Manuel Leôncio Galrão – Wikipédia, a enciclopédia livre

Manuel Leôncio Galrão (Jaguaribe, 14 de fevereiro de 1864 — ?, ?) foi um padre, professor, jornalista e político brasileiro. Exerceu o mandato de deputado federal constituinte pela Bahia em 1934.[1]

Filho de Leôncio Egídio Galrão e Eudóxia Freire de Carvalho Galrão, Manuel Leôncio Galrão nasceu na cidade de Jaguaribe, na Bahia, em 14 de fevereiro de 1864. Estudou no Seminário da Bahia e foi ordenado padre em Recife, em Pernambuco, em março de 1887. Também em 1887, tornou-se professor de filosofia e direito natural no próprio Seminário da Bahia. No ano seguinte, prestou concurso para a freguesia de São Vicente Ferreira de Areia, atualmente Ubaíra. Foi aprovado na primeira posição e nomeado vigário colado pelo Império em julho de 1889.[1]

Em Areia, Leôncio Galrão iniciou sua carreira na política em 1890 ao se filiar à corrente liderada por José Gonçalves da Silva, nomeado governador da Bahia naquele ano pelo então presidente Deodoro da Fonseca. Em 1893, a oposição local o elegeu para o Conselho Municipal de Areia, que presidiu. No ano seguinte, tornou-se prefeito de Areia, cargo que ocupou por dois mandatos, entre 1894 a 1902.[1]

Quatro anos depois de deixar a prefeitura de Areia, em 1906, foi eleito para o Senado estadual da Bahia, que presidiu em 1910, sendo, consequentemente, vice-governador do estado, governado à época por João Ferreira de Araújo Pinho. O governador renunciou ao cargo em 13 de dezembro de 1911, mas Leôncio Galrão alegou se sentir ameaçado de morte pela luta política que ocorria no estado.[1]

Em 1918, Leôncio Galrão foi eleito deputado federal pela Bahia, reelegendo-se em 1921. Em seu segundo mandato como deputado, participou da campanha que promovia a candidatura à presidência da República de Nilo Peçanha na eleição de 1922, a chamada Reação Republicana. No entanto, Peçanha foi derrotado por Artur Bernardes. O apoio a Nilo Peçanha custou a Leôncio Galrão um novo mandato como deputado federal. Em 1924, Galrão foi novamente eleito ao cargo, mas a Comissão de Verificação de Poderes da Câmara não reconheceu sua eleição pela participação na Reação Republicana. Impedido de atuar como deputado, candidatou-se e elegeu-se novamente senador estadual em 1925.[1]

Leôncio Galrão conseguiu se eleger deputado federal novamente em 1933, desta vez para a Assembleia Constituinte de 1934. Foi deputado até 1937, quando, em novembro, o Estado Novo suprimiu os órgãos do poder legislativo brasileiro.[1]

Enquanto prefeito de Areia, Leôncio Galrão fundou e dirigiu o jornal A Tribuna. Além disso, colaborou em diversos veículos de Salvador e do interior baiano.[1]

Referências

  1. a b c d e f g «Manuel Leôncio Galrão - CPDOC». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 21 de novembro de 2017 
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