Manoel de Carvalho – Wikipédia, a enciclopédia livre

Manoel de Carvalho
Nome completo Manoel de Carvalho Paes de Andrade
Nascimento 21 de dezembro de 1774
Capitania de Pernambuco
Reino de Portugal Brasil Colonial
Morte 18 de junho de 1855 (80 anos)
Rio de Janeiro (Município Neutro)
Império do Brasil
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Político
Documento em que D. Pedro I nomeia pessoa que não pertencia aos partidos que disputavam poder em Pernambuco no tempo da Confederação do Equador.[1]

Manoel de Carvalho Paes de Andrade (Pernambuco, 21 de dezembro de 1774Rio de Janeiro, 18 de junho de 1855) foi um político e revolucionário brasileiro. Foi o principal líder da Confederação do Equador, movimento separatista e republicano ocorrido em 1824.[2][3]

Filho de Manoel de Carvalho Paes de Andrade e Catharina Eugenia Ferreira Maciel Govim, Manoel de Carvalho Paes de Andrade nasceu em Pernambuco no dia 21 de dezembro de 1774. Seu pai pertencia à casa dos Paes de Mangualde (Portugal) que foi para Pernambuco com o Governador José Cezar de Menezes, na qualidade de secretário de governo. E sua mãe, filha do sargento-mor Braz Ferreira Maciel e Catharina Bernarda de Oliveira Gouvin e neta do general João de Oliveira Gouvin, era de família oriunda da Holanda.[4]

Foi mandado para Lisboa na instância de seu seu tio paterno o ouvidor José Januário de Carvalho Paes de Andrade parar concluir seus estudos, porém, refugiou-se na Ilha da Madeira em função da invasão de Portugal por tropas de Napoleão Bonaparte. Em Pernambuco, entrou para as sociedades secretas maçônicas-republicanas.[5]

Participou da Revolução Pernambucana de 1817 e se refugiou, depois de seu malogro, nos Estados Unidos da América. De volta ao Brasil, ocupou o cargo de Intendente da Marinha.

Em 13 de dezembro de 1823, após a renúncia de Francisco Pais Barreto, foi eleito provisoriamente presidente da província de Pernambuco. Em 8 de janeiro de 1824 foi confirmado como presidente pelos eleitores pernambucanos, contra as ordens do governo imperial, que havia indicado Francisco Pais Barreto para a presidência.

Apoiado por Frei Caneca, proclamou em 2 de julho de 1824 a Confederação do Equador, movimento autonomista que questionava o excessivo autoritarismo e centralismo político do Imperador D. Pedro I (1822 - 1831). Derrotada a confederação, refugiou-se na fragata inglesa "Tweed" e seguiu para Londres, onde ficou no exílio até 1831.

Presidiu novamente a província em 1834 e foi deputado geral e senador do Império do Brasil de 1831 a 1855.

Também foi coronel da Legião da Guarda Nacional.

Referências

  1. Coleção das Leis do império do Brasil de 1824, parte 2. (Acervo da Biblioteca da Câmara dos Deputados)
  2. Catálogo biográfico dos Senadores brasileiros, de 1826 a 1986 / concepção, coordenação, organização editoração: Leonardo Leite Neto - Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1986.
  3. «Paes de Andrade». Senado Federal. Consultado em 13 de julho de 2019 
  4. Livro Pernambucanos Célebres, Pereira da Costa - 1881 - Pt.02 - Página 653.
  5. Livro Pernambucanos Célebres, Pereira da Costa - 1881 - Pt.02 - Página 653

Precedido por
Francisco Pais Barreto
Presidente da província de Pernambuco
1823 — 1824
Sucedido por
Francisco Pais Barreto
Precedido por
Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos
Presidente da província de Pernambuco
1831 — 1835
Sucedido por
Francisco de Paula Cavalcanti e Albuquerque