Kadima – Wikipédia, a enciclopédia livre

Kadima
קדימה
Kadima
Fundação 2005
Dissolução 2015
Sede Petah Tikva,  Israel
Ideologia Centrismo
Liberalismo
Sionismo
Espectro político Centro
Cores Azul,Branco e Vermelho
Página oficial
[1]

Kadima (em hebraico: קדימה; romaniz.: Avante) foi partido político de Israel. De ideologia centrista, o Kadima surgiu em novembro de 2005 a partir de uma ruptura partidária sob a liderança de Ariel Sharon no interior do Partido Likud. O partido encerrou suas atividades políticas em março de 2015, quando seu líder, Shaul Mofaz, optou por não participar das eleições daquela ano e o novo líder, Akram Hasoon, também decidiu deixar o partido e ingressar no partido Kulanu.

Em agosto de 2005, o plano de retirada unilateral israelense da Faixa de Gaza e de certos assentamentos na Cisjordânia durante o governo do primeiro-ministro Ariel Sharon encontrou forte oposição dentro do Likud. Por conta disso, Sharon decidiu formar o Kadima em novembro daquele ano.[1] O novo partido recebeu a adesão de inúmeros quadros dissidentes do Likud – como Ehud Olmert, ex-prefeito de Jerusalém, e Tzipi Livni, ministra da justiça de Israel – e também uma adesão em um número menor de integrantes do Partido Trabalhista – por exemplo, o ex-primeiro-ministro Shimon Peres.[2][3]

Após Sharon sofrer um derrame debilitante em janeiro de 2006, Olmert tornou-se primeiro-ministro interino e assumiu a liderança do partido.[4] O Kadima tornou-se o maior partido no Knesset após as eleições de 2006, conquistando 29 dos 120 assentos,[5] e Olmert liderou um governo de coalizão cuja promessa incluía o estabelecimento de fronteiras permanentes entre Israel e os palestinos até 2010. Sem embargo, Olmert enfrentou várias alegações de corrupção, e os apelos por sua renúncia aumentaram em 2008. Livni, àquela altura ministra das relações exteriores de Israel, foi eleita para liderar o Kadima, e Olmert renunciou formalmente em setembro.

No entanto, Livni não conseguiu formar uma coalizão governamental, então Olmert permaneceu como primeiro-ministro interino até as eleições de fevereiro de 2009.[6] Embora o Kadima tenha conquistado 28 cadeiras (uma a mais que o Likud), Benjamin Netanyahu — o líder do Likud desde a saída de Sharon daquele partido em 2005 — conseguiu formar um governo de coalizão para o país, e o Kadima tornou-se o principal partido de oposição no Knesset.

De 2012 a 2015, Shaul Mofaz, político da ala direita do Kadima, foi o líder do partido.[7] Já Livni e seu grupo político deixaram o Kadima para formar o partido centrista Hatnuah.[8]

Após uma breve participação no governo em 2012, o Kadima entrou em declínio e sofreu uma grande derrota nas eleições de 2013, quando obteve apenas 2 assentos.[9] Em 2015, sob a liderança de Akram Hasoon, o partido decidiu não apresentar uma lista de candidatos para as eleições daquele ano e se dissolveu.

O Kadima era um partido de tendência centrista. Ele apoiava a definição de Israel como um estado judeu e democrático e aceitava o princípio de encerrar o conflito israelense-palestino por meio do estabelecimento de dois estados. Na arena socioeconômica, o Kadima tinha uma visão liberal, na qual apoiava o aumento da concorrência no mercado, alterando as prioridades nacionais na alocação de fundos e aumentando o grau de transparência em relação a tais alocações.[10]

Resultados Eleitorais

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Eleições legislativas

Data CI. Votos % +/- Deputados +/- Status
2006 1.º 690 901
22,0 / 100,0
29 / 120
Governo
2009 1.º 758 032
22,5 / 100,0
Aumento0,5
28 / 120
Baixa1 Oposição
2013 12.º 79 081
2,1 / 100,0
Baixa20,4
2 / 120
Baixa26 Oposição
2015 Não concorreu

Referências

  1. John Vause; Guy Raz; Shira Medding (22 de novembro de 2005). «Sharon shakes up Israeli politics». CNN 
  2. Obama ready to press Israeli parties to form unity government. The Telegraph, 14 de fevereiro de 2009.
  3. Saiba mais sobre o Kadima, formado por ex-líderes do Likud e trabalhistas http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u502599.shtml 12/02/09
  4. «Israel's Kadima could win under Olmert». Angus Reid. 9 de janeiro de 2006. Cópia arquivada em 18 de fevereiro de 2006 
  5. «Comatose Sharon 'moves eyelids'». BBC News. 16 de janeiro de 2006 
  6. «Após vitória apertada, Livni tentará compor coalizão em Israel». O Estado de S. Paulo. Consultado em 18 de setembro de 2008. Arquivado do original em 21 de setembro de 2008 
  7. Elad Benari (28 de março de 2012). «Mofaz Wins Kadima Leadership, Calls on Livni to Stay». Arutz Sheva 
  8. Yuval Karni (2 de dezembro de 2012). «Livni secures 7 MKs to split Kadima». Ynet 
  9. Elad Benari (28 de janeiro de 2015). «Mofaz Resigns from Politics». Arutz Sheva 
  10. «Kadima». The Israel Democracy Institute. Consultado em 21 de setembro de 2023 
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