Jean-Dominique Bauby – Wikipédia, a enciclopédia livre
Jean-Dominique Bauby | |
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Nascimento | Jean Dominique Bauby 23 de abril de 1952 14.º arrondissement de Paris (França) |
Morte | 9 de março de 1997 (44 anos) Garches (França) |
Sepultamento | cemitério do Père-Lachaise, Grave of Bauby |
Cidadania | França |
Cônjuge | Florence Ben Sadoun |
Alma mater | |
Ocupação | jornalista, Editor-chefe |
Empregador(a) | Elle, Paris Match, Le Matin de Paris, Le Quotidien de Paris, Combat (jornal) |
Obras destacadas | O Escafandro e a Borboleta |
Causa da morte | pneumonia |
Jean-Dominique Bauby (Paris, 23 de abril de 1952 – Berck, 9 de março de 1997) foi um conhecido jornalista e escritor francês, editor da revista de moda Elle durante vários anos.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]No dia 8 de dezembro de 1995, aos 43 anos de idade, Bauby sofreu um grave acidente vascular cerebral e entrou em coma. Ao acordar, 20 dias depois, no Hospital Marítimo de Berck-sur-Mer, descobriu que perdera a capacidade de se movimentar e de falar; podia apenas piscar o olho esquerdo. Em seguida, a pálpebra do olho direito foi "obliterada" (amarrada) para não infeccionar. Em tal rara condição, conhecida como síndrome do encarceramento, os movimentos do corpo inteiro são paralisados, mas as faculdades mentais se mantêm perfeitas. Bauby também perdeu 27 kg (60 libras) nas primeiras 20 semanas após o AVC.[2]
Memórias
[editar | editar código-fonte]Apesar de sua condição física, Bauby escreveu o livro O Escafandro e a Borboleta com um método desenvolvido por sua fonoaudióloga: enquanto letras do alfabeto eram recitadas lentamente na ordem decrescente de freqüência na língua francesa, o paciente piscava a pálpebra esquerda quando a letra que queria era dita. Assim, ele "ditava" à pessoa que tomava notas todo o livro, não apenas palavra por palavra, mas ainda letra por letra. A partir de algum tempo, a assistente já deduzia palavras e frases inteiras com as primeiras poucas letras. Bauby teve de compor e editar o livro inteiramente em sua cabeça.
O livro foi publicado na França em 1997. Bauby morreu apenas dez dias depois, em conseqüência de uma pneumonia.[3][4] Ele foi enterrado no jazigo de família no Cemitério Père-Lachaise em Paris.[5]
Deixou dois filhos: Théophile e Céleste.
Filme
[editar | editar código-fonte]Em 2007, o pintor e cineasta Julian Schnabel lançou o filme Le scaphandre et le papillon (filme), adaptado do livro O Escafandro e a Borboleta. O filme estrela o ator francês Mathieu Amalric como Bauby e rendeu a Schnabel o troféu de Melhor Diretor no Festival de Cannes de 2007, um Globo de Ouro e uma indicação ao Óscar de Melhor Diretor.
Referências
- ↑ Denis Boyles on EuroPress on National Review Online
- ↑ `Locked-in' quadriplegic shares life
- ↑ Thomas, Rebecca. Diving Bell movie's fly-away success, BBC, February 8, 2008. Acessado em 5 de junho de 2008.
- ↑ "In the Blink of an Eye", por Thomas Mallon, resenha de The Diving Bell and the Butterfly, New York Times, 15 de junho de 1997. Acessado em 8 de abril de 2008.
- ↑ Freireich, Paul (26 de abril de 1998). «Q and A». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 24 de abril de 2021