Logística florestal – Wikipédia, a enciclopédia livre
A Logística apresenta-se em variadas vertentes, sendo uma delas a logística florestal. Esta área da gestão de recursos e equipamentos, é especializada em serviços nos bosques e em zonas arborizadas, com o objectivo de aumentar a rentabilidade do produtor florestal, por forma a gerar valor com sementes, pinhas, cortiça, madeira e outros produtos florestais [1].
Áreas de Intervenção
[editar | editar código-fonte]Incêndios Florestais
[editar | editar código-fonte]Todos os anos, vários países do mundo são assolados pelos incêndios florestais. Esta tragédia ocorre principalmente em áreas florestais, causando prejuízos de carácter económico, social e ambiental muito graves. A logística florestal dá resposta a este flagelo ao planificar o espaço florestal, por meio de projectos florestais, considerando à partida quais os locais mais propícios a ocorrerem incêndios e a evitá-los [2].
Algumas medidas preventivas a serem tomadas [3]:
- Manter limpa uma faixa de 50 m à volta de habitações, estaleiros, armazéns, oficinas ou outras edificações, nos espaços rurais;
- Manter limpa uma faixa superior a 100 m à volta dos aglomerados populacionais, parques, polígonos industriais e aterros sanitários, inseridos ou confinantes com áreas florestais.
Montado
[editar | editar código-fonte]Os montados caracterizam-se por serem sistemas agro-silvo-pastoris, sendo um dos exemplos de sistemas tradicionais sustentáveis de uso do solo da Europa. Em Portugal, principalmente no Alentejo, os montados ocupam uma área de aproximadamente 1 200 ha, estando o seu valor económico relacionado com a produção de cortiça, o seu valor cultural relacionado com a conservação da biodiversidade e os seus valores históricos com o registo de sistemas sociais e agrícolas tradicionais.
A logítica florestal a nível do Montado visa integrar dois tipos de abordagem:
- Avaliação do efeito de diferentes modelos de gestão dos montados na diversidade das ectomicorrizas [4] do sobreiro, produtividade de esporocarpos (corpo pluricelular que contribui para a formação de esporos) e grupos funcionais de bactérias;
- Compreensão das opções dos agricultores por determinados modelos de gestão dos montados e os seus efeitos na economia e na paisagem rural.
Com esta abordagem multidisciplinar é possível definir os indicadores biológicos, considerados fundamentais para rentabilizar a produção e aumentar a sustentabilidade das práticas agrícolas dos montados [5].
Referências
- ↑ (Logística, 2004)
- ↑ (Branco, 2005)
- ↑ (Incêndios, 2002)
- ↑ «Ectomicorrizas - Produtos - Micoflora». 8 de agosto de 2008. Consultado em 2 de agosto de 2020. Cópia arquivada em 8 de agosto de 2008
- ↑ Projecto, 2009
Referências
[editar | editar código-fonte]- BRANCO, Gonçalo Castel' - Que incêndios florestais queremos nós apagar no futuro? Newsletter [Em linha]. Jul. 2005. [Consult. 25 Mar. 2009]. Disponível em WWW: <URL: https://web.archive.org/web/20070806120706/http://www.logistica-florestal.pt/mailinglist/newsletters/20050705_nlCompleta9_pt.html>.
- INCÊNDIOS florestais 2006 [Em linha]. Lisboa: CONFAGRI, 2002. [Consult. 26 Mar. 2009]. Floresta, Incêndios florestais. Disponível em WWW: <URL: http://www.confagri.pt/Floresta/incendios/?wbc_purpose=bas>.
- LOGÍSTICA florestal [Em linha]. Porto: aeiou, 2004. [Consult. 25 Mar. 2009]. Descrição. Disponível em WWW: <URL: https://web.archive.org/web/20090207212240/http://www.aeiou.pt/cat/l/Logistica-Florestal-SA-1003724.html>.
- PROJECTO montado [Em linha]. Coimbra: Universidade de Coimbra, 2009. [Consult. 26 Mar. 2009]. Disponível em WWW: <URL: http://www.uc.pt/montado>.