Juan Luis Cipriani Thorne – Wikipédia, a enciclopédia livre

Juan Luis Cipriani Thorne
Cardeal da Santa Igreja Romana
Arcebispo emérito de Lima
Juan Luis Cipriani Thorne
Hierarquia
Papa Francisco
Prelado Fernando Ocáriz Braña
Atividade eclesiástica
Congregação Opus Dei
Diocese Arquidiocese de Lima
Nomeação 9 de janeiro de 1999
Predecessor Augusto Cardeal Vargas Alzamora, S.J.
Sucessor Carlos Gustavo Castillo Mattasoglio
Mandato 1999 - 2019
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 21 de agosto de 1977
Nomeação episcopal 23 de maio de 1988
Ordenação episcopal 3 de julho de 1988
por Juan Cardeal Landázuri Ricketts, O.F.M.
Nomeado arcebispo 13 de maio de 1995
Cardinalato
Criação 21 de fevereiro de 2001
por Papa João Paulo II
Ordem Cardeal-presbítero
Título São Camilo de Lellis
Brasão
Lema CONSUMMATI IN UNUM
Dados pessoais
Nascimento Lima
28 de dezembro de 1943 (80 anos)
Nacionalidade peruano
Progenitores Mãe: Isabel Thorne
Pai: Enrique Cipriani
Funções exercidas -Bispo auxiliar de Ayacucho (1988-1995)
-Arcebispo de Ayacucho (1995-1999)
Títulos anteriores -Bispo-titular de Turuzi (1988-1995)
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Juan Luis Cipriani Thorne (Lima, 28 de dezembro de 1943) é um cardeal da Igreja Católica peruano, arcebispo emérito de Lima.

É o quarto de onze irmãos, seus pais eram o médico Enrique Cipriani e Isabel Thorne, como ele, também foram fiéis da Prelazia do Opus Dei. Cipriani realizou os seus estudos de Engenharia Civil na Universidade Nacional de Engenharia. Durante esses anos, seu esporte favorito foi o basquetebol. Em 1969, sendo um de seus integrantes, a equipe nacional peruana ficou em quarto lugar no Campeonato Sul-Americano de Basquetebol Masculino.[1]

Ingressou na Opus Dei em 1962, onde recebeu a ordenação presbiteral no dia 21 de agosto de 1977.[1]

Em 1974 viaja a Roma com o fim de estudar no Seminário Internacional da Prelazia do Opus Dei e na Universidade de Navarra, obtendo o título de doutor em teologia. Foi ordenado na Basílica de São Miguel de Madri, em 21 de agosto de 1977, retornado a Lima aos labores pastorais de seu cargo.[1]

De regresso ao Peru, foi professor de Teologia Moral na Faculdade de Teologia Pontifícia e Civil de Lima e Diretor Espiritual do Seminário de Lima (19811983); Capelão e professor da Escola de Direção em Lima com o tema Ética Empresarial; Capelão e professor da Escola Superior Montemar em Lima, antes de ser nomeado Vigário Regional do Opus Dei no Peru e Vice-Chanceler da Universidade de Piura (19861988).[1]

Foi ordenado bispo no dia 3 de julho de 1988, pelas mãos de Juan Landázuri Ricketts, OFM, arcebispo de Lima, tendo como co-sagrantes Dom Luigi Dossena, núncio apostólico no Peru e Dom Federico Richter Fernandez-Prada, arcebispo de Ayacucho OFM.[1]

Foi criado cardeal no consistório de 21 de fevereiro de 2001, presidido por João Paulo II, recebendo o título de Cardeal Presbítero de São Camilo de Lellis. É o primeiro cardeal do Opus Dei.[1]

Em 25 de janeiro de 2019, o Papa Francisco aceitou sua renúncia ao governo pastoral da Arquidiocese de Lima.[1]

É lembrado como uma figura midiática por várias de suas intervenções públicas. Entre elas, sua participação como mediador no assalto perpetrado pela organização terrorista Movimento Revolucionário Túpac Amaru (MRTA) à embaixada do Japão no Peru. Um episódio ocorrido em dezembro de 1996 e relatado em seu livro Doy fe (2012). Seguido e questionado igualmente, caracterizou-se por ser um bispo incômodo. Foi duramente criticado por sua proximidade com o ex-presidente Alberto Fujimori (ainda preso por corrupção), a quem defendeu em várias ocasiões.

Durante boa parte de seu episcopado enfrentou o conflito na Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP), cujos dirigentes se rebelaram contra sua autoridade e acabaram sendo desconhecidos pela Santa Sé, que lhes proibiu o uso dos títulos de “pontifícia” e “católica”. Uma controvérsia civil e canônica que durou anos e que se solucionou somente com a chegada do Papa Francisco, que ordenou recuar na proibição e enviou Giuseppe Versaldi para encontrar uma saída.[2]

A crise na PUCP e outras situações explosivas, entre elas sua proximidade com o Sodalício de Vida Cristã (cujo fundador, Luis Fernando Figari, cometeu abusos de todo tipo), desgastaram a imagem pública do cardeal. No ponto mais alto do conflito com a universidade, Cipriani revogou as permissões para lecionar teologia a todos os docentes, entre eles a seu sucessor Carlos Gustavo Castillo Mattasoglio. A posterior intervenção vaticana devolveu essas licenças e retirou a casa de estudos do âmbito de influência do arcebispado limenho.[3]

Referências

  1. a b c d e f g The Cardinals of the Holy Roman Church
  2. «Vaticano devuelve títulos de Pontificia y Católica a la PUCP en Perú». ACI Prensa (em espanhol). 17 de novembro de 2016. Consultado em 24 de agosto de 2020 
  3. Jorge, Jonas. «Peru. Com rapidez, Papa substitui cardeal Cipriani, arcebispo de Lima». www.ihu.unisinos.br. Consultado em 4 de outubro de 2019 

Ligações externas

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Precedido por
Armand Toasy
Brasão episcopal
Bispo-titular de Turuzi

19881995
Sucedido por
Juan Alberto Puiggari
Precedido por
Federico Richter Fernandez-Prada, O.F.M.
Brasão arquiepiscopal
Arcebispo de Ayacucho

19951999
Sucedido por
Luis Abilio Sebastiani Aguirre, S.M.
Precedido por
Augusto Vargas Alzamora, S.J.
Brasão arquiepiscopal
Arcebispo de Lima

19992019
Sucedido por
Carlos Gustavo Castillo Mattasoglio
Precedido por
Paul Zoungrana
Cardeal
Cardeal-presbítero de São Camilo de Lellis

2001
Sucedido por