Lagoa de Saquarema – Wikipédia, a enciclopédia livre

Lagoa de Saquarema
Lagoa de Saquarema
Localização
País  Brasil
Localidades mais próximas Saquarema
Barra da lagoa

A Lagoa de Saquarema (tupi: Socó-rema, «socó fedorento[nota 1]»)? é uma massa de água hipersalina. Situa-se no município de Saquarema, na Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil.

Características

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É própria para banho, pesca e esportes náuticos. Recentemente, foi feita a ligação permanente da lagoa com o mar através da Barra Franca, para que, deste modo, pudesse ser feito normalmente o controle e a regulação do sistema lagunar.[5]

Através da lagoa, 3 por cento da população de Saquarema obtém o seu sustento através da pesca artesanal. A Lagoa de Saquarema já foi uma grande produtora de pescados e crustáceos. Espera-se que, com a ligação permanente com o mar (que permite, assim, uma maior oxigenação) e, também, com o tratamento do esgoto que é lançado na lagoa (principalmente o do Rio Bacaxá, que é o principal agente poluidor da lagoa), a Lagoa de Saquarema retorne aos tempos de outrora, quando era possível os pescadores, em apenas uma noite, garantir o sustento para uma semana ou mais.

Notas e referências

Notas

  1. Socó é uma espécie de ave que era abundante na lagoa no início da colonização da região.[1] Segundo Pedro Guedes Alcoforado, significa gavião fedorento, uma variação para a mesma origem.[2][3] Outra variação seria "bando de socós".[1] Já o tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro sugere outra hipótese etimológica para "Saquarema": segundo ele, "Saquarema" pode ser oriundo da junção dos vocábulos tupis sakurá (uma variedade de caramujo) e rema (fedorento), significando, portanto, "caramujos fedorentos".[4] O nome teria sido dado pelos indígenas que dominaram a parte litorânea onde hoje se localiza a sede do município de Saquarema.[1]

Referências

  1. a b c «História - Prefeitura de Saquarema». 9 de outubro de 2016. Consultado em 13 de janeiro de 2024 
  2. ALCOFORADO, Pedro Guedes (1950). O tupi na Geografia Fluminense. Niterói: [s.n.] p. 167 
  3. SEIXAS, Antônio (2022). «Registros Paroquiais no Arquivo da Cúria Metropolitana de Niterói (séculos XVII ao XX)». Revista da Asbrap (29): 373 
  4. NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 597.
  5. Calazans, Alessandra (9 de maio de 2013). «Barra Franca, um dilema histórico em busca de uma solução definitiva». O SAQUÁ. Consultado em 13 de janeiro de 2024 
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