Línguas siníticas – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Não confundir com Línguas semíticas.


Línguas siníticas
Distribuição
geográfica
China
Classificação linguística Sino-tibetano
  • Sinítico
Subdivisões
ISO 639-5 zhx
A origem e propagação da Línguas sino-tibetanas. Oval vermelho é o Cishan tardio e as primeiras culturas Yangshao. A seta preta são as vias presumidas de expansão não sinítica. Depois de aplicar o método comparativo linguístico ao banco de dados de dados linguísticos comparativos desenvolvido por Laurent Sagart em 2019 para identificar correspondências sonoras e estabelecer cognatos, métodos filogenéticos são usados para inferir relações entre essas línguas e estimar a idade de sua origem e pátria.[2]

As línguas síniticas ou sínicas (do vocábulo greco - latino medieval Sina, "China", por sua vez do nome dinástico Qin, provavelmente pelo árabe Sīn) são as integrantes de uma família linguística frequentemente postulada como uma das duas principais subdivisões do sino-tibetano.[3][4]

A língua bai pode ser considerada um idioma sinítico, embora esta classificação seja controversa;[5] o termo, no entanto, é usado como equivalente às línguas chinesas, e frequentemente é usado em contraste ao termo "dialetos chineses", para transmitir a ideia de que estes seriam idiomas independentes, e não dialetos de uma mesma língua.[6][7]

Partindo-se do pressuposto de que o bai seja um idioma sinítico, ele teria se diferenciado do resto das línguas do grupo aproximadamente na época do chinês antigo, talvez até mesmo antes. Na altura do chinês médio as línguas faladas pelos min (Hokkien) também se separaram.[8] Entre os idiomas que remontam ao chinês médio estão o mandarim, o wu, o hacá e o yue (cantonês). À medida que mais obras comparativas vêm sendo feitas, diversos "dialetos" adicionais vão sendo descobertos como mutualmente inteligíveis com seus idioma materno; as últimas a se separarem como idiomas independentes foram o huizhou, o jin, o pinghua e o qiongwen, embora nem todas as variedades restantes do wu e do yue sejam mutualmente inteligíveis, ou apresentam uma inteligibilidade muito limitada. Algumas variedades permanecem sem qualquer classifiação em relação ao chinês.

Referências

  1. Merritt Ruhlen (1991) A Guide to the World's Languages, p. 145: "De acordo com Benedict (1983), material recente sobre a(s) língua(s) bai indica que Greenberg estava correto, e que o sinítico consiste de dois ramos, o chinês e o bai."
  2. Sagart, Laurent; Jacques, Guillaume; Lai, Yunfan; Ryder, Robin J.; Thouzeau, Valentin; Greenhill, Simon J.; List, Johann-Mattis (21 de maio de 2019). «Dated language phylogenies shed light on the ancestry of Sino-Tibetan». Proceedings of the National Academy of Sciences (em inglês) (21): 10317–10322. ISSN 0027-8424. PMID 31061123. doi:10.1073/pnas.1817972116. Consultado em 17 de outubro de 2021 
  3. Lyovin, Anatole. (1997) An Introduction to the Languages of the World, Oxford University Press
  4. Driem, George van. (2001) Languages of the Himalayas: An Ethnolinguistic Handbook of the Greater Himalayan Region. Brill. pp. 329 ff.
  5. Van Driem 2001:380 "O ba'i… pode consistir de um constituente do sinítico, embora um fortemente influenciado pelo lolo-birmanês."
  6. Enfield, N. J. (2003:69) Linguistics Epidemiology, Routledge.
  7. Ver também, por exemplo, Hannas, W. (1997) Asia's Orthographic Dilemma, University of Hawaii Press.
  8. Mei Tsu-lin (1970) "Tones and Prosody in Middle Chinese and The Origin of The Rising Tone," Harvard Journal of Asiatic Studies 30:86–110
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