Lista de soberanos de Madagascar – Wikipédia, a enciclopédia livre

Armas do Reino de Madagascar.

Esta é uma lista dos monarcas que governaram o chamado Reino de Merina (ou Imerina), no planalto central de Madagascar, de onde se originaram os primeiros monarcas do Reino de Madagascar, no século XIX. Antes da união da ilha, a sucessão baseava-se na designação de um herdeiro pelo monarca reinante, normalmente entre seus próprios filhos. A lista abaixo representa uma linha genealógica direta desde a última rainha de Madagascar até os primeiros governantes conhecidos, identificados no século XV. Informações detalhadas sobre os nomes e datas anteriores ao século XVI são fruto, principalmente, de história oral, enquanto que nomes e datas posteriores são verificáveis ​​a partir de fontes primárias. A combinação dessas fontes fornecem uma lista dos governantes Merina anteriores à unificação promovida por Andrianampoinimerina no planalto central de Madagascar e da conquista da maior parte do território da ilha por seu filho, o rei Radama I.

Reis de Merina

[editar | editar código-fonte]

Os asteriscos indicam nomes tirados da história oral, sem fontes que comprovem sua existência, como os monarcas lendários ou semi-lendários.[1]

Reis de Madagascar

[editar | editar código-fonte]

Reis de Madagascar, após a unificação do país.[2]

Monarca Reinado Notas
Início Fim
Radama I
O Grande
Unificador do país e primeiro rei de Madagascar. Estabeleceu relações com Reino Unido e França com fins de modernizar o reino e faze-lo reconhecer na Europa. Para isso aboliu a escravidão e permitiu que cristãos realizassem missões no país.
Esposa do rei anterior e o sucedeu com um golpe de Estado. Rompeu relações com países europeus e isolou a ilha do mundo afora com fins de preservar as tradições malgaxes. Perseguiu cristãos e estrangeiros no país, ainda promovendo guerras que dizimaram milhares de pessoas.
Filho dos reis anteriores, reatou as relações com França e Reino Unido e iniciou um lento processo de modernização no país. Assinou a Carta Lambert, que permitia a exploração das terras da ilha pelos franceses e que anos depois seria utilizada como pretexto para colonização de Madagascar.

Radama II foi morto em um golpe de Estado orquestrado pelo parlamento.

Esposa principal do rei anterior, assumiu com apoio do parlamento e reinou sob a monarquia parlamentarista. Pouco antes de sua morte converteu-se ao catolicismo.
Prima da rainha anterior, aboliu a antiga religião tradicional e instaurou o cristianismo como oficial no país. As missões cristãs para o reino foram crescentes a partir dos anos 1870. Perto de sua morte a França instaurou um protetorado em Madagascar.
Última rainha de Madagascar. Tentou aproximação com países europeus para frear a colonização francesa no país. Apesar dos esforços, o país foi colonizado em 1895 e a monarquia abolida em 1897.
Princesa Marie-Louise, sobrinha e herdeira da rainha Ranavalona III, em foto de 1900.

Após a queda da monarquia, a última soberana reinante de Madagascar nomeou sua sobrinha, a princesa Marie-Louise, como herdeira da dinastia Merina. Ela morreu sem deixar descendência, em 1948.[3]

Referências

  1. The Merina (or Hova) Dynasty
  2. Madagascar
  3. Barrier, Marie-France (1996). Ranavalona, dernière reine de Madagascar (em francês). Paris: Balland. p. 358. ISBN 978-2-7158-1094-5.