Liga das Nações de Voleibol Masculino – Wikipédia, a enciclopédia livre
Liga das Nações de Voleibol Masculino | |
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Voleibol | |
Sede | Intercontinental |
Organizador | FIVB |
Edições | |
Primeira edição | Lille 2018 |
Edição atual | Łódź 2024 |
Campeões | |
Primeiro campeão | Rússia |
Atual campeão | França (2° título) |
Maior campeão | França Rússia (2 títulos cada) |
Página oficial da competição |
A Liga das Nações de Voleibol Masculino é uma competição internacional de voleibol disputada pelas seleções masculinas filiadas a Federação Internacional de Voleibol (FIVB), órgão governamental global do esporte. O primeiro torneio iniciou-se em maio de 2018, com a fase final sediada em Lille, na França, disputada em julho do mesmo ano.
A criação do torneio foi anunciada em outubro de 2017 em um projeto conjunto entre a FIVB, a IMG e 21 federações nacionais.[1] A Liga das Nações substituiu a Liga Mundial, evento internacional anual masculino que decorreu entre 1990 e 2017.[2]
O torneio correspondente para as seleções femininas é a Liga das Nações de Voleibol Feminino, competição que substituiu o Grand Prix.[2]
História
[editar | editar código-fonte]Origens
[editar | editar código-fonte]Em junho de 2017, a mídia especializada passou a informar que a FIVB mudaria drasticamente o formato da Liga Mundial e do Grand Prix para 2018. De acordo com as informações de momento, a partir de 2018, a Liga Mundial e o Grand Prix voltariam a ter apenas uma divisão (e não mais três) com a participação de 16 seleções nacionais.[3]
Em outubro de 2017, a FIVB anunciou, por meio de um comunicado à imprensa, a criação da Liga das Nações de Voleibol masculino e feminino, confirmando os torneios como substitutos da Liga Mundial e do Grand Prix.[1]
Em um comunicado de imprensa, a criação do novo torneio seria para revolucionar as competições de voleibol, tornando-se um dos mais importantes eventos da história da modalidade, apresentando o voleibol de uma forma nunca vista antes, aproveitando as ações inovadoras colocadas em prática durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 e aproximando a interação com os fãs ao redor do mundo. Ao se aproveitar das inovações tecnológicas, como as transmissões digitais, os espectadores testemunhariam novos e diversos ângulos, mostrando a capacidade atlética de classe mundial dos melhores jogadores de cada nação.[1]
Pela primeira vez, a FIVB, em colaboração com a empresa de marketing esportivo IMG, assumiria o controle total da produção de conteúdo, maximizando a qualidade e promovendo uma narrativa convincente na quadra, mais fácil para os fãs se envolverem e entenderem.[1]
Formato da competição
[editar | editar código-fonte]Como na antiga Liga Mundial, a competição é dividida em duas fases, embora com algumas mudanças na fórmula da competição, o formato segue a mesma característica: uma fase preliminar, com um sistema de cidades-sede rotativas, e uma rodada final disputada em uma cidade-sede pré-selecionada.[4]
A fase preliminar é disputada durante cinco semanas, contra as três da Liga Mundial. A cada semana, as equipes participantes são organizadas em grupos de quatro e cada equipe joga uma partida contra todas as outras equipes do seu grupo. Todos os jogos de cada grupo acontecem ao longo de um final de semana e numa mesma cidade.[5]
Quando todas as partidas da fase preliminar forem disputadas, as cinco primeiras equipes da classificação geral se classificam para a fase final e as demais são eliminadas. A nação anfitriã da fase final se qualifica automaticamente. As seis equipes qualificadas jogam em dois grupos de três equipes se enfrentando dentro dos grupos. As duas melhores equipes de cada grupo se classificam para as semifinais. As primeiras equipes classificadas jogam contra as segundas equipes classificadas nesta rodada. Os vencedores das semifinais avançam para competir pelo título da Liga das Nações.[5]
A partir da edição de 2022, o mata-mata passou a iniciar a partir das quartas de final, com as sete equipes bem colocadas, mais o país-sede que se qualifica automaticamente.
Inicialmente, dezesseis seleções nacionais competem no torneio; sendo que 12 equipes principais estão sempre qualificadas para o torneio.[6] O rebaixamento levava em consideração as equipes desafiantes, com a última delas sendo substituída pela vencedora da Challenger Cup, se classificando para a próxima edição da Liga das Nações como uma equipe desafiante.[7]
Em 13 de fevereiro de 2024, foi anunciada uma ampliação no torneio, que passa a ser formada por 18 participantes a partir de 2025. Como forma de consolidar as mudanças, o rebaixamento de uma equipe desafiante à Challenger Cup foi suspenso na edição de 2024, a última com o formato adotado desde a primeira edição. Além disso, os conceitos de equipes obrigatórias e desafiantes deixam de existir e o vencedor da Challenger Cup de 2024 é qualificado junto com a seleção bem colocada no ranking da FIVB que nunca participou da Liga das Nações. Outra mudança é que agora, todas as equipes são sucintas ao rebaixamento, com a seleção apresentando o pior desempenho sendo substituída por um time bem colocado no ranking.[8][9]
Challenger Cup
[editar | editar código-fonte]A Challenger Cup de Voleibol Masculino é disputada por seleções nacionais concomitantemente a Liga das Nações, sendo composta pela equipe rebaixada desta competição mais equipes selecionadas por cada confederação através do ranking mundial:[10][11]
Confederação | Vagas |
---|---|
País-sede | 1 |
AVC (Ásia) | 1 |
CAVB (África) | 1 |
CSV (América do Sul) | 1 |
NORCECA (América do Norte, Central e Caribe) | 1 |
CEV (Europa) | 2 |
Rebaixada da Liga das Nações | 1 |
Total | 8 |
A Challenger Cup é realizada após as finais da Liga das Nações e o vencedor ganha o direito de participar da Liga das Nações do ano seguinte como uma equipe desafiante.[11]
Aparições
[editar | editar código-fonte]Equipe | Fase preliminar | Fase final | ||||
---|---|---|---|---|---|---|
Ap. | Primeira | Última | Ap. | Primeira | Última | |
Alemanha | 6 | 2018 | 2024 | – | – | – |
Argentina | 6 | 2018 | 2024 | 2 | 2023 | 2024 |
Austrália | 4 | 2018 | 2022 | – | – | – |
Brasil | 6 | 2018 | 2024 | 6 | 2018 | 2024 |
Bulgária | 6 | 2018 | 2024 | – | – | – |
Canadá | 6 | 2018 | 2024 | 1 | 2024 | 2024 |
China | 4 | 2018 | 2023 | – | – | – |
Coreia do Sul | 1 | 2018 | 2018 | – | – | – |
Cuba | 2 | 2023 | 2024 | – | – | – |
Eslovênia | 4 | 2021 | 2024 | 3 | 2021 | 2024 |
Estados Unidos | 6 | 2018 | 2024 | 4 | 2018 | 2023 |
França | 6 | 2018 | 2024 | 6 | 2018 | 2024 |
Irã | 6 | 2018 | 2024 | 2 | 2019 | 2022 |
Itália | 6 | 2018 | 2024 | 3 | 2022 | 2024 |
Japão | 6 | 2018 | 2024 | 3 | 2022 | 2024 |
Países Baixos | 4 | 2021 | 2024 | 1 | 2022 | 2022 |
Polônia | 6 | 2018 | 2024 | 6 | 2018 | 2024 |
Portugal | 1 | 2019 | 2019 | – | – | – |
Rússia | 3 | 2018 | 2021 | 2 | 2018 | 2019 |
Sérvia | 6 | 2018 | 2024 | 1 | 2018 | 2018 |
Turquia | 1 | 2024 | 2024 | – | – | – |
Resultados
[editar | editar código-fonte]LIGA DAS NAÇÕES DE VOLEIBOL MASCULINO | |||||||||||
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Ano | Fase final | Final | Decisão do 3º lugar | Equipes FP / FF | |||||||
Ouro | Placar | Prata | Bronze | Placar | 4º lugar | ||||||
2018 Detalhes | Lille | Rússia | 3–0 | França | Estados Unidos | 3–0 | Brasil | 16 / 6 | |||
2019 Detalhes | Chicago | Rússia | 3–1 | Estados Unidos | Polônia | 3–0 | Brasil | 16 / 6 | |||
2020 | Edição cancelada devido à pandemia de COVID-19.[12] | ||||||||||
2021 Detalhes | Rimini | Brasil | 3–1 | Polônia | França | 3–0 | Eslovênia | 16 / 4 | |||
2022 Detalhes | Bolonha | França | 3–2 | Estados Unidos | Polônia | 3–0 | Itália | 16 / 8 | |||
2023 Detalhes | Gdansk | Polônia | 3–1 | Estados Unidos | Japão | 3–2 | Itália | 16 / 8 | |||
2024 Detalhes | Łódź | França | 3–1 | Japão | Polônia | 3–0 | Eslovênia | 16 / 8 |
Quadro de medalhas
[editar | editar código-fonte]Ordem | País | ||||
---|---|---|---|---|---|
1 | França | 2 | 1 | 1 | 4 |
2 | Rússia | 2 | 0 | 0 | 2 |
3 | Polônia | 1 | 1 | 3 | 5 |
4 | Brasil | 1 | 0 | 0 | 1 |
5 | Estados Unidos | 0 | 3 | 1 | 4 |
6 | Japão | 0 | 1 | 1 | 2 |
MVPs por edição
[editar | editar código-fonte]- 2018 – RUS Maxim Mikhaylov
- 2019 – USA Matthew Anderson
- 2021 – BRA Wallace de Souza e POL Bartosz Kurek
- 2022 – FRA Earvin N'Gapeth
- 2023 – POL Paweł Zatorski
- 2024 – FRA Antoine Brizard
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d «FIVB announces the Volleyball Nations League» (em inglês). FIVB. 12 de outubro de 2017. Consultado em 2 de maio de 2018
- ↑ a b «FIVB descarta Liga Mundial e Grand Prix e cria Liga das Nações». Istoé. 13 de outubro de 2017. Consultado em 2 de maio de 2018
- ↑ «FIVB drastically changes format for 2018 World League and Grand Prix, Italy remain member of elite!» (em inglês). WorldofVolley. 19 de junho de 2017. Consultado em 2 de maio de 2018
- ↑ «Volleyball Nations League 2018 –Formula» (em inglês). FIVB. Consultado em 2 de maio de 2018
- ↑ a b «Pools overview released for thrilling inaugural season of VNL» (em inglês). FIVB. 16 de fevereiro de 2018. Consultado em 2 de maio de 2018
- ↑ «Atrás de revolução no esporte, Federação anuncia novo torneio: Liga das Nações». GloboEsporte.com. 13 de outubro de 2017. Consultado em 2 de maio de 2018
- ↑ «SIX TEAMS LINE UP FOR VOLLEYBALL CHALLENGER CUP AND ONE OPEN BERTH IN 2019 MEN'S VNL» (em inglês). FIVB. 19 de junho de 2018. Consultado em 19 de junho de 2018
- ↑ Fardin, Victor (13 de fevereiro de 2024). «FIVB anuncia expansão da Liga das Nações para 18 seleções». Olimpíada Todo Dia. Consultado em 14 de maio de 2024
- ↑ «FIVB confirma mudança e Liga das Nações terá 18 seleções em 2025 e um rebaixamento». UOL. 14 de fevereiro de 2024. Consultado em 14 de maio de 2024
- ↑ «FIVB Executive Committee embraces digital transformation» (em inglês). FIVB. 7 de dezembro de 2017. Consultado em 2 de maio de 2018
- ↑ a b «Formula». FIVB. Consultado em 7 de julho de 2022
- ↑ «FIVB ANNOUNCES CANCELLATION OF VNL 2020» (em inglês). FIVB. 8 de maio de 2020. Consultado em 18 de julho de 2020
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Página oficial da FIVB» (em inglês)