George Herbert, 5.º Conde de Carnarvon – Wikipédia, a enciclopédia livre

George Herbert
5.º Conde de Carnarvon
George Herbert, 5.º Conde de Carnarvon
Nome completo George Edward Stanhope Molyneux Herbert
Nascimento 26 de junho de 1866
Londres, Inglaterra, Reino Unido
Morte 5 de abril de 1923 (56 anos)
Cairo, Egito
Progenitores Mãe: Evelyn Stanhope
Pai: Henry Herbert, 4.º Conde de Carnarvon
Cônjuge Almina Wombwell (1895–1923)
Filho(a)(s)
  • Henry
  • Evelyn
Alma mater Trinity College
Título Conde de Carnarvon

George Edward Stanhope Molyneux Herbert, 5.º Conde de Carnarvon (Londres, 26 de junho de 1866Cairo, 5 de abril de 1923) foi um aristocrata britânico mais conhecido por ter financiado a procura, escavação e descoberta da tumba de Tutancâmon no Vale dos Reis.

O conde era um grande amante da egiptologia e em 1907 foi ao Egito com a intenção de realizar campanhas de escavação para enriquecer seu acervo. Percebendo a necessidade de ter um especialista na área que conhecesse as dificuldades da pesquisa, pediu conselho a Gaston Maspero que o indicou como a pessoa mais indicada o arqueólogo Howard Carter, que se encontrava em grande dificuldade na época.

Os dois se deram bem imediatamente e uma profunda amizade nasceu. Com a riqueza da família, Carnarvon financiou as escavações de Howard Carter em Tebas (Egito) e muitos outros que ampliaram a coleção de artefatos egípcios do conde. No entanto, o arqueólogo tinha a intenção de descobrir, no Vale dos Reis, os túmulos desaparecidos de dois faraós dos quais pouco se sabia na época (Amenhotep IV, o faraó herético, e Tutancâmon, o faraó criança) e convenceu George Herbert para financiar o empreendimento. Graças à sua habilidade, o senhor conseguiu obter a concessão das escavações, na altura ainda nas mãos do arqueólogo Theodore M. Davis, tendo as escavações iniciado em 1917.

Estas duraram cinco anos sem sucesso e com pesadas despesas para o conde, tanto que, em agosto de 1922, esteve perto de declarar encerrada a busca. Mas o entusiasmo ainda vivo de Carter e sua certeza absoluta de poder encontrar a tumba convenceram George Herbert a conceder-lhe mais uma temporada de escavações, o tempo necessário para escavar o último setor restante. A campanha recomeçou em 3 de novembro de 1922, e já no segundo dia um passo de uma sepultura desconhecida viu a luz. Logo a entrada deste último foi alcançada e os selos na porta revelaram que nos milênios ela ainda não havia sido violada por ninguém.[1][2][3]

Carnarvon, então na Inglaterra, foi imediatamente chamado de volta ao Egito e lá chegou em 20 de novembro. Sete dias depois, ele compareceu, junto com Carter, à abertura da tumba que revelou naquele momento seus ricos bens funerários ainda no local, como haviam sido arranjados milênios antes. Esta descoberta é justamente considerada a maior descoberta arqueológica do século XX, não só pela riqueza do espólio mas porque, pela primeira vez, foi possível admirar o túmulo de um faraó que nunca tinha sido violado na história.

Publicações

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Referências

  1. Fiona Carnarvon, Egypt at Highclere - The discovery of Tutankhamun, Highclere Enterprises LPP, 2009.
  2. Fiona Carnarvon, Carnarvon & Carter - the story of the two Englishman who discovered the tomb of Tutankhamun, Highclere Enterprises LPP, 2007.
  3. Elisabeth David, Gaston Maspero 1846-1916, Pygmalion/Gérard Watelet, 1999 ISBN 2-85704-565-4

Ligações externas

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