Josué Bengtson – Wikipédia, a enciclopédia livre
Josué Bengtson | |
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Josué Bengtson | |
Deputado federal pelo Pará | |
Período | 1.º- 1° de fevereiro de 1999 a 1º de fevereiro de 2007 (2 mandatos consecutivos) 2.º- 1° de fevereiro de 2011 a 1º de fevereiro de 2019 (2 mandatos consecutivos) |
Dados pessoais | |
Nascimento | 27 de maio de 1944 (80 anos) Getulina, SP |
Nacionalidade | brasileiro |
Prêmio(s) | Ordem do Mérito Militar[1] |
Partido | PTB (1997-2023) PRD (2023-presente) |
Religião | pentecostalismo |
Profissão | pastor, político |
Josué Bengtson ComMM (Getulina, 27 de maio de 1944) é um pastor da Igreja Quadrangular e político brasileiro, filiado ao Partido Renovação Democrática (PRB). Foi deputado federal pelo Pará durante quatro mandatos.[2]
Vida e trabalho pastoral
[editar | editar código-fonte]Josué Bengtson nasceu em Getulina, no estado de São Paulo, no dia 27 de maio de 1944, filho de João André Bengtson e Elza Luiza Bengtson. Em 1955 conheceu na cidade de Lins a “Tenda de Jesus”, que era parte da missão da Igreja do Evangelho Quadrangular, e que recebia caravanas de diversas cidades. Depois, em 1960, foi fundada a Igreja Quadrangular em sua cidade, Getulina, e sua família, que congregava na igreja Presbiteriana, ouvia no rádio o programa “Visita ao seu Lar”, na Rádio Difusora.
Porém apenas em 28 de janeiro de 1961 Bengtson veio a se converter, na igreja de Getulina, quando convidado por sua irmã mais velha, Ana Bengtson. [3] No dia seguinte foi batizado e colocado para ajudar na congregação e fazer cultos nas casas. Em 1961 começou a pregar e foi elevado a obreiro pelo pastor João Ferreira de Souza. Josué então fundou igrejas em Rancharia, Paraguaçu Paulista e Martinópolis, no estado de São Paulo, bem como fazia campanhas evangelísticas em Tupã.
Em 14 de maio de 1966 se casou com Marilene Maestri Bengtson, com quem teve quatro filhos.
Bengtson foi superintendente, supervisor estadual e secretário executivo da Igreja. Fundou ainda a igreja nas cidades de Amambai e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul; Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itambé, Jequié e Belo Campo na Bahia; Rio do Sul e Lages em Santa Catarina; além de oito igrejas em Belém, no Pará.[4] A igreja de Feira de Santana, no bairro Serraria Brasil, foi a primeira Quadrangular do Nordeste, aberta na época sob o nome “Prece Poderosa”. [5] Atualmente é presidente do Conselho Estadual de Diretores do estado do Pará,[6] e pastor titular da igreja do bairro da Pedreira, na capital Belém.
Em maio de 2023 um avião de sua denominação evangélica, a Igreja Quadrangular, foi interceptado pela Polícia Federal no aeroporto de Belém com mais de 290kg de skunk, uma forma de maconha potencializada.[7] Nesta ocasião veio a público seu parentesco com a ex-ministra bolsonarista e atual senadoraDamares Alves (Republicanos-DF), de quem é tio e a empregou em seu gabinete na Câmara dos Deputados há mais de 20 anos.[8]
Carreira política
[editar | editar código-fonte]Josué Bengtson filiou-se em 1997 ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), disputando e sendo eleito ao cargo de deputado federal nas eleições de 1998.[9] Em 2000, foi admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[1]
Nas eleições do mesmo ano, candidatou-se a vice-prefeito de Belém na chapa de Zenaldo Coutinho, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), pela coligação "União por Belém". Não conseguiu vencer as eleições, ficando em terceiro lugar, enquanto conquistadas no segundo turno pela coligação "Frente Belém Popular" de Edmilson Rodrigues, do Partido dos Trabalhadores (PT), e que reunia partidos de esquerda.[10]
Em 2002,[11] 2010[12] e 2014[13] novamente se elegeu para a Câmara dos Deputados pelo estado do Pará, estando em seu quarto mandato, o da 55.ª legislatura (2015-2019).
Nas quatro legislaturas de que participou, diversas vezes foi vice-líder do PTB na Câmara, e de blocos contendo o partido.[14] Integra a chamada bancada evangélica no Congresso.[15] Votou a favor do Processo de impeachment de Dilma Rousseff.[16] Já durante o Governo Michel Temer, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[16]
Em abril de 2017 foi favorável à Reforma Trabalhista.[16] [17]
Em 2018, foi condenado pela Justiça Federal à perda do mandato por enriquecimento ilícito em esquema de desvio de recursos da saúde no Pará, conhecido como "máfia das ambulâncias". Bengston também teve os direitos políticos suspensos por oito anos e deve pagar cerca de R$ 150 mil em multas e devolução de recursos.[18]
Em 2020 criticou o regime de cotas previsto em lei federal (Nº 12.711/2012) ao afirmar que "não entraria em um avião pilotado por um cotista". A fala foi considerada por especialistas na área das ciência sociais e educação como racista, por se tratar de cotas para negros, pardos e indígenas[19].
Votações contra a investigação de Michel Temer
[editar | editar código-fonte]Em agosto de 2017 votou contra o processo em que se pedia abertura de investigação do então presidente Michel Temer, ajudando a arquivar a denúncia do Ministério Público Federal.[16][20]
Na sessão do dia 25 de outubro de 2017, o deputado, mais uma vez, votou contra o prosseguimento da investigação do então presidente Michel Temer, acusado pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa. O resultado da votação livrou Michel Temer de uma investigação por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). [21]
Referências
- ↑ a b BRASIL, Decreto de 30 de março de 2000.
- ↑ «Informações do deputado». Câmara. Consultado em 26 de outubro de 2017
- ↑ «Josué Bengtson – Vida e obra». Rede 300. Consultado em 30 de outubro de 2017
- ↑ «Igreja Quadrangular festeja 40 anos no Mangueirão». Diário online. Consultado em 1 de Novembro de 2017
- ↑ «Sessão comemora os 64 anos da Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil». Feira de Santana. Consultado em 24 de Outubro de 2017
- ↑ «Conselhos Estaduais de Diretores». Portal BR4. Consultado em 1 de novembro de 2017
- ↑ «Avião de igreja usado por tio de Damares é apreendido pela PF com 290 kg de maconha». CNN Brasil. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «filho-de-josue-bengtson-da-igreja-do-avio-com-drogas-ira-juri-por-morte-de-sem-terra-136833.html». Revista Forum. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «Consulta de Resultados Eleitorais». TSE. Consultado em 30 de outubro de 2017
- ↑ «Divulgação de candidatos - Eleições 2000». TSE. Consultado em 30 de outubro de 2017
- ↑ «Consulta de Resultados Eleitorais». TSE. Consultado em 1 de novembro de 2017
- ↑ «Eleições 2010 – Apuração 1º Turno». Terra. Consultado em 25 de outubro de 2017
- ↑ «Resultados para Deputado Federal pelo Pará (1º turno)». Eleições 2014. Consultado em 27 de outubro de 2017
- ↑ «Conheça os Deputados - Biografia». Câmara. Consultado em 29 de outubro de 2017
- ↑ «Atualização da bancada evangélica: Diap identificou 74 deputados». Diap. Consultado em 28 de outubro de 2017
- ↑ a b c d «Veja como deputados votaram no impeachment de Dilma, na PEC 241, na reforma trabalhista e na denúncia contra Temer». G1. 2 de agosto de 2017. Consultado em 11 de outubro de 2017
- ↑ «Reforma trabalhista: como votaram os deputados». Carta capital. 27 de abril de 2017. Consultado em 18 de setembro de 2017
- ↑ «Deputado federal pastor Josué Bengston, envolvido na 'máfia das ambulâncias', é condenado a perda de mandado». G1. 4 de maio de 2018. Consultado em 21 de julho de 2018
- ↑ «Pastor e ex-deputado federal Josué Bengtson diz que não voaria em avião pilotado por cotista». UOL. 20 de julho de 2020. Consultado em 21 de julho de 2020
- ↑ «Como votou cada deputado sobre a denúncia contra Temer». Carta Capital. 3 de agosto de 2017. Consultado em 18 de setembro de 2017
- ↑ «Votação da rejeição da 2ª denúncia contra Temer». G1. Consultado em 30 de março de 2018