bicentenário da publicação de Orgulho e Preconceito.[30] Austen está na nota de 10 libras emitida pelo Banco da Inglaterra, que foi introduzida em 2017, substituindo Charles Darwin.[31][32] Em julho de 2017, uma estátua de Austen foi erguida em Basingstoke, Hampshire, no 200º aniversário de sua morte.[33]

Notas

  1. Oliver MacDonagh diz que Razão e Sensibilidade "pode ​​muito bem ser o primeiro romance realista inglês", com base em seu retrato detalhado e preciso do que ele chama de "ganhar e gastar" em uma família nobre inglesa.[2]
  2. Irene Collins estima que quando George Austen assumiu o cargo de reitor em 1764, Steventon não contava com mais do que cerca de trinta famílias.[6]

Referências

  1. Grundy 2014, p. 195–197.
  2. MacDonagh (1991), 65, 136–137.
  3. a b Le Faye (2004), 27
  4. Le Faye (2004), 20
  5. Todd 2015, p. 2.
  6. Collins 1994, p. 86.
  7. «Philadelphia Austen Hancock: Eliza de Feuillide's Mother». Geri Walton (em inglês). 21 de outubro de 2019. Consultado em 22 de maio de 2022 
  8. Predefinição:Alox2
  9. Le Faye 2004, p. 3–5, 11.
  10. Le Faye 2004, p. 8.
  11. Nokes 1998, p. 51.
  12. a b Le Faye 2004, p. 11.
  13. Le Faye 2004, p. 6.
  14. Nokes 1998, p. 24,26.
  15. Le Faye 2004, p. 12.
  16. Nokes 1998, p. 24.
  17. Austen-Leigh, James Edward (1871). Memoir of Jane Austen (Second ed.). London: Richard Bentley and Son. Archived from the original on 19 December 2019. Retrieved 20 December 2019.
  18. Le Faye 2004, p. 11, 18, 19.
  19. Nokes 1998, p. 36.
  20. Le Faye 2004, p. 19.
  21. Opiniões de Jane Austen sobre as infidelidades do príncipe e sua esposa [1]
  22. Biography of Jane Austen (1818), escrita por seu irmão Henry Austen. John Murray. Londres. Reimpressa em 1833.
  23. Jane Austen (em inglês) no Find a Grave[fonte confiável?]
  24. The Rise of the Novel, Ian Watt
  25. Jane Austen, Meenakshi Mukherjee, na coleção Women Writers, Macmillan education LTD, 1991
  26. Jane Austen, Meenakshi Mukherhee, na coleção Women Writers, Macmillan education LTD, 1991
  27. Emilio, ou Da Educação. Jean-Jacques Rousseau, Alianza editorial, ISBN 84-206-3504-9
  28. «Jane Austen: Pride and Prejudice -- Notes on Education, Marriage, Status of Women, etc.». pemberley.com. Consultado em 23 de dezembro de 2022 
  29. A Memoir of Jane Austen por J. E Austen-Leigh, 2ª edición. Londres: Bentley, 1871
  30. Press Association (21 de fevereiro de 2013). «Jane Austen stamps go on sale». The Guardian. Consultado em 18 de setembro de 2022 
  31. «Jane Austen is now on Britain's 10 pound note». ABC News (em inglês). 14 de setembro de 2017. Consultado em 4 de dezembro de 2019 
  32. Morris, Steven (18 de julho de 2017). «Jane Austen banknote unveiled – with strange choice of quotation». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077. Consultado em 4 de dezembro de 2019 
  33. Zamira Rahim."World first' statue of Jane Austen unveiled". CNN. 18 July 2017.
  • Alexander, Christine and Juliet McMaster, eds. The Child Writer from Austen to Woolf. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. ISBN 0-521-81293-3.
  • Auerbach, Emily. Searching for Jane Austen. Madison: University of Wisconsin Press, 2004. ISBN 0-299-20184-8
  • Austen, Jane. Catharine and Other Writings. Ed. Margaret Anne Doody and Douglas Murray. Oxford: Oxford University Press, 1993. ISBN 0-19-282823-1.
  • Austen, Jane. The History of England. Ed. David Starkey. Icon Books, HarperCollins Publishers, 2006. ISBN 0-06-135195-4.
  • Austen, Henry Thomas. "Biographical Notice of the Author". Northanger Abbey and Persuasion. London: John Murray, 1817.
  • Austen-Leigh, James Edward. A Memoir of Jane Austen. 1926. Ed. R.W. Chapman. Oxford: Oxford University Press, 1967.
  • Austen-Leigh, William and Richard Arthur Austen-Leigh. Jane Austen: Her Life and Letters, A Family Record. London: Smith, Elder & Co., 1913.
  • Bayley, John. "Characterization in Jane Austen". The Jane Austen Companion. Ed. J. David Grey. New York: Macmillan Publishing Company, 1986. ISBN 0-02-545540-0. 24–34
  • Baker, Amy. "Caught in the Act of Greatness: Jane Austen's Characterization Of Elizabeth And Darcy By Sentence Structure In Pride and Prejudice". Explicator, Vol. 72, Issue 3, 2014. 169–178
  • Brownstein, Rachel M. "Out of the Drawing Room, Onto the Lawn". Jane Austen in Hollywood. Eds. Linda Troost and Sayre Greenfield. Lexington: University Press of Kentucky, 2001 ISBN 0-8131-9006-1. 13–21.
  • Butler, Marilyn. "History, Politics and Religion". The Jane Austen Companion. Ed. J. David Grey. New York: Macmillan Publishing Company, 1986. ISBN 0-02-545540-0. 190–208
  • Byrne, Paula. Jane Austen and the Theatre. London and New York: Continuum, 2002. ISBN 978-1-84725-047-6.
  • Cartmell, Deborah and Whelehan, Imelda, eds. The Cambridge Companion to Literature on Screen. Cambridge: Cambridge University Press, 2007. ISBN 978-0-521-84962-3.
  • Collins, Irene. Jane Austen and the Clergy. London: The Hambledon Press, 1994. ISBN 1-85285-114-7.
  • Copeland, Edward and Juliet McMaster, eds. The Cambridge Companion to Jane Austen. Cambridge: Cambridge University Press, 2014. ISBN 978-0-521-74650-2.
  • Doody, Margaret Anne. "The Early Short Fiction". The Cambridge Companion to Jane Austen. Eds. Edward Copeland and Juliet McMaster. Cambridge: Cambridge University Press, 2014. ISBN 978-0-521-74650-2. 72–86.
  • Duffy, Joseph. "Criticism, 1814–1870". The Jane Austen Companion. Ed. J. David Grey. New York: Macmillan Publishing Company, 1986. ISBN 0-02-545540-0. 93–101
  • Fergus, Jan. "Biography". Jane Austen in Context. Ed. Janet Todd. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. ISBN 0-521-82644-6. 3–11
  • Fergus, Jan. "The Professional Woman Writer". The Cambridge Companion to Jane Austen. Eds. Edward Copeland and Juliet McMaster. Cambridge: Cambridge University Press, 2014. ISBN 978-0-521-74650-2. 1–20.
  • Gay, Penny. Jane Austen and the Theatre. Cambridge: Cambridge University Press, 2002. ISBN 0-521-65213-8.
  • Gilson, David. "Letter publishing history". Jane Austen in Context. Ed. Janet Todd. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. ISBN 0-521-82644-6. 121–159
  • Gilson, David. "Editions and Publishing History". The Jane Austen Companion. Ed. J. David Grey. New York: Macmillan, 1986. ISBN 0-02-545540-0. 135–139
  • Grey, J. David. The Jane Austen Companion. New York: Macmillan Publishing Company, 1986. ISBN 0-02-545540-0.
  • Grundy, Isobel. "Jane Austen and literary traditions". The Cambridge Companion to Jane Austen. Eds. Edward Copeland and Juliet McMaster. Cambridge: Cambridge University Press, 2014. ISBN 978-0-521-74650-2. 192–214
  • Halperin, John. "Jane Austen's Lovers". SEL: Studies in English Literature 1500–1900 Vol. 25, No. 4, Autumn, 1985. 719–720
  • Harding, D.W., "Regulated Hatred: An Aspect of the Work of Jane Austen". Jane Austen: A Collection of Critical Essays. Ed. Ian Watt. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1963.
  • Honan, Park. Jane Austen: A Life. New York: St. Martin's Press, 1987. ISBN 0-312-01451-1.
  • Irvine, Robert Jane Austen. London: Routledge, 2005. ISBN 0-415-31435-6
  • Jenkyns, Richard. A Fine Brush on Ivory: An Appreciation of Jane Austen. Oxford: Oxford University Press, 2004. ISBN 0-19-927661-7.
  • Johnson, Claudia. "Austen cults and cultures". The Cambridge Companion to Jane Austen. Eds. Edward Copeland and Juliet McMaster. Cambridge: Cambridge University Press, 2014. ISBN 978-0-521-74650-2. 232–247.
  • Kelly, Gary. "Education and accomplishments". Jane Austen in Context. Ed. Janet Todd. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. ISBN 0-521-82644-6. 252–259
  • Keymer, Thomas. "Northanger Abbey and Sense and Sensibility". The Cambridge Companion to Jane Austen. Eds. Edward Copeland and Juliet McMaster. Cambridge: Cambridge University Press, 2014. ISBN 978-0-521-74650-2. 21–38
  • Kirkham, Margaret. "Portraits". Jane Austen in Context. Ed. Janet Todd. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. ISBN 0-521-82644-6. 68–82
  • Lascelles, Mary. Jane Austen and Her Art. Oxford: Oxford University Press, 1966 [1939].
  • Lane, Maggie. Jane Austen and Food. London: The Hambledon Press, 1995.
  • Leavis, F.R. The Great Tradition: George Eliot, Henry James, Joseph Conrad. London: Chatto & Windus, 1960.
  • Le Faye, Deirdre, ed. Jane Austen's Letters. Oxford: Oxford University Press, 1995. ISBN 0-19-283297-2.
  • Le Faye, Deirdre. "Chronology of Jane Austen's Life". The Cambridge Companion to Jane Austen. Eds. Edward Copeland and Juliet McMaster. Cambridge: Cambridge University Press, 2014. ISBN 978-0-521-74650-2. xv–xxvi
  • Le Faye, Deirdre. Jane Austen: The World of Her Novels. New York: Harry N. Abrams, 2002. ISBN 0-8109-3285-7.
  • Le Faye, Deirdre. Jane Austen: A Family Record. Second Edition. Cambridge: Cambridge University Press, 2004. ISBN 0-521-53417-8.
  • Le Faye, Deirdre. "Letters". Jane Austen in Context. Ed. Janet Todd. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. ISBN 0-521-82644-6. 33–40
  • Le Faye, "Memoirs and Biographies". Jane Austen in Context. Ed. Janet Todd. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. ISBN 0-521-82644-6. 51–58
  • Litz, A. Walton. Jane Austen: A Study of Her Development. New York: Oxford University Press, 1965.
  • Litz, A. Walton. "Chronology of Composition". The Jane Austen Companion. Ed. J. David Grey. New York: Macmillan, 1986. ISBN 0-02-545540-0. 47–62
  • Lodge, David. "Jane Austen's Novels: Form and Structure". The Jane Austen Companion. Ed. J. David Grey. New York: Macmillan, 1986. ISBN 0-02-545540-0. 165–179
  • Looser, Devoney. The Making of Jane Austen. Baltimore, MD: Johns Hopkins University Press, 2017. ISBN 1-4214-2282-4.
  • Lynch, Deirdre Shauna. "Sequels". Jane Austen in Context. Ed. Janet Todd. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. ISBN 0-521-82644-6. 160–169
  • MacDonagh, Oliver. Jane Austen: Real and Imagined Worlds. New Haven: Yale University Press, 1991. ISBN 0-300-05084-4.
  • McMaster, Juliet. "Education". The Jane Austen Companion. Ed. J. David Grey. New York: Macmillan Publishing Company, 1986. ISBN 0-02-545540-0. 140–142
  • Miller, D.A. Jane Austen, or The Secret of Style. Princeton: Princeton University Press, 2003. ISBN 0-691-12387-X.
  • Nokes, David. Jane Austen: A Life. Berkeley: University of California Press, 1998. ISBN 0-520-21606-7.
  • Page, Norman. The Language of Jane Austen. Oxford: Blackwell, 1972. ISBN 0-631-08280-8.
  • Polhemus, Robert M. "Jane Austen's Comedy". The Jane Austen Companion. Ed. J. David Grey. New York: Macmillan, 1986. ISBN 0-02-545540-0. 60–71
  • Raven, James. "Book Production". Jane Austen in Context. Ed. Janet Todd. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. ISBN 0-521-82644-6. 194–203
  • Raven, James. The Business of Books: Booksellers and the English Book Trade. New Haven: Yale University Press, 2007. ISBN 0-300-12261-6.
  • Rajan, Rajeswari. "Critical Responses, Recent". Jane Austen in Context. Ed. Janet Todd. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. ISBN 0-521-82644-6. 101–10.
  • Scott, Walter. "Walter Scott, an unsigned review of Emma, Quarterly Review". Jane Austen: The Critical Heritage, 1812–1870. Ed. B.C. Southam. London: Routledge and Kegan Paul, 1968. ISBN 0-7100-2942-X. 58–69.
  • Southam, B.C. "Grandison". The Jane Austen Companion. Ed. J. David Grey. New York: Macmillan, 1986. ISBN 0-02-545540-0. 187–189
  • Southam, B.C. "Criticism, 1870–1940". The Jane Austen Companion. Ed. J. David Grey. New York: Macmillan, 1986. ISBN 0-02-545540-0. 102–109
  • Southam, B.C., ed. Jane Austen: The Critical Heritage, 1812–1870. Vol. 1. London: Routledge and Kegan Paul, 1968. ISBN 0-7100-2942-X.
  • Southam, B.C., ed. Jane Austen: The Critical Heritage, 1870–1940. Vol. 2. London: Routledge and Kegan Paul, 1987. ISBN 0-7102-0189-3.
  • Southam, B.C. "Juvenilia". The Jane Austen Companion. Ed. J. David Grey. New York: Macmillan, 1986. ISBN 0-02-545540-0. 244–255
  • Stovel, Bruce. "Further reading". The Cambridge Companion to Jane Austen. Eds. Edward Copeland and Juliet McMaster. Cambridge: Cambridge University Press, 2014. ISBN 978-0-521-74650-2. 248–266.
  • Sutherland, Kathryn. "Chronology of composition and publication". Jane Austen in Context. Ed. Janet Todd. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. ISBN 0-521-82644-6. 12–22
  • Todd, Janet, ed. Jane Austen in Context. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. ISBN 0-521-82644-6.
  • Todd, Janet. The Cambridge Introduction to Jane Austen. Cambridge: Cambridge University Press, 2015. ISBN 978-1-107-49470-1.
  • Tomalin, Claire. Jane Austen: A Life. New York: Alfred A. Knopf, 1997. ISBN 0-679-44628-1.
  • Troost, Linda. "The Nineteenth-Century Novel on Film". The Cambridge Companion to Literature on Screen. Eds. Deborah Cartmell and Imelda Whelehan. Cambridge: Cambridge University Press, 2007. ISBN 978-0-521-84962-3. 75–89
  • Trott, Nicola. "Critical Responess, 1830–1970", Jane Austen in Context. Ed. Janet Todd. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. ISBN 0-521-82644-6. 92–100
  • Tucker, George Holbert. "Amateur Theatricals at Steventon". The Jane Austen Companion. Ed. J. David Grey. New York: Macmillan, 1986. ISBN 0-02-545540-0. 1–4
  • Tucker, George Holbert. "Jane Austen's Family". The Jane Austen Companion. Ed. J. David Grey. New York: Macmillan, 1986. ISBN 0-02-545540-0. 143–153
  • Waldron, Mary. "Critical Response, early". Jane Austen in Context. Ed. Janet Todd. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. ISBN 0-521-82644-6. 83–91
  • Watt, Ian. "Introduction". Jane Austen: A Collection of Critical Essays. Ed. Ian Watt. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1963.
  • Watt, Ian, ed. Jane Austen: A Collection of Critical Essays. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1963.
  • Wiltshire, John. Jane Austen and the Body: The Picture of Health. Cambridge: Cambridge University Press, 1992. ISBN 0-521-41476-8.

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
O Wikiquote tem citações relacionadas a Jane Austen.
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Jane Austen