João José de Aguiar – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Se procura o publicista açoriano, veja João José de Aguiar (1848-1888).
João José de Aguiar
Nascimento 17 de abril de 1768
Belas
Morte 10 de fevereiro de 1842 (73 anos)
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação escultor
D. João VI (aqui como Príncipe Regente) existente no Hospital da Marinha.

João José de Aguiar (Belas, 17 de abril de 1768Ajuda, 10 de fevereiro de 1842) foi um escultor português do Neoclassicismo.[1][2][3]

Filho de Venâncio José de Aguiar e de Joana Maria.

Foi considerado o melhor escultor do seu tempo, pela habilidade e pelos conhecimentos que obteve no atelier de Antonio Canova, em Roma, onde foi bolseiro de Pina Manique. Durante a sua permanência em Itália estudou desenho e escultura.

Em 1794, como parte do seu estágio em Roma, participou na execução da estátua de D. Maria I que integra o Monumento a D. Maria I existente no Largo do Palácio de Queluz, em Queluz. Esculpida em mármore de Carrara as estátuas e baixos-relevos que integram este monumento foram encomendadas por Pina Manique, visando homenagear a rainha D. Maria I. Devido às lutas que surgiram na Europa após a Revolução Francesa, a estátua apenas em 1802 chegou a Portugal, onde permaneceu em armazém por muito tempo.

Trabalhou na decoração do Palácio Nacional da Ajuda, sendo da sua autoria um conjunto de nove esculturas alegóricas que decoram o vestíbulo principal, das quais a mais reputada é conhecida por Anúncio Bom.

A estátua de D. João VI que se encontra no Hospital da Marinha é considerada a sua obra-prima. Executada em 1823, é a obra que melhor revela os seus conhecimentos sobre a figura humana. É autor também de Lealdade e Consideração, figuras hirtas, de rostos intemporais, com pregueados finos.

Notas

  1. Infopédia: «João José de Aguiar».
  2. Diogo de Macedo, João José de Aguiar. Vida dum malogrado escultor. Edição da Revista Ocidente, Lisboa, 1944.
  3. Elsa Garrett Pinho, João José de Aguiar: o breve sopro da Escultura Neoclássica em Portugal.