José Batista (político) – Wikipédia, a enciclopédia livre

José Batista
José Batista (político)
Cidadania Brasil
Ocupação político

José Batista foi um funcionário público e político brasileiro.

Membro de família tradicional de São Borja, irmão do doutor Amaro, do capitão Felisberto, e de Álvaro e Homero Batista,[1] José foi major e figura de destaque do Partido Republicano Rio-Grandense, ocupando várias posições oficiais.[2] Em 1912 era inspetor agrícola estadual.[3] Nomeado pelo Governo do Estado vice-intendente de Caxias do Sul, em 11 de janeiro de 1915 assumiu a Intendência interinamente quando o intendente José Pena de Moraes pediu licença do cargo para tratamento de interesses.[2] Atuando até 17 de abril de 1916,[4] realizou uma quantidade de obras de infra-estrutura na sede urbana e na zona rural, calçando ruas, construindo pontes e abrindo estradas, e a imprensa da época o elogiou muitas vezes pela operosidade.[5][6][7][8][9] Distinguiu-se também pelo apoio que deu ao ensino público e ao professorado, recebendo votos de louvor e agradecimentos.[10][11][12] No relatório que apresentou ao Conselho Municipal ao fim do exercício de 1915 havia declarado: "Este importante ramo da administração muito merece e para ele tenho sempre a minha atenção voltada, porque penso que um povo culto compreende bem seus grandes deveres e as suas obrigações. Instruir, elevando o nível moral da comunhão é sem dúvida o mais palpitante cuidado que deve ter o administrador".[7] Deu constante apoio institucional e engajou-se pessoalmente na organização Feira Agroindustrial de 1916, um dos eventos precursores da Festa da Uva.[13][14][15]

Pouco depois de deixar suas funções em Caxias assumiu provisoriamente a Intendência de Triunfo, tomando posse em 22 de outubro de 1916.[16] Em 24 de junho de 1917 foi aclamado candidato do partido para as eleições vindouras,[17] sendo eleito em 9 de julho[18] e empossado em 27 de agosto.[19] A partir de dezembro de 1918 é citado apenas como inspetor agrícola do Ministério da Agricultura e adido da Inspetoria de Agricultura do Rio Grande do Sul.[20][21][22] Em 1922 passou a ser funcionário da Inspetoria de Bancos.[23] Foi casado com Aida Noronha.[24] Seu nome batiza uma rua em Caxias.

Referências

  1. "Necrologia". A Federação, 25/02/1937
  2. a b "Cronaca locale". Cittá di Caxias, 11/01/1915
  3. "Varias". A Federação, 22/05/1912
  4. "Intendente de Caxias". A Federação, 18/04/1916
  5. "Administração Municipal". Città di Caxias, 06/10/1915
  6. "Administração Municipal". Città di Caxias, 14/10/1915
  7. a b Município de Caxias. Relatório apresentado pelo Intendente Municipal ao Conselho Municipal de Caxias, 1915
  8. "O Relatorio". O Brazil, 01/04/1916
  9. "Luz electrica". A Federação, 21/03/1916
  10. Luchese, Terciane Ângela. "Celebrações do saber: exames finais nas escolas da região colonial italiana, Rio Grande do Sul, 1875 a 1930". In: Revista Diálogo Educacional, 2014; 14 (41):261-285
  11. Faggion, Carmen Maria & Luchese, Terciane Angela. "Dificuldades de aprendizagem em função de contexto bilíngue". In: Nonada, 2010 (15):43-56
  12. "Collegio Elementar". O Brasil, 01/01/1916
  13. "Exposição-reclame". O Brazil, 15/01/1916
  14. "Exposição-reclame". O Brazil, 20/01/1916
  15. "A Exposição". O Brazil, 11/03/1916
  16. "Posse intendencial de Triumpho". A Federação, 27/10/1916
  17. "Intendencia de Triumpho". A Federação, 25/06/1917
  18. "Eleição municipal de Triumpho". A Federação, 10/07/1917
  19. "Posse de intendente". A Federação, 27/08/1917
  20. "Inspectoria Agricola". A Federação, 12/12/1918
  21. "Inspectoria Agricola". A Federação, 14/10/1919
  22. "A producção de Cachoeira". A Federação, 06/09/1919
  23. "Enlace Gomes-Baptista". A Federação, 16/02/1918
  24. "Anniversarios". A Federação, 25/04/1916