Marco Júnio Bruto, o Jovem – Wikipédia, a enciclopédia livre
Marco Júnio Bruto, o Jovem | |
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Busto no Palácio Massimo das Termas, no Museu Nacional Romano. | |
Senador da República Romana | |
Período | 58 a.C. a 42 a.C. |
Pretor da República Romana | |
Governador da Gália Cisalpina | |
Dados pessoais | |
Nascimento | 85 a.C. Roma, República Romana |
Morte | 42 a.C. (43 anos) Filipos, Macedônia |
Progenitores | Mãe: Servília Cepião Pai: Marco Júnio Bruto, o Velho |
Esposas | Cláudia Pulcra Maior Pórcia |
Partido | Optimates Liberatores |
Religião | Paganismo romano |
Profissão | Político, jurista, comandante militar |
Serviço militar | |
Conflitos | Batalha de Filipos |
Marco Júnio Bruto (em latim: Marcus Junius Brutus; Roma, 85 a.C. – Filipos, 42 a.C.), foi um patrício, líder político de orientação conservadora na republicana romana e militar romano. Depois de ser adotado por seu tio, começou a usar o nome Quinto Servílio Cépio Bruto, mas voltou a usar seu nome original.[1] Foi um dos assassinos de Júlio César.[2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Pertencia a umas das famílias patrícias mais antigas de Roma, membros, portanto, da aristocracia romana: Júnio. Consta que os Júnios eram descendentes diretos da deusa Juno, a esposa de Júpiter. Além disso, foram os fundadores da República Romana e tinham parentesco somente e com várias famílias nobres.[carece de fontes]
Era filho de Servília Cepião, uma conhecida patrícia da época, posteriormente amante de Júlio César, e seu pai, Marco Júnio Bruto, o Velho, foi tribuno da República e o fundador de Cápua, onde sua família detinha extensas fazendas. Bruto, pelo seu lado materno, pertencia a uma família também patrícia chamada Servílio. Também era sobrinho de Catão de Útica.
Apoiou Pompeu Magno contra Júlio César nas guerras civis romanas. Perdoado por este após a batalha de Farsália, tornou-se procônsul da Gália Cisalpina, e posteriormente pretor, em 44 a.C., como favorecido de César. Junto com Cássio, conspirou para matar o general. Foi o idealismo de Brutus que restringiu a ação dos conspiradores ao ato único de matar César: assim eles perderam a iniciativa política para o cônsul António, a quem haviam poupado, e foram obrigados a fugir, formando posteriormente na Grécia uma frota e um exército contra Marco António e Otaviano. [carece de fontes] Suicidou-se em 42 a.C., após a derrota na Batalha de Filipos.
Na cultura
[editar | editar código-fonte]A expressão popular "até tu, Brutus?" ainda é utilizada no século XXI. A fala é direcionada a alguém que o locutor entenda que o tenha traído. É uma alusão a uma fala atribuída a Júlio César em sua peça biográfica de autoria de Shakespeare. Na situação, Júlio César teria ficado surpreso que a oposição a si no Senado era tão grande que até mesmo seu filho adotivo teria feito parte do grupo de assassinos que o atacou. Por conta da dimensão da situação original, e do famoso uso nesta situação dramática, a expressão costuma ser usada como exagero propositadamente, de forma amistosa e humorosa. [3]
Escritos de Bruto
[editar | editar código-fonte]De Bruto chegaram até os nossos dias algumas cartas escritas a Cícero compiladas junto às cartas deste àquele em Epistulae ad Brutum.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Sic semper tyrannis, fala possivelmente proferida por ele durante o assassinato de Júlio César.
Referências
- ↑ Europius, translated, with notes, by Rev. John Selby Watson (1843). «Abridgement of Roman History». Forumromanum.org. Consultado em 26 de outubro de 2018
- ↑ Clarke, M. L. (1981). The Noblest Roman. Ithaca, NY: Cornell University Press
- ↑ Redação Terra (2021), De Onde Veio a Expressão "Até Tu, Brutus?", Educaçao: Você Sabia?, consultado em 7 de maio de 2022, cópia arquivada em 16 de julho de 2021