Juli Manzi – Wikipédia, a enciclopédia livre
Juli Manzi | |
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Juli Manzi durante o Festival UFSCtock 2011 | |
Informação geral | |
Nome completo | Giuliano Tosin |
Nascimento | 14 de abril de 1976 (48 anos) |
Origem | Porto Alegre, RS |
País | Brasil |
Gênero(s) | Rock and roll Rock alternativo Indie rock Rock gaúcho |
Ocupação(ões) | músico, compositor |
Período em atividade | 1998 – atualmente |
Outras ocupações | escritor, professor, pesquisador |
Página oficial | Site Oficial |
Juli Manzi, nome artístico de Giuliano Tosin (Porto Alegre, 14 de abril de 1976), é um músico, cantor, compositor, escritor, pesquisador e professor brasileiro.
Lançou diversos discos e atualmente vive em São Paulo, onde tem uma carreira de professor universitário, depois de residir em cidades como Campinas e Paris, e realizar diversos shows em cidades do Brasil, EUA e Europa.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Música
[editar | editar código-fonte]Logo que entrou na faculdade de jornalismo, em 1993, já começou a participar de bandas de rock e publicar poemas em jornais de Porto Alegre.[2]
Depois de participar de bandas como ‘’Los Bassetas’’ e ‘’Colono Escocês’’ iniciou carreira solo e com esta proposta lançou, em 1997, o CD Demo Naboléiadorobôgigante, com vinte faixas.[2] Na banda ‘’Colono Escocês’’ e no CD Demo contou com a parceria do baixista Oliveira de Araújo.[3]
Em 1998, Juli Manzi gravou seu primeiro disco, 340 Exigências de Camarim, produzido por Gustavo Dreher e Gustavo Steffens, com o qual ganhou o Troféu Açorianos na categoria revelação, oferecido pela Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre.[2] Em reportagem da Folha de S.Paulo de 13 de abril de 1999, destacando os lançamentos de discos, o álbum 340 Exigências de Camarim recebeu três estrelas de classificação e o seguinte comentário: "um bafejo de inteligência e diversidade característicos do subsolo musical".[4]
Em 2002, lançou o segundo disco, Todo o Perfex, em Campinas, São Paulo, e em seguida mudou-se para Paris, onde formou o Juli Manzi Groupe.[5]
Em 2010, fixou moradia em São Paulo[6] e neste mesmo ano, integrou a banda Coletivo Absoluto, ao lado de Marcelo Pianinho (ex-Mundo Livre S.A.) na percussão, Rodrigo Caldas (Bazar Pamplona) na bateria e Oliveira de Araújo (Ex-Colono Escocês) no baixo.[7] O disco homônimo, Coletivo Absoluto, teve distribuição física pelo selo Fora do Eixo Discos[8] e digital pela Tratore.[9]
Em 2012, lançou o álbum Ponto Cego, que contou com a participação de músicos como Frank Jorge, Maurício Pereira e Loop B. No lançamento deste álbum, em 2012, se apresentou em São Paulo ao lado dos músicos Maurício Pereira (voz e saxofone), além de Rodrigo Caldas (bateria), Oliveira de Araújo, o Diruajo (baixo), e Marcel Rocha (guitarra).[10]
Em 2015, depois de dois anos sem tocar em Porto Alegre, Juli Manzi retornou para apresentar o seu quinto álbum, O Plano Transcendental, acompanhado por Leonardo Boff (Ultramen) no teclado, Gustavo Steffens (ex-Hard Working e Video Hits) no baixo e Marcel Ferreira (Los Bassetas) na guitarra.[11] Os álbuns Ponto Cego e O Plano Transcendental foram distribuídos pelo selo Tratore.[12]
Em 2018 lançou seu sexto álbum, intitulado "Sambas, Pagodes & Uá-Uás", que experiencia sambas autorais com o uso de guitarras com pedal wah-wah no lugar de cavaquinho. O trabalho foi produzido por Marcel Rocha e distribuído pelo selo Tratore.[13]
Junto com Júpiter Maçã, escreveu o livro "A odisseia: memórias e devaneios de Jupiter Apple", uma biografia ficcional do músico Flávio Basso, publicado pela primeira vez em 2016, pela editora Azougue.[14]
Integrou os coletivos de poesia experimental e música improvisada Orchestra Descarrego[15] e Olho Caligari[16].
Pesquisa científica
[editar | editar código-fonte]Giuliano Tosin possui uma carreira acadêmica como pesquisador e professor tendo adquirido os títulos de Mestre em Multimeios[17] e Doutor em Artes[18], ambos pela Universidade Estadual de Campinas.
É de sua autoria o primeiro nanopoema em português, experiência realizada no Laboratório de Microscopia Eletrônica do LNLS em 2010, a partir de um poema ‘’Infinitozinho’’ criado por Arnaldo Antunes[19]. A ideia surgiu após uma conversa com seu irmão, Giancarlo Tosin, físico do LNLS.[20]
A experiência de Juli Manzi consistiu em reinterpretar o poema de Arnaldo Antunes, criado em 2003, transformando-o em uma escultura mil vezes menor que um fio de cabelo.[21]
Parceiros musicais
[editar | editar código-fonte]Durante a sua trajetória como músico, tocou ao lado de diversos músicos, dentre estes estão:
- Marcel Ferreira – guitarra (Los Bassetas)[2][11]
- Frank Jorge – guitarra, baixo e teclado (Ex-Graforréia Xilarmônica)[1]
- Leonardo Boff – piano e teclados (Ultramen)[11]
- Gustavo Steffens – guitarra (ex-The Hard Working Band e Video Hits)[11]
- Arthur de Faria [8]
- Maurício Pereira – voz e sax (Ex-Os Mulheres Negras)[10]
- Rodrigo Caldas – bateria[10]
- Marcel Rocha – guitarra[10]
- Denis Koishi – baixo[2]
- Paulo Magalhães – bateria[2]
- Loop B[1]
- Marcelo Pianinho – percussão (ex-Mundo Livre S.A.)[7]
- Rodrigo Caldas – bateria (Bazar Pamplona) [7]
- Oliveira de Araújo ou Oliveira Diruajo[10] – baixo (Ex-Colono Escocês)[3][7]
- Júpiter Maçã[14]
Discografia
[editar | editar código-fonte]- 340 Exigências de Camarim (1999)
- Todo o Perfex (2002)
- Coletivo Absoluto (2010)
- Ponto Cego (2012)
- O Plano Transcendental (2014)
- Sambas, Pagodes e Uá-Uás (2018)
Videoclipes
[editar | editar código-fonte]- Cor do Som (2023) Direção: Heitor Luna
- Ela Gosta de Brincar com Meu Coração (2020) Direção: Beto Assem e Luís Dávila
- No Açúcar, No Trabalho (2018) Direção: Geraldo Borowski
- Par Où Va Ton Coeur (2018) Direção: Larissa Barreto Redondo
- Cultura Popular (2015) Direção: Fabricio Bizu
- Parecia Você (2014) Direção: Gustavo Vargas
- Insônia (2012) Direção: Thiago Cervan
Prêmios e indicações
[editar | editar código-fonte]Ano | Categoria | Indicação | Resultado |
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1998[22] | Revelação | Juli Manzi | Venceu |
1999[23] | Espetáculo de Pop/Rock | 340 Exigências de Camarim | Indicado |
Referências
- ↑ a b c Tratore. Ponto Cego. Tratore – A distribuidora dos independentes. s/d. Acesso em 18 de junho de 2015
- ↑ a b c d e f Semana na Unicamp. Compositor se apresenta no IEL. Jornal “Semana na Unicamp”, Campinas, Universidade Estadual de Campinas, Edição 26 de março a 1 de abril de 2001, Ano II, N. 135. Acesso em 18 de junho de 2015
- ↑ a b Zoom RS. Oliveira de Araújo prepara disco autoral. Notícias de 2007, Zoom RS – A revista digital da música gaúcha. s/d. Acesso em 18 de junho de 2015
- ↑ VIEIRA, Paulo. Discos – Outros Lançamentos. Folha de S.Paulo, Caderno 4 - Ilustrada, página 3. 13 de abril de 1999. Acesso em 18 de junho de 2015
- ↑ BRPress. Música - Mopho e Juli Manzi grátis. BRPress, 19 de dezembro de 2012. Acesso em 18 de junho de 2015
- ↑ Tratore. Juli Manzi. Tratore – A distribuidora dos independentes. s/d. Acesso em 18 de junho de 2015
- ↑ a b c d Zoom RS. Juli Manzi apresenta banda nova em São Paulo. Notícias de 2008, Zoom RS – A revista digital da música gaúcha. s/d. Acesso em 18 de junho de 2015
- ↑ a b Website Juli Manzi. Informações da Banda. http://julimanzi.tnb.art.br/. Acesso em 18 de junho de 2015
- ↑ Tratore. Coletivo Absoluto. Tratore – A distribuidora dos independentes. s/d. Acesso em 18 de junho de 2015
- ↑ a b c d e Catraca Livre. Juli Manzi se apresenta no Sesc Vila Mariana. Catraca Livre, 24/08/2012. Acesso em 18 de junho de 2015
- ↑ a b c d PIFFERO, Luiza. Juli Manzi lança quinto álbum em shows no sábado e no domingo. ZH Entretenimento, Zero Hora, Porto Alegre, 2/05/2015. Acesso em 18 de junho de 2015
- ↑ «Tratore - Juli Manzi». tratore.com.br. Consultado em 23 de julho de 2016
- ↑ «Juli Manzi coloca wah-wah no samba». ISTOÉ Independente. 8 de dezembro de 2018. Consultado em 12 de novembro de 2019
- ↑ a b «"A odisseia - Memórias e devaneios de Jupiter Apple" reúne relatos que misturam fato e ficção». Consultado em 14 de setembro de 2016
- ↑ «Improfest 5 2018 Solstício! | Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente | Prefeitura da Cidade de São Paulo». www.prefeitura.sp.gov.br. Consultado em 12 de novembro de 2019
- ↑ «Unicamp - Sala de Imprensa». www.unicamp.br. Consultado em 12 de novembro de 2019
- ↑ Tosin, Giuliano (2003). Do papel aos suportes eletrônicos: o percurso da poesia experimental e sua tradução para as novas tecnologias (Tese). Campinas: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Consultado em 7 de junho de 2015
- ↑ Tosin, Giuliano (2010). Transcriações: reinventando poemas em mídias eletrônicas (Tese). Campinas: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Consultado em 7 de junho de 2015
- ↑ Barbieri, Jeverson (22 de março de 2010). «Nano transcrição». Campinas: Unicamp. Jornal da Unicamp. Consultado em 7 de junho de 2015
- ↑ BOMBIG, José Alberto. [www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2704200901.htm Brasileiros fazem o seu primeiro "nanopoema"]. Folha de S.Paulo, 27 de abril de 2009. Acesso em 18 de junho de 2015
- ↑ SANTOS, Alessandra. Body language and embodied spaces: Performing the public and the private in Arnaldo Antunes’s Nome. (p. 224 – 249). In: ALBUQUERQUE, Severino; BISHOP-SANCHEZ, Kathryn. (Ed.) Performing Brazil. Essays on culture, identity, and the performing arts. University of Wisconsin, 2015. 311 p. (ISBN 9780299300647). Acesso em 18 de junho de 2015
- ↑ Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Vencedores do Prêmio Açorianos de Música - 1998». Consultado em 17 de abril de 2018
- ↑ Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Indicados ao Prêmio Açorianos de Música - 1999». Consultado em 17 de abril de 2018