Marco Ânio Vero – Wikipédia, a enciclopédia livre
Marco Ânio Vero | |
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Cônsul do Império Romano | |
Consulado | 97 d.C. 121 d.C. 126 d.C. |
Nascimento | 50 d.C. |
Morte | 138 d.C. |
Marco Ânio Vero (em latim: Marcus Annius Verus; 50 – 138 (88 anos)) foi um senador romano que foi cônsul três vezes, a primeira nomeado cônsul sufecto para o nundínio de maio a junho de 97 com Lúcio Nerácio Prisco[1] e as outras duas eleito cônsul ordinário, em 121 com Cneu Árrio Áugure e em 126 com Caio Égio Ambíbulo. Ele era filho do senador e pretor Marco Ânio Vero, nativo de Uccibi, na Hispânia Bética e um rico produtor de azeite de oliva que era amigo próximo do imperador Adriano.[2] Conhecido principalmente por ter sido avô e pai adotivo do futuro imperador Marco Aurélio e sogro de Antonino Pio.
Carreira
[editar | editar código-fonte]Vero foi prefeito urbano de Roma e foi elevado ao patriciado no censo de 73/74 por Vespasiano e Tito. Seus três consulados aparentemente são a causa de uma inscrição considerada "muito estranha" por estudiosos, gravada numa grande laje de mármore e escavada no século XVI na Basílica de São Pedro, em Roma. Ela alude às suas conquistas e celebra sua habilidade em "jogar com uma bola de vidro". Edward Champlin afirma que ela é provavelmente obra de um amigo e rival, Lúcio Júlio Urso Serviano, que também foi cônsul três vezes, a última delas logo depois de Vero.[3] Nas palavras dele, "uma explicação é que a coisa toda seja uma piada baseada na ligação entre a conhecida paixão de Vero pelo jogo com bola e a noção deste jogo como o malabarismo político: uma piada elegante, auto-depreciativa e algo amarga que não é de todo elogiosa a Vero. O idoso L. Júlio Serviano escreveu o texto pessoalmente, mandou gravá-lo numa laje de mármore — talvez acompanhada de uma estátua de um urso vestido de toga jogando bola? — e mandou entregá-la a M. Ânio Vero nas calendas de janeiro de 126. Quando eles se encontraram novamente, os dois riram muito da piada. Fantasia talvez, mas é de fato uma inscrição muito estranha".
Depois que seu filho Marco Ânio Vero morreu, em 124, Vero adotou e criou Marco Aurélio e Cornifícia Faustina. Com quase noventa anos, Vero morreu em 138. Marco Aurélio conta, em "Meditações", que aprendeu com Vero "uma disposição bondosa e uma doçura no temperamento".[4] Já na velhice, Vero teve uma amante a quem Marco Aurélio agradeceu.[5]
Família
[editar | editar código-fonte]Ele se casou com Rupília Faustina, filha da sobrinha preferida de Trajano, Matídia, com quem teve três filhos:
- Ânia Galéria Faustina, mais conhecida como Faustina Maior, que se tornaria imperatriz, esposa de Antonino Pio;
- Marco Ânio Libão, cônsul em 128 e cônsul sufecto em 161;
- Marco Ânio Vero, um pretor que se casou com Domícia Lucila com quem teve dois filhos: o imperador Marco Aurélio e sua irmã Ânia Cornifícia Faustina.
Árvore genealógica
[editar | editar código-fonte]Árvore genealógica da Dinastia nerva-antonina | |
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Notas: Exceto se explicitado de outra forma, as notas abaixo indicam que o parentesco de um indivíduo em particular é exatamente o que foi indicado na árvore genealógica acima.
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Referências:
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Ver também
[editar | editar código-fonte]Cônsul do Império Romano | ||
Precedido por: Caio Mânlio Valente com Caio Antíscio Veto | Nerva III 97 com Lúcio Vergínio Rufo III | Sucedido por: Nerva IV com Trajano II |
Precedido por: Lúcio Catílio Severo Juliano Cláudio Regino II com Antonino Pio I | Marco Ânio Vero II 121 com Cneu Árrio Áugure | Sucedido por: Mânio Acílio Avíola com Lúcio Corélio Nerácio Pansa |
Precedido por: Marco Lólio Paulino Décimo Valério Asiático Saturnino II com Lúcio Tício Epídio Aquilino | Marco Ânio Vero III 126 com Caio Égio Ambíbulo | Sucedido por: Tito Atílio Rufo Ticiano com Marco Gávio Ésquila Galicano |
Referências
- ↑ Fausto Zevi "I consoli del 97 d. Cr. in due framenti gia' editi dei Fasti Ostienses", Listy filologické / Folia philologica, 96 (1973), pp. 125-137
- ↑ Anthony Birley, Marcus Aurelius, a Biography (London: Routlege, 1987), p. 28
- ↑ Champlin, "The Glass Ball Game", Zeitschrift für Papyrologie und Epigraphik, 60 (1985), pp. 159-163
- ↑ Marco Aurélio, Meditações I.1
- ↑ Marco Aurélio, Meditações I.17
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Historia Augusta - Vida de Marco Aurélio
- "Meditações" do imperador Marco Aurélio
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Marco Aurélio» (em inglês). Roman Emperors. Consultado em 11 de agosto de 2013. Arquivado do original em 25 de maio de 2013