Jardins Lolianos – Wikipédia, a enciclopédia livre
Jardins Lolianos | |
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Informações gerais | |
Tipo | Jardim |
Construção | Século I a.C. |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Roma |
Localização | V Região - Esquilino |
Coordenadas | 41° 54′ 02,5″ N, 12° 29′ 52,3″ L |
Jardins Lolianos | |
Localização em mapa dinâmico |
Jardins Lolianos (em latim: Horti Lolliani) eram antigos jardins de Roma localizados na encosta do Esquilino, na área hoje compreendida entre a moderna Via Principe Amedeo e o terreno mais tarde ocupado pelas Termas de Diocleciano.
Jardins da Roma Antiga
[editar | editar código-fonte]Em Roma, era costume chamar de horti (singular: hortus) as residências dotadas de um grande jardim (hortus significa "jardim") localizadas dentro da cidade, mas nos subúrbios. Os jardins eram lugares de lazer, onde era possível aproveitar o isolamento e a tranquilidade sem a necessidade de grandes viagens[1].
A parte mais importante dos horti era, sem dúvida, a vegetação, geralmente composta por folhagens espessas podadas em formas geométricas ou animais segundo os ditames da ars topiaria. Entre a vegetação ficavam pavilhões, pórticos de passeio com proteção contra o sol, fontes, termas, pequenos templos e estátuas, geralmente cópias romanas de originais gregos. O primeiro jardim foi o suntuoso Jardim de Lúculo, no monte Píncio[1], seguido logo depois pelo Jardim de Salústio.
História
[editar | editar código-fonte]Os jardins, cujos proprietários eram membros da rica e influente gente Lólia[a], foram mencionados em dois marcos de fronteira (em latim: cippus)[4] descobertos em 1993 perto do Palazzo Massimo alle Terme[5].
Os marcos provam que, no reinado de Cláudio, os jardins já estavam, sem dúvida, sob domínio imperial, apesar de ser difícil reconstruir quando isto ocorreu: se depois do suicídio de Marco Lólio, o cônsul em 21 a.C., ocorrido em 2 a.C., ou depois do confisco dos bens e do banimento de Lolia Paulina em 49, neta de Lólio, na sequência de uma tentativa fracassada de casamento com imperador Cláudio[6].
Notas
[editar | editar código-fonte]- ↑ Entre os principais estavam Marco Lólio, cônsul em 21 a.C.[2], seu filho Marco Lólio[3] e suas netas Lolia Saturnina e Lolia Paulina. Esta última foi, por um breve período, esposa de Calígula entre 38 e 39.
Referências
- ↑ a b «Vivere a Roma 2000 anni fa» (em italiano)
- ↑ PIR L 311
- ↑ PIR L 312
- ↑ CIL VI, 31284 e CIL VI, 31285
- ↑ Rodolfo Lanciani (1883). Supplementi al volume VI del CIL. Bullettino della Commissione archeologica comunale di Roma 11: p. 220 nn° 624-625[ligação inativa]; Notizie degli Scavi di Antichità (1883): p. 339[ligação inativa].
- ↑ Tácito, Anais XII, 22.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Rodolfo Lanciani, Forma Urbis Romae, Roma-Milano, 1892-1901, tav. 17.
- Samuel Ball Platner; Thomas Ashby, s.v. Horti Lolliani in A Topographical Dictionary of Ancient Rome (in inglese), London, Oxford University Press, 1929, p. 268
- Pierre Grimal, Les jardin romains (in francese), Paris, Presses Universitaires de France, 1969, pp. 147 ss.
- Ronald Syme, The Augustan Aristocracy (in inglese), Oxford, Clarendon Press, 1986, pp. 51, 176-177, 184-186 e 397.
- Lawrence Richardson, Jr., s.v. Horti Epaphroditiani in A New Topographical Dictionary of Ancient Rome (in inglese), Baltimore, JHU Press, 1992, pp. 199–200. ISBN 0-8018-4300-6
- Emanuele Papi, s.v. Horti Lolliani in Eva Margareta Steinby (a cura di), Lexicon Topographicum Urbis Romae III, Roma, Quasar, 1996, p. 67. ISBN 88-7097-049-3