Levante de Novembro – Wikipédia, a enciclopédia livre

Levante de Novembro
Guerras Russo-Polonesas

Tomada do arsenal em Varsóvia. Pintado por Marcin Zaleski.
Data 29 de novembro de 1830 – 21 de outubro de 1831
Local Polônia, Lituânia e banda oeste do Rio Dniepre (Ucrânia)
Casus belli
  • Revogação da autonomia polonesa por Nicolau I
  • Possível invasão da França e da Bélgica através do território polaco
Desfecho Vitória russa;
Introdução do Estatuto Orgânico do Reino da Polônia;
Liquidação da autonomia polonesa
Beligerantes
Polónia Polônia do Congresso Rússia Império Russo
Comandantes
Polónia Józef Chłopicki
Polónia Michał Gedeon Radziwiłł
Polónia Jan Zygmunt Skrzynecki
Polónia Ignacy Prądzyński
Polónia Kazimierz Małachowski
Polónia Maciej Rybiński
Polónia Jan Nepomucen Umiński
Rússia Nicolau
Rússia Hans Karl von Diebitsch
Rússia Ivan Paskevich
Forças
150 000 180 000 – 200 000
Baixas
40 000 mortos ou feridos 60 000 mortos ou feridos
32 000 capturados
5 230 – 12 000 mortos devido a doenças

O Levante de Novembro (1830-1831) — também conhecido como a Revolução dos Cadetes — foi uma revolta armada contra o domínio russo na Polônia.[1]

Começou em 29 de novembro de 1830 em Varsóvia por um grupo de jovens conspiradores da escola de oficiais do exército em Varsóvia e que logo foram apoiados por boa parte da sociedade polonesa. Apesar de obter algumas vitórias locais, o levante foi finalmente sufocado pelo exército russo, numericamente superior, por ordem de Ivan Paskevich.[1]

Durante as Guerras Napoleônicas, Napoleão Bonaparte expulsou a Áustria e a Prússia da Polônia fundando o Ducado de Varsóvia ganhando um grande apoio do povo polonês que via os franceses como libertadores, que reverteriam as Partições da Polônia. Após a desastrosa Invasão Francesa da Rússia a Rússia ocupou o Ducado de Varsóvia tomando através do Congresso de Viena terras antes pertencentes a Áustria e a Prússia e dando autonomia ao país na tentativa de conter os ânimos revolucionários. Os antigos oficiais poloneses a serviço de Napoleão continuaram a servir sob o domínio da Rússia. Após a morte do czar Alexandre I o seu irmão Nicolau I assumiu o trono e começou a revogar a autonomia polaca. O estopim para a revolta foram rumores possíveis embora não comprovados de que tropas russas atravessariam o território polaco para suprir a Revolução de Julho e a Revolução Belga. Tanto o Parlamento quanto o Exército Polonês se declararam a favor da rebelião e o vice-rei Constantino Pavilovich irmão do czar foi forçado a fugir. Após a supressão da revolta a autonomia polonesa foi revogada como punição e qualquer possibilidade de invasão da França e da Bélgica foi dissipada com as tropas russas amarradas na Polônia. [1]

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Referências

  1. a b c Andrzej Garlicki (2003). Historia 1815–1939; Polska i świat (em polaco). [S.l.]: Warsaw, Scholar. 444 páginas. ISBN 83-7383-041-3 
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