Luiz Leal – Wikipédia, a enciclopédia livre

Luiz Leal
Nascimento 17 de agosto de 1936
Teófilo Otoni
Morte 26 de outubro de 2017 (81 anos)
Belo Horizonte
Cidadania Brasil
Ocupação político

Luiz Leal (17 de agosto de 193626 de outubro de 2017[1]) foi um político brasileiro. Exerceu o mandato de deputado federal constituinte em 1988.[2]

Em novembro de 1965, foi eleito vereador pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido que opunha o Regime Militar. Elege-se como prefeito de Teófilo Otoni em 1972. Em 1978, é eleito como deputado federal, participando da Comissão do Interior e sendo suplente das comissões de Educação e Cultura e de Constituição e Justiça.[2]

Em 1979, com a reorganização partidária causada pelo fim do bipartidarismo, ingressou no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), partido criado da extinção do MDB.[2]

Foi membro da Comissão de Constituição e Justiça, suplente da Comissão de Transportes e tomou parte das comissões parlamentares de inquérito sobre o rio São Francisco e sobre a comercialização do café. Apresentou projeto de lei complementar anexando ao território mineiro parte do extremo-sul da Bahia, onde estão as cidades praianas de Alcobaça, Prado e Caravelas.[3]

É reeleito em 1982, e vota a favor da emenda Dante de Oliveira, votando mais tarde em Tancredo Neves para presidente, após a emenda não ter sido aprovada, sendo este vitorioso.[2]

Em 25 de abril de 1984, votou a favor da emenda Dante de Oliveira, que propunha o restabelecimento de eleições diretas para presidente da República. A emenda não atingiu o número suficiente de votos para ser aprovada pelo Senado, convocando-se, em 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral para escolher o sucessor do então presidente João Figueiredo. Votou em Tancredo Neves, candidato da frente oposicionista Aliança Democrática, coligação do PMDB com a dissidência do Partido Democrático Social (PDS) reunida na Frente Liberal, que derrotou Paulo Maluf. Acometido por grave enfermidade, que o vitimou em 21 de abril de 1985, Tancredo não chegou a tomar posse. Substituiu-o o vice José Sarney, que já vinha exercendo o cargo interinamente.[3]

No pleito de 1986, vence as eleições como deputado federal constituinte. Adquire licença para ocupar a Secretaria de Educação no governo Newton Cardoso (1987-1991) em março de 1987, com Israel Pinheiro Filho o substituindo. No entanto, reassume sua posição em novembro do mesmo ano para assegurar o voto a favor do presidencialismo, uma vez que Pinheiro Filho era favorável ao parlamentarismo. Essa ação dele e de outros secretários que também voltaram a seus postos foi interpretada como um método para garantir a vitória do presidencialismo e dos 5 anos de mandato para José Sarney.[2]

Em maio de 1988, é substituído mais uma vez por Pinheiro Filho ao se afastar novamente, desta vez para assumir a Secretaria de Justiça de Minas Gerais. Atua como secretário até 1989, quando retorna ao mandato federal.[2]

Após o fim de seu mandato, afasta-se da vida política e torna-se presidente da Associação Mineira de Televisões Educativas e Culturais (Amitec), ocupando também o mesmo cargo da Rádio e TV Imigrantes de Teófilo Otoni, em 2009.[2]

Seus pais eram João Soares Leal Sobrinho e Laura Elisa Sedlmayer Leal. Estudou no Colégio Estadual de Teófilo Otoni, e mais tarde no Colégio Anchieta de Belo Horizonte. Formado professor pela Secretaria de Educação em 1957, com bacharelado em 1962 em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito de Vitória. No mesmo ano, foi professor da faculdade.[2]

Durante sua vida, casou-se uma vez e teve seis filhos e seis netos.[4]

Luiz Leal faleceu no dia 26 de Outubro de 2017, aos 81 anos de idade.[3]

Referências