Luiz Saldanha – Wikipédia, a enciclopédia livre
Luiz Saldanha | |
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Nascimento | 16 de dezembro de 1937 Lisboa |
Morte | 16 de novembro de 1997 (59 anos) Cascais |
Nacionalidade | português |
Cidadania | Portugal |
Alma mater | Faculdade de Ciências Universidade de Lisboa |
Ocupação | oceanógrafo biólogo marinho professor universitário |
Distinções | • Comendador da Ordem das Palmas Académicas (França) • Oficial da Ordem de Grimaldi (Mónaco) • Prémio Personalidade Marítima do Ano - Manley Bendall (França) • Grande Medalha Príncipe Alberto I (Mónaco) • Tridente d'Oro da Academia Internacional de Ciências e Técnicas Subaquáticas (Itália) • Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada (Portugal) |
Campo(s) | Oceanografia, Biologia Marinha, Ecologia Marinha |
Luiz Vieira Caldas Saldanha ComPA • OG • GOSE (Lisboa, 16 de Dezembro de 1937 — Cascais, 16 de Novembro de 1997) foi um biólogo marinho português, Professor Catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que se distinguiu no estudo da fauna marinha do Atlântico Nordeste.[1]
Luiz Saldanha introduziu em Portugal o ensino de diversas disciplinas no âmbito da Biologia Marinha, como a Ictiologia e a Oceanografia Biológica. Enquanto docente universitário, foi responsável pela formação científica de numerosos biólogos marinhos que mais tarde viriam a tornar-se investigadores e docentes de diferentes universidades e institutos portugueses e estrangeiros. Desempenhou diversos cargos de liderança institucional, quer estatais, quer associativos. Considerado por vários autores como o «reformador da oceanografia portuguesa»[2][3], Saldanha contribuiu de forma decisiva para o desenvolvimento e coordenação das ciências e tecnologias do Mar em Portugal.[4]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Luiz Saldanha nasceu a 16 de Dezembro de 1937, em Lisboa (São Sebastião da Pedreira). Estudou no Liceu Francês de Lisboa (Lycée français Charles Lepierre), onde concluiu os ensinos primário e liceal. Nesses anos, integrou o agrupamento de escuteiros da Igreja de São Luís dos Franceses,[5] onde cultivou o gosto pela natureza. Sobrinho do arqueólogo Eduardo da Cunha Serrão, desde muito jovem acompanhou o tio em escavações e outros trabalhos arqueológicos.[6] Estas experiências permitiram-lhe desenvolver a curiosidade científica. Contudo, o seu interesse específico pela vida animal, que mais tarde o leva à Biologia, foi exclusivamente genuíno, não tendo tido qualquer influência directa.[5]
Saldanha foi um dos pioneiros do mergulho em Portugal. Em 1956, aos 18 anos e já estudante universitário, fez o seu primeiro mergulho, com um escafandro emprestado e sem fato isotérmico, nas águas de Sesimbra. Meses mais tarde, participa na sua primeira campanha oceanográfica, a convite do Professor Mário Ruivo, do Instituto de Biologia Marinha. Aí, a bordo do NRP Faial, tem a oportunidade de conhecer investigadores estrangeiros, como Jean-Marie Pérès, da prestigiada Estação Marinha de Endoume, com quem passa a corresponder-se.[5]
Em 1961, Saldanha licenciou-se em Ciências Biológicas pela Faculdade de Ciências de Lisboa, tendo concluído as últimas cadeiras durante o cumprimento de um longo serviço militar de sete anos, enquanto oficial do exército. No ano seguinte, já casado, é mobilizado para servir em África, permanecendo por dois anos e três meses (1962-1965) em Angola, na Zona de Intervenção Norte (ZIN).[1] A par dos compromissos militares, Saldanha aproveitou a estada em Angola para fins científicos. Aí aperfeiçoou as suas técnicas de taxidermia e recolheu diversos exemplares de animais e plantas que mais tarde veio a depositar no Museu Bocage (actual Museu Nacional de História Natural e da Ciência).[4]
Terminado o serviço militar em 1965, Saldanha inicia então a carreira profissional, aos 27 anos, como naturalista do Museu Bocage. Aí permanece até 1970, quando passa a investigador do Museu e Laboratório Zoológico e Antropológico da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Em 1974, vem a doutorar-se em Ciências (na especialidade de Ecologia Animal), pela mesma universidade, sendo aprovado com Distinção e Louvor. Em 1975, começa a leccionar na Faculdade de Ciências de Lisboa como Professor Auxiliar, em 1978, como Professor Extraordinário e, em 1979, como Professor Catedrático.[1][4]
Desde cedo empenhado na conservação da Natureza, em 1965, Luiz Saldanha apresentou, juntamente com os seus amigos do Centro Português de Actividades Subaquáticas (CPAS), um projecto que visava a criação de uma reserva marinha na costa da Arrábida, ao então Ministério da Marinha.[1] Apesar de o Governo à época não ter acedido ao apelo, os seus esforços foram consagrados 33 anos depois, em 1998, com a criação do Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, que engloba precisamente a área proposta por Saldanha.[7][8]
Em 1974, ano em que se doutorou, Saldanha empreendeu a recuperação do Forte de Nossa Senhora da Guia, situado na estrada do Guincho, em Cascais, onde reactivou e dinamizou o Laboratório Marítimo da Guia.[9] Requereu, a 9 de Abril de 1974, a classificação do Forte como Imóvel de Interesse Público, tendo a petição sido aprovada em 1977. Aí, desenvolveu trabalhos pioneiros de investigação nos campos da Biologia Marinha e da Oceanografia Biológica e orientou diversos estágios de licenciatura dos seus alunos. O laboratório funciona, desde então, como pólo de investigação e ensino da Faculdade de Ciências de Lisboa. Saldanha esteve responsável pelo laboratório entre 1974 e 1997, ano do seu falecimento.[4]
Em Março de 1978, um incêndio lavrou a Faculdade de Ciências de Lisboa (então instalada no edifício da Escola Politécnica), destruindo completamente o laboratório de Luiz Saldanha.[1] Ficaram completamente arrasados todos os seus equipamentos, materiais zoológicos de estudo, manuscritos de trabalho em curso, apontamentos, livros e separatas, bem como praticamente toda a colecção zoológica que recolhera nos nos anos que estivera em Angola.[1] Tal infortúnio provocou o atraso de meses, ou até de anos, de trabalho científico.
As investigações científicas e expedições oceanográficas de Luiz Saldanha não se cingiram aos mares de Portugal, tendo-se estendido por todos os continentes e oceanos. Trabalhou por longos períodos em laboratórios em França, Reino Unido, Estados Unidos e Mónaco, e empreendeu expedições no Mar Mediterrâneo, nos oceanos Atlântico, Ártico, Índico e Pacífico, e na Antárctida.[10] Foi esta multiplicidade geográfica das suas expedições que o levou a ser denominado pela imprensa de «Homem dos Sete Mares».[11] Nestas missões, desde 1969, mergulhou regularmente nos submersíveis franceses Archimède e Nautile e no americano Alvin em estudos de biologia abissal e fauna hidrotermal.[1][4] A bordo deste último, em 1992, foi responsável pela descoberta da primeira fonte hidrotermal submarina dos Açores, o Campo Hidrotermal Lucky Strike.[12]
Além dos trabalhos de mar, o interesse de naturalista de Luiz Saldanha levou-o a efectuar igualmente expedições terrestres em diferentes áreas desérticas, viajando muitas vezes em caravanas tradicionais. Nestas viagens, prestava especial atenção ao lado humano e etnográfico dos vários povos com que se cruzou.[1]
Tendo como preocupação a divulgação científica, Luiz Saldanha deu grande enfoque à comunicação dos seus conhecimentos, quer à comunidade académica, quer ao público em geral.[1] Realizou numerosas palestras e conferências, em Portugal e no estrangeiro, onde divulgou as suas investigações científicas e participações em campanhas oceanográficas. Fez parte de diversas comissões de leitura de revistas científicas nacionais e internacionais. Para o grande público, foi autor de séries de documentários na RTP, entre eles, Missão Açores (1984)[13] e O Mar e a Terra (1985, 1987)[14], tendo este último acompanhado as suas expedições em diferentes mares e continentes.
Luiz Saldanha desemprenhou diversos cargos de liderança institucional, a nível nacional e internacional. Em 1987, tomou posse como Presidente do Instituto Nacional de Investigação das Pescas (INIP)[15], actual Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). De forma a mobilizar e congregar todos os investigadores das ciências do Mar em Portugal, promoveu, em 1991, a criação do Instituto do Mar (IMAR), do qual foi o primeiro Presidente da Direcção e do Conselho Científico.[4] No âmbito do conservacionismo, foi Presidente da Direcção (1985-1987)[16] e, posteriormente, da Assembleia Geral da Liga para a Protecção da Natureza (LPN).[1] Foi ainda Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais, Conselheiro do Instituto Nacional de Investigação Científica (INIC), Membro do Conselho Superior de Ciência e Tecnologia, e Membro de Mérito da Comissão para o Estudo e Aproveitamento do Leito do Mar (CEALM).[4]
A nível internacional, Saldanha foi Vice-Presidente do secular Conselho Internacional para a Exploração do Mar, Vice-Presidente e Secretário da Sociedade Europeia de Ictiologia, Vice-Presidente da Comissão Internacional de História da Oceanografia, Membro do Conselho Científico da Fundação Alberto I, Príncipe do Mónaco (Instituto Oceanográfico de Paris e Museu Oceanográfico do Mónaco), Investigador Estrangeiro na Académie des sciences, Delegado Português na Fundação Europeia de Ciência e Delegado Português no projecto de Ciências e Tecnologias Marinhas (MAST) da Comunidade Económica Europeia.[4]
Por toda a sua vida, Luiz Saldanha cultivou ainda uma veia artística. Ao longo de todo o seu percurso profissional, manteve diários onde, a aguarela e lápis de cor, ilustrava as suas numerosas viagens e campanhas oceanográficas.[1] Por diversas ocasiões, essas obras foram requisitadas para exposições temáticas, estando algumas, inclusive, publicadas em livro. Saldanha foi também um grande coleccionador de soldadinhos de chumbo, que o próprio criava e pintava, montando dioramas diversas vezes premiados em exposições da especialidade.[4]
Após um longo período de doença e uma vida dedicada aos oceanos, veio a falecer precisamente no Dia do Mar, a 16 de Novembro de 1997, na sua residência, em Cascais.[17]
Distinções e Homenagens
[editar | editar código-fonte]Em vida, Luiz Saldanha recebeu diversas distinções pelos seus trabalhos e investigações científicas, sobretudo por parte de organismos internacionais. Entre elas, destacam-se a Grande Medalha Príncipe Alberto I, atribuída em 1988 pelo Instituto Oceanográfico do Mónaco.[18] No mesmo país, foi feito Oficial da Ordem de Grimaldi pelo Príncipe Rainier III.[4] Em França, foi feito Comendador da Ordem das Palmas Académicas e recebeu o Prémio Personalidade Marítima do Ano - Manley Bendall, da Académie de marine.[4] Em Itália, em 1990, foi distinguido pela Academia Internacional de Ciências e Técnicas Subaquáticas, com o Prémio Tridente d'Oro.[19]
Em 1998, após a sua morte, Luiz Saldanha foi homenageado com a atribuição do seu nome à primeira reserva marinha de Portugal continental, o Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, integrado no Parque Natural da Arrábida, em reconhecimento do seu papel no estudo e classificação desta zona.[7][8] Também o Museu Oceanográfico de Setúbal foi rebaptizado para Museu Oceanográfico Professor Luiz Saldanha[20] O museu fora fundado em 1955 pelo naturalista Luiz Gonzaga do Nascimento e está instalado, desde 1991, na Fortaleza de Santa Maria, no Portinho da Arrábida.[21][22]
No mesmo ano de 1998, foi atribuído o seu nome à primeira operação organizada por investigadores portugueses às zonas hidrotermais dos Açores, a Missão Saldanha. A expedição foi chefiada pelo Professor Fernando Barriga, da Universidade de Lisboa, e resultou na descoberta de um monte submarino e nele uma nova fonte hidrotermal, o Campo Hidrotermal Saldanha.[23][24]
Ainda em 1998, o Oceanário de Lisboa homenageou-o, atribuindo o seu nome a uma sala para eventos, a Sala Professor Luiz Saldanha.[25] Após a concessão do Oceanário à Sociedade Francisco Manuel dos Santos, em 2016, a sala foi rebaptizada para Sala Sophia de Mello Breyner.
A Câmara Municipal de Cascais homenageou Luiz Saldanha perpetuando o seu nome na toponímica da vila de Cascais, numa rua do Bairro do Rosário, onde Saldanha residia.[26] Também a Câmara Municipal de Tavira o homenageou, com a atribuição do seu nome de uma rua na freguesia de Santa Luzia.[27]
A 28 de Setembro de 1999, Saldanha foi homenageado pela Câmara Municipal do Funchal com o estabelecimento da Biblioteca Professor Luiz Saldanha, que reúne o seu espólio científico legado esta cidade. A biblioteca está integrada na Estação de Biologia Marinha do Funchal.[28] A 24 de Outubro de 2011, a Biblioteca foi enriquecida com o espólio do Professor Armando Jorge Almeida.[29]
A 28 de Outubro de 1999, foi feito, a título póstumo, Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, pelo Presidente da República Jorge Sampaio.[17][30]
A 16 de Novembro de 1999, no segundo aniversário do seu desaparecimento, Saldanha foi homenageado pelos CTT Correios de Portugal, com a edição de um Postal comemorativo do Dia do Mar, com a sua imagem. No mesmo dia, a Sociedade de Geografia de Lisboa homenageou-o e inaugurou a exposição Luiz Saldanha: Naturalista do Século XX, no Museu da Sociedade de Geografia.[4]
A 13 de Dezembro de 2007, o Museu Nacional de História Natural e o Laboratório Marítimo da Guia promoveram uma sessão de homenagem para assinalar o décimo aniversário da morte de Luiz Saldanha.[31] Na ocasião, foi lançado o livro Luiz Saldanha e o Laboratório Marítimo da Guia, da autoria de Armando J. Almeida e Pilar Pereira.[32] No Museu, foi ainda inaugurada a exposição Luiz Saldanha: O Naturalista e o Mar, que se estendeu até Abril de 2008.[33]
A 16 de Novembro de 2021, a Câmara Municipal do Funchal assinalou novamente, nas comemorações do Dia do Mar, o aniversário da morte de Luiz Saldanha.[34] A sessão evocativa decorreu na Estação de Biologia Marinha do Funchal e foi presidida pela vereadora Margarida Pocinho e pelo cientista Manuel Biscoito.
A 7 de Maio de 2022, a Câmara Municipal de Sesimbra homenageou Luiz Saldanha, a título póstumo, atribuindo-lhe o Medalhão da Vila de Sesimbra, pelo seu papel na descoberta e classificação das jazidas com vestígios de pegadas de dinossauros da Pedra da Mua e Lagosteiros, no Cabo Espichel, e da Pedreira do Avelino, no Zambujal. A cerimónia, que decorreu na Igreja de Nossa Senhora do Cabo, assinalou os 25 anos da classificação das jazidas enquanto Monumento Natural. Foram igualmente distinguidos com o mesmo galardão os professores Miguel Telles Antunes e Galopim de Carvalho.[35]
A 6 de Junho de 2023, Luiz Saldanha foi homenageado no contexto do lançamento do livro Missão Oceanográfica Arquipélago da Madeira 1984, que evoca a expedição científica às ilhas Selvagens e à ilha da Madeira, a bordo do NRP Ribeira Grande, organizada em 1984 pelo Aquário Vasco da Gama. A obra recorda a viagem através dos desenhos a lápis e aguarela do diário de Luiz Saldanha e das fotografias subaquáticas do arquitecto e mergulhador Jorge Albuquerque, também homenageado na ocasião. A sessão decorreu no Aquário Vasco da Gama e enquadrou-se nas comemorações dos 125 anos desta instituição.
Espécies com o nome de Luiz Saldanha
[editar | editar código-fonte]Luiz Saldanha foi ainda homenageado pelos seus pares nacionais e estrangeiros com a atribuição do seu nome à nomenclatura biológica de novas espécies, demonstrando assim reconhecimento pela sua marca na cultura científica:
- Charaxes lucretius saldanhai (Bivar de Sousa, 1983) – Lepidóptero angolano. Subespécie do Charaxes lucretius;[36]
- Coloconger saldanhai (Quéro, 2001) – Espécie de enguia, do género Coloconger;[37]
- Geocharis saldanhai (A. Serrano & Aguiar, 2001) – Espécie de insecto (escaravelho);[38]
- Ilyophis saldanhai (Karmovskaya & Parin, 1999) – Espécie de enguia;[39]
- Ophidion saldanhai (Matallanas & Brito, 1999) – Peixe endémico de Cabo Verde e golfo da Guiné;[40]
- Pachycara saldanhai (Biscoito & Almeida, 2004) – Espécie de peixe das regiões profundas do oceano;[41]
- Puellina saldanhai (Harmelin, 2001) – Animal marinho microscópico do sul de Portugal.[42]
Obras publicadas
[editar | editar código-fonte]Ao longo da vida, Luiz Saldanha publicou cerca de 130 trabalhos científicos em revistas especializadas portuguesas e estrangeiras, e 5 livros. Tais trabalhos têm sido frequentemente citados, até hoje, na bibliografia nacional e internacional. De destacar, como referência, a obra Fauna Submarina Atlântica, editada em 1980 pelas Publicações Europa-América, e reeditada sucessivamente.
Dada a longa lista de publicações, apresentam-se apenas alguns títulos como referência:[43][44]
- 1959 – Alguns processos usuais para a preparação e conservação de animais marinhos. Naturália, 8 (1): 1-14.
- 1959 – Como nasceu a secção de estudos submarinos da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais. Naturália, 8 (1): 1-5.
- 1960 – Recordando a Zoologia. CPAS. Revista Portuguesa de Actividades Subaquáticas, 2: 1-2.
- 1962 – Exploração submarina. O Sesimbrense, 359: 1 e 3.
- 1965 – Sobre três espécies de teleósteos (Nettastomidae e Notacanthidae) novas para a Costa de Portugal. Notas e Estudos do Instituto de Biologia Marinha, 32/3: 1-18.
- 1965 – As espécies cinegéticas do Norte de Angola. Caça e tiro ao voo, 7: 32-33, 36.
- 1965 – Como colher, preparar e conservar animais marinhos. Boletim do Centro Português de Actividades Subaquáticas, 11: 8-9.
- 1966 – Fauna do Nordeste de Angola. Geographica: Revista da Sociedade de Geografia de Lisboa, Ano II, Nº 8, p. 2-15.
- 1967 – Vasos cerâmicos de Angola. Geographica: Revista da Sociedade de Geografia de Lisboa, Ano III, Nº 10, p. 35-56.
- 1968 – Noroeste de Angola. Geographica: Revista da Sociedade de Geografia de Lisboa, Ano IV, Nº 13, p. 71-85.
- 1971 – Observations bionomiques à “Pedra da Anixa”. Bulletin de l’Association des professeurs de Biologie-Géologie, Suppl. 201: p. 127-132.
- 1973 – La côte du Mozambique. Résultats d’une exploration zoologique préliminaire. Bulletin du Muséum National d’Histoire Naturelle, Paris, (3), 158, Ecologie générale, 14: p. 249-259.
- 1974 – Estudo do povoamento dos horizontes da rocha litoral da costa da Arrábida. Edição do Museu Bocage (Tese de Doutoramento).
- 1974 – Sobre a forma das grandes profundidades marinhas e sua origem. Edição do Museu Bocage (Prova complementar de Doutoramento).
- 1980 – Fauna Submarina Atlântica. Publicações Europa-América.
- 1980 – Estudo ambiental do estuário do Tejo: povoamentos bentónicos, peixes e ictioplancton do estuário do Tejo Comissão Nacional do Ambiente/Tejo, nº5 – Relatório 4.
- 1982 – O rei D. Carlos pioneiro da Oceanografia europeia. Revista de Marinha, Nº 110, p. 3-8.
- 1986 – A protecção e a conservação do meio marinho. Que futuro para a costa Sudoeste, Ambiente em discussão 1, pp. 51-55. Ed. Liga para a Protecção da Natureza.
- 1988 – A protecção e a conservação do meio marinho nos Açores e na Madeira. Primeiras Jornadas Atlânticas de Protecção do Meio Ambiente, pp. 315-317. Angra do Heroísmo.
- 1989 – Euskal Herriko itsas sakonetaro fauna. [Fauna marinha profunda do País Basco], Ed. Krisaly, 101 pp
- 1992 – Um parque marinho no Espichel. Sesimbra cultural, 2: 41-43.
- 1993 – Prince Albert of Monaco and King Carlos of Portugal: Their contribution to the knowledge of the Atlantic deep-sea fauna. Abstracts of the V International Congress on the History of Oceanography, 1 p.
- 1994 – Germano da Fonseca Sacarrão – Um Biólogo Marinho, um Grande Amigo. Professor Germano da Fonseca Sacarrão (1914-1992). Edição do Museu Bocage, pp. 73-86.
- 1995 – Fauna submarina Atlântica: Portugal continental, Açores, Madeira (2ª edição, revista e aumentada) Publicações Europa-América.
- 1997 – One hundred years of Portuguese Oceanography in the footsteps of King Carlos Bragança. Edição do Museu Bocage.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Monte Saldanha – Monte submarino onde se localiza o Campo Hidrotermal Saldanha, assim denominados em honra deste biólogo.
- Parque Marinho Professor Luiz Saldanha – Reserva marinha, parte integrante do Parque Natural da Arrábida.
- Laboratório Marítimo da Guia – Pólo de investigação e ensino da Faculdade de Ciências de Lisboa, que Saldanha reactivou e dirigiu entre 1974 e 1997.
Referências
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- ↑ Teresa Firmino (18 de novembro de 1997). «O reformador da oceanografia». Pág. 28. Jornal Público
- ↑ C. P. Correia (14 de dezembro de 1997). «Isso não é notícia». Pág. 19. Diário de Notícias
- ↑ a b c d e f g h i j k l Pedro Ré & Armando J. Almeida (abril de 2001). «Luiz Saldanha (1937-1997) - A paixão pelo mar» (PDF). Faculdade de Ciências de Lisboa. Consultado em 5 de junho de 2023
- ↑ a b c Miguel Saldanha. «O meu Pai» (PDF). Câmara Municipal do Funchal. Consultado em 17 de maio de 2023
- ↑ Eduardo da Cunha Serrão. «A estação pré-histórica de Parede» (PDF). Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 17 de maio de 2023
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- ↑ a b Hugo Marques (Julho de 2020). «Nas águas do Parque Marinho Professor Luiz Saldanha na Arrábida». Revista National Geographic Portugal. Consultado em 29 de julho de 2020
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- ↑ «Em estreia». Ciência Natural. Luiz Saldanha: O Naturalista e o Mar Até 30/3. Seg. a sex. 10h às 17h. Sáb. e dom. 11h às 18h. Desenho, Fotografia, Aguarela. Jornal Público. 2 de março de 2008. Consultado em 5 de junho de 2023
- ↑ «Câmara Municipal do Funchal assinala Dia Mundial do Mar e aniversário da morte de Luiz Saldanha». Câmara Municipal do Funchal. 17 de novembro de 2021. Consultado em 5 de junho de 2023
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- ↑ Charaxes lucretius saldanhai
- ↑ «Coloconger saldanhai». Consultado em 25 de setembro de 2013. Arquivado do original em 15 de dezembro de 2013
- ↑ Geocharis saldanhai
- ↑ Ilyophis saldanhai
- ↑ Ophidion saldanhai
- ↑ Pachycara saldanhai
- ↑ Puellina saldanhai
- ↑ «LUIZ SALDANHA». TriploV
- ↑ Armando J. Almeida. «LIST OF PUBLICATIONS OF LUIZ SALDANHA FROM 1959 UP TO 2001» (PDF). Faculdade de Ciências de Lisboa