Juan Belmonte – Wikipédia, a enciclopédia livre
Juan Belmonte | |
---|---|
Nascimento | Juan Belmonte García 14 de abril de 1892 Utrera |
Morte | 8 de abril de 1962 (69 anos) Sevilha |
Sepultamento | Cemetery of San Fernando |
Cidadania | Espanha |
Filho(a)(s) | Juan Belmonte Campoy |
Ocupação | toureiro |
Causa da morte | perfuração por arma de fogo |
Juan Belmonte García (Sevilha, 14 de abril de 1892 — Utrera, 8 de abril de 1962) foi um matador de touros espanhol.
Figura cimeira e renovador absoluto do toureio a pé, por muitos considerado como o melhor matador de sempre, Juan Belmonte começou a tourear clandestinamente e à noite, integrado num grupo chamado Los Niños Sevillanos[1]. No limiar da idade adulta começou Belmonte a forjar a técnica que havia de revolucionar o toureio: ao executar as sortes, Juan permanecia numa proximidade quase absoluta do touro, quieto e erecto; ao passo que os outros se quitavam logo que lhe passavam a muleta. Nascia assim o toureio do século XX, sob o adágio de Belmonte, «no te quitas tú ni te quita el toro si sabes torear», assim respondendo à afirmação que um dia fizera o seu amigo e rival de arenas Joselito: «o te quitas tú o te quita el toro»[2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de um comerciante mal remediado do bairro de Triana, Belmonte viveu uma infância solitária, marcada pela morte da mãe era ainda uma criança. Andou na escola entre os quatro e os oito anos, idade com começou a andar pelas ruas de Sevilha. Aos 11, com outros rapazes da sua idade, passou a ser parte de uma pandilla que, entre outras brincadeiras de adolescentes, se dedicava a tourear furtivamente, pelas noites dentro, nas ganadarias dos arredores de Sevilha.
Por essa altura o matador Antonio Montes Vico era a referência do grupo, onde também se arriscava no toureio o futuro líder anarquista Ángel Pestaña. Seria um bandarilheiro da quadrilha de Antonio Montes, de seu nome Calderón, quem arranjaria a Belmonte as primeiras oportunidades para atuar em público, além de o inserir nas tertúlias tauromáquicas. Também o ajudou a apurar a sua técnica, já que Belmonte foi completamente autodidata. Posteriormente, Calderón viria a ser membro da sua quadrilha durante muitos anos.
Foi em Portugal que Belmonte se vestiu pela primeira vez com o traje de luces, para atuar na praça de toiros de Elvas. Tinha 17 anos. Em 21 de julho de 1912 triunfou como novilheiro na Real Maestranza de Sevilla e foi levado em ombros até à sua casa.
Em 7 de outubro desse mesmo ano triunfava em Las Ventas, Madrid, numa corrida junto a Celita e Saleri II[3]. O risco que já assumiu logo despertou a atenção do público, começando então a forjar-se a lenda do Pasmo de Triana[2].
A alternativa ocorreria em Las Ventas, na tarde de 16 de setembro de 1913, com Machaquito como padrinho (que nesse mesmo dia se retirava de matador) e com Rafael el Gallo, irmão mais velho de Joselito, como testemunha[4].
Referências
- ↑ Ganaderos de Lídia
- ↑ a b Diario de Burgos
- ↑ Martínez, Fernando (5 de maio de 2014). «Tres estocadas y un pinchazo». Consultado em 18 de julho de 2016. Arquivado do original em 29 de março de 2016
- ↑ ABC