Lista do Patrimônio Mundial na Jamaica – Wikipédia, a enciclopédia livre

Localização dos Sítios do Patrimônio Mundial na Jamaica. Jamaica

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) propôs um plano de proteção aos bens culturais do mundo, através do Comité sobre a Proteção do Património Mundial Cultural e Natural, aprovado em 1972.[1] Esta é uma lista do Patrimônio Mundial existente na Jamaica, especificamente classificada pela UNESCO e elaborada de acordo com dez principais critérios cujos pontos são julgados por especialistas na área. A Jamaica ratificou a convenção em 14 de junho de 1983, tornando seus locais históricos elegíveis para inclusão na lista.[2]

O sítio Parque Nacional das Montanhas Azuis e John Crow foi o primeiro local da Jamaica incluído na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO por ocasião da 39.ª Sessão do Comitè do Património Mundial, realizada em Bona (Alemanha) em 2015.[3] Desde então, este bem de classificação Cultural permanece como o único sítio da Jamaica classificado como Patrimônio da Humanidade.

Bens culturais e naturais

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A Jamaica conta atualmente com os seguintes lugares declarados como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO:

Montanhas Azuis e John Crow
Bem misto inscrito em 2015.
Localização: Saint Thomas / Portland
Este sítio abrange uma região montanhosa altamente acidentada e florestada do sudeste da Jamaica, onde primeiro os nativos taínos fugindo da escravidão e depois os quilombolas negros se refugiaram. Nessa região, os quilombolas resistiram ao sistema escravista colonial europeu criando toda uma série de trilhas, refúgios e assentamentos que hoje formam a chamada "Rota do Patrimônio de Nanny Town". As florestas da região ofereciam aos escravos fugitivos tudo o que eles precisavam para sua sobrevivência. Traços dos estreitos laços espirituais que foram forjados entre os quilombolas e as montanhas que os acolheram ainda permanecem em várias expressões culturais de nossos dias: ritos religiosos, práticas da medicina tradicional, danças, etc. A região é também uma das mais importantes áreas de biodiversidade vegetal das Antilhas, com um alto índice de endemismo em suas espécies vegetais, especialmente no que diz respeito a líquenes, musgos e flores. (UNESCO/BPI)[4]

Lista Indicativa

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Em adição aos sítios inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, os Estados-membros podem manter uma lista de sítios que pretendam nomear para a Lista de Patrimônio Mundial, sendo somente aceitas as candidaturas de locais que já constarem desta lista.[5] Desde 2009, a Jamaica possui 2 locais na sua Lista Indicativa.[6]

Sítio Imagem Localização Ano Dados UNESCO Descrição
A cidade subaquática de Port Royal Kingston 2009 Cultural: (iv)(v)(vi) Port Royal, comumente referida como "a cidade mais perversa do mundo", evoca imagens de piratas saqueadores, ousadas conquistas navais, saques, riquezas, destruição e devastação. Possui uma história intrigante e turbulenta, pois cresceu rapidamente para se tornar o posto comercial mais importante do Novo Mundo. No auge de sua riqueza resplandecente, em 7 de junho de 1692, Port Royal foi consumida por um terremoto e dois terços da cidade afundou no mar. Uma série de incêndios e furacões se seguiram e a cidade nunca foi restaurada à sua antiga glória.[7]
Parque Seville Heritage Saint Ann 2009 Cultural: (ii)(iii)(iv) O Seville Heritage Park é um dos patrimônios culturais mais significativos da Jamaica e a área é considerada a gênese da Jamaica moderna. O local foi ocupado desde os tempos pré-históricos e inclui os vestígios arqueológicos da aldeia indígena ameríndia (Taínos) de Maima, o assentamento espanhol de Sevilla la Nueva (do século XVI), a plantação de açúcar britânica pós-1655 conhecida como Nova Sevilha e as distintas paisagem e flora que surgiram como resultado dessas intervenções.[8]

Ligações externas

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Referências