Lygia Lessa Bastos – Wikipédia, a enciclopédia livre

Lygia Lessa Bastos

Lygia Lessa Bastos
Vereadora do Distrito Federal
Período 1947-1960
Deputada estadual pela Guanabara
Período 1960-1975
Deputada federal pelo Rio de Janeiro
Período 1975-1983
Dados pessoais
Nascimento 9 de setembro de 1919
Rio de Janeiro, DF
Morte 7 de outubro de 2020 (101 anos)[1]
Partido UDN, ARENA, PDS, PPR, PP
Profissão professora

Lygia Maria Lessa Bastos (Rio de Janeiro, 9 de setembro de 19197 de outubro de 2020) foi uma professora e política brasileira deputada federal pelo Rio de Janeiro.[2]

Dados biográficos

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Filha de José Lessa Bastos e Maria Flora Lessa Bastos. Formada em 1937 via Instituto de Educação com especialização em Educação Física via Ministério da Educação[2] foi professora na Escola Nacional de Educação Física e Desportos, na Escola Técnica Secundária Paulo de Frontin e no próprio Instituto de Educação, dentre outros locais, além de dirigir o departamento feminino do Vasco da Gama e do Tijuca Tênis Clube. Suas atividades fizeram-na integrar a Cruz Vermelha Brasileira, a União das Professoras Primárias do Rio de Janeiro e a Associação dos Professores de Educação Física do Rio de Janeiro.[2]

Filiada à UDN após o Estado Novo, foi eleita vereadora pelo então Distrito Federal em 1947, 1950, 1954 e 1958. Criada a Guanabara, elegeu-se deputada estadual em 1960, 1962, 1966 e 1970 tendo se filiado à ARENA com o advento do Regime Militar de 1964. Eleita deputada federal pela Guanabara em 1974 passou a representar o Rio de Janeiro após a fusão entre os dois estados em 15 de março de 1975[3] sendo reeleita em 1978, encerrando o seu mandato já filiada ao PDS.[4]

Durante seu mandato na Câmara Federal, foi uma das maiores críticas da fusão dos estados do Rio de Janeiro e Guanabara[5] e tentou impedir a demolição do Estádio de General Severiano, vendido pelo Botafogo para a Companhia Vale do Rio Doce.[6] Em 1979 completou trinta e três anos em mandatos seguidos (entre Câmara de Vereadores, Assembléia Legislativa e Câmara Federal) e tornou-se a parlamentar mais longeva do mundo, superando a estadunidense Margaret Chase Smith.[7][8]

Neta do general João Gomes Ribeiro Filho, ministro da Guerra (1935-1936) de Getúlio Vargas, foi a única mulher eleita para o Congresso Nacional em 1974 e a segunda mulher a representar os fluminenses após Júlia Steinbruch.[2]

Referências

  1. «Missa de sétimo dia - Lygia Lessa Bastos». Consultado em 21 de outubro de 2022 
  2. a b c d «Câmara dos Deputados do Brasil: deputada Lygia Lessa Bastos». Consultado em 3 de julho de 2019 
  3. «BRASIL. Presidência da República: Lei Complementar nº 20 de 01/07/1974». Consultado em 4 de janeiro de 2014 
  4. «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 4 de janeiro de 2014 
  5. «Deputada ataca o Governo da fusão». Jornal do Brasil, ano LXXXVI, edição 337, página 12/republicado pela Biblioteca Nacional - Hemeroteca Digital Brasileira. 16 de março de 1977. Consultado em 23 de outubro de 2022 
  6. «Deputada vê construções prejudiciais». Jornal do Brasil, ano LXXXVI, edição 13, página 18/republicado pela Biblioteca Nacional - Hemeroteca Digital Brasileira. 21 de abril de 1976. Consultado em 23 de outubro de 2022 
  7. Murilo Melo Filho (21 de julho de 1979). «Lygia Lessa Bastos». Manchete, ano 28, edição 1422, página 41/republicado pela Biblioteca Nacional - Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 23 de outubro de 2022 
  8. Marlene Anna Galeazzi (1979). «O Poder Feminino no Congresso». Manchete, ano 28, edição 1423, páginas 116-118/republicado pela Biblioteca Nacional - Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 23 de outubro de 2022