Marina Helena – Wikipédia, a enciclopédia livre
Marina Helena | |
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Marina em 2023 | |
Dados pessoais | |
Nome completo | Marina Helena Cunha Pereira Santos |
Nascimento | 10 de setembro de 1980 (44 anos) Brasília, DF, Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Progenitores | Mãe: Maria Lais da Cunha Pereira Pai: Sérgio Cutolo dos Santos |
Alma mater | Universidade de Brasília |
Filhos(as) | 2 |
Partido | Partido Novo |
Profissão | Economista |
Patrimônio declarado | R$ 7.931.070,82[1] (2020) R$ 8.672.845,98[2] (2022) |
Marina Helena Cunha Pereira Santos (Brasília, 10 de setembro de 1980) é uma economista e política brasileira filiada ao Partido Novo (NOVO). Formada em economia pela Universidade de Brasília (UnB), ela atuou em instituições como Itaú, Bradesco e Bozano Investimentos. Ligada ao ministro Paulo Guedes, foi Secretária Especial de Desestatização e Desinvestimento durante o Governo Jair Bolsonaro e foi candidata à prefeitura de São Paulo em 2024 pelo NOVO.[3][4][5][6][7]
Em 2020 foi candidata à vice-prefeita de São Paulo, e em 2022 candidatou-se a deputada federal por São Paulo. Em 2024, concorreu à prefeitura de São Paulo, envolvendo-se em diversas polêmicas que atraíram a atenção da mídia e das redes sociais, como a eliminação de sua página na Wikipédia em Português por votação da comunidade do site, com o seu partido alegando censura.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu em 10 de setembro de 1980 em Brasília,[8][9] filha de Sérgio Cutolo dos Santos e de Maria Lais da Cunha Pereira.[10] Aos três anos, após o divórcio de seus pais, mudou-se com a mãe para a periferia de São Luís do Maranhão. Vítima de abuso aos 13 anos, fugiu do lar materno para a casa do pai em Brasília, capital federal. É filha de servidor público que migrou para a iniciativa privada, frequentou bons colégios na adolescência, e se graduou em economia na Universidade de Brasília, onde concluiu seu mestrado na mesma área. Aos 24 anos mudou-se para São Paulo, onde iniciou sua trajetória profissional.[9]
Foi economista do candidato à presidência Felipe d'Avila em 2022. Durante sua trajetória profissional e política, Marina comandou a Secretaria Especial de Desestatização e Desinvestimento, a convite do Ministro Paulo Guedes durante o mandato do presidente Jair Bolsonaro,[11][12][13] sendo responsável por coordenar a elaboração de um plano de governo para a cidade de São Paulo em 2020. Marina também já foi CEO do Instituto Millenium[14][15][16][17] e fundadora do movimento Brasil Sem Privilégios. Trabalhou por 20 anos no mercado financeiro, atuando também em diversas instituições como Itaú, Bradesco e Bozano Investimentos.[18][19][20][21][22]
Carreira política
[editar | editar código-fonte]Prefeitura de São Paulo em 2020
[editar | editar código-fonte]Em 2020 foi vice de Filipe Sabará na campanha eleitoral para prefeitura de São Paulo,[23] porém desistiu da candidatura após a expulsão do candidato da sigla, que na ocasião alegou sofrer perseguição por parte de João Amoedo, um dos fundadores do partido. Dessa forma, o Partido Novo pediu a retirada dos nomes de ambos das urnas.[24][25]
Candidatura a deputada federal por São Paulo em 2022
[editar | editar código-fonte]Em 2022 candidatou-se a deputada federal, quando declarou um patrimônio de R$ 8,6 milhões à Justiça Eleitoral.[26] Foi uma candidata que atraiu a atenção e doações de grandes investidores do mercado financeiro,[27] obtendo 50.073 votos pelo Partido Novo, do qual já foi dirigente nacional, sendo atualmente a 1ª suplente da cadeira do partido pelo estado de São Paulo.[28] Nessa campanha denunciou à polícia ter sido alvo de ataques cibernéticos por bots na sua conta no Instagram.[29]
Campanha à prefeitura de São Paulo em 2024
[editar | editar código-fonte]Em janeiro de 2024 Marina foi notícia nacional e alvo de críticas e ataques em redes sociais após colocar um discurso de Javier Milei para seu filho Theo ouvir enquanto estava grávida dele. A pré-candidata afirmou se tratar de ataques feitos pela esquerda.[30][31][32][33][34]
Em março de 2024 seus altos índices de aprovação nas pesquisas Datafolha foram atribuídos por alguns especialistas, como Luciana Chong, diretora da Datafolha, a uma possível confusão do público com o nome da política Marina Silva. Marina Helena negou a alegação.[35][36]
No dia 24 de abril gerou polêmica ao publicar uma foto com uma camiseta pedindo o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.[37][38][39][40][41]
Em setembro de 2024, o Jornal Estadão publicou matéria informando que o NOVO pretende lançar a candidatura de Romeu Zema à Presidência da República em 2026 e Marina Helena como candidata a vice.[42]
Durante o debate na TV Cultura para a prefeitura de São Paulo, o candidato José Luiz Datena utilizou a cadeira de Marina Helena para agredir Pablo Marçal. Marina Helena manifestou sua indignação com o ocorrido.[43] No debate do SBT, Marina adotou uma postura mais incisiva.[44] Marina não participou do debate da TV Globo para a prefeitura de São Paulo em 2024 devido a uma regra que exige um mínimo de cinco parlamentares no Congresso Nacional para que o convite seja obrigatório. Embora o partido Novo tenha cinco congressistas, o deputado Ricardo Salles foi considerado inelegível por ter se filiado após o prazo estipulado. Dessa forma, o convite à candidata se tornou opcional, e ela acabou ficando de fora do debate, o que Marina Helena criticou como "censura" em suas redes sociais.[45]
Ao fim da apuração do primeiro turno, a candidata obteve 84.212 votos válidos, 1.38% do total, terminando a corrida eleitoral municipal na 6.ª colocação e fora do segundo turno. Após a derrota, Marina declarou voto e apoio a Ricardo Nunes no segundo turno. [46]
Wikipédia
[editar | editar código-fonte]Em abril de 2024, a página de Marina Helena foi eliminada na Wikipédia em português. No dia 23 o Partido Novo alegou que a exclusão do verbete seria um ato de censura e boicote à pré-candidata.[47] Editores da Wikipédia afirmaram que o artigo foi excluído por não ter indicação de importância, além de configurar utilização do artigo para propaganda em ano eleitoral.[48][49] O artigo foi eliminado após votação através do processo de eliminação por consenso.[48][49][50]
Desempenho eleitoral
[editar | editar código-fonte]Ano | Eleição | Partido | Cargo | Votos | % | Resultado | Ref |
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2022 | Eleições estaduais em São Paulo | NOVO | Deputada Federal | 50.073 | 0,21% | Não eleita | [51] |
2024 | Municipal de São Paulo | NOVO | Prefeita | 84.212 | 1,38% | Não eleita | [52] |
Posições políticas
[editar | editar código-fonte]Marina Helena é de direita, defende o liberalismo[53][54] a privatização de empresas públicas e uma ampla reforma e desburocratização do Estado. Se posiciona contra a esquerda, o comunismo e pautas identitárias.[55][56]
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]É casada com Luiz Henrique Guerra e mãe de dois filhos, Luna e Theo, nascido durante a pré-campanha eleitoral de 2024.[26] O jornal Metrópoles notou que foi a primeira vez em que uma grávida foi candidata à prefeitura de São Paulo.[57]
Referências
- ↑ «Eleições 2022: Marina Helena - NOVO | Ficha do candidato | Folha». Folha de S.Paulo. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ «Eleições 2022: Marina Helena - NOVO | Ficha do candidato | Folha». Folha de S.Paulo. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ Sabatina BandNews TV recebe pré-candidata Marina Helena Cunha (Partido Novo) | BandNews TV, consultado em 16 de março de 2024
- ↑ «Entrevista com pré-candidata à Prefeitura de SP Marina Helena». www.band.uol.com.br. 21 de março de 2024. Consultado em 21 de fevereiro de 2024
- ↑ «Ex-diretora da Pasta da Economia na gestão Guedes é pré-candidata pelo Novo à prefeitura de SP». Exame. 30 de outubro de 2023. Consultado em 21 de fevereiro de 2024
- ↑ Gazeta, T. V. «Marina Helena, Pré-candidata à prefeitura de SP, sobre propostas - TV Gazeta - Você por perto. Tudo certo!». www.tvgazeta.com.br. Consultado em 21 de fevereiro de 2024
- ↑ «Ex-diretora de Paulo Guedes é pré-candidata pelo Novo à Prefeitura de São Paulo; saiba quem é». Estadão. Consultado em 21 de fevereiro de 2024
- ↑ «Da Faria Lima ao embate eleitoral: Marina Helena quer dobrar Guarda Municipal e privatizar escolas». Estadão. Consultado em 16 de março de 2024
- ↑ a b Pires, Luciano (21 de março de 2024). «LíderCast 315 - Marina Helena». Café Brasil. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ «CERTIDÃO NEGATIVA PARA FINS ELEITORAIS» (PDF). Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 18 de agosto de 2020
- ↑ PODER360 (30 de outubro de 2023). «Ex-diretora de Guedes é pré-candidata do Novo à Prefeitura de SP». Poder360. Consultado em 16 de março de 2024
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- ↑ «Papo Aberto entrevista Marina Helena, diretora do Instituto Millenium». Exame Invest. 20 de fevereiro de 2022. Consultado em 26 de abril de 2024
- ↑ «Instituto Millenium anuncia mudanças na liderança executiva». Exame. 1 de junho de 2022. Consultado em 21 de fevereiro de 2024
- ↑ «Quase 90% dos brasileiros são contra fundo eleitoral de R$ 4,9 bi, diz pesquisa». G1. 23 de fevereiro de 2022. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ «Marina Helena deixa comando do Millenium para se candidatar pelo Novo». Estadão. Consultado em 27 de abril de 2024
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- ↑ «Ex-diretora de Paulo Guedes será candidata do Novo à prefeitura de SP | Radar». VEJA. Consultado em 21 de fevereiro de 2024
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- ↑ «Apuração das Eleições 2022 para presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais». noticias.uol.com.br. Consultado em 16 de outubro de 2024
- ↑ «Justiça Eleitoral SP - SISTEMA DE GERENCIAMENTO DA TOTALIZAÇÃO» (PDF). www.tre-sp.jus.br. Consultado em 16 de outubro de 2024
- ↑ Ataide, Matheus Rocha de Almeida (15 de maio de 2023). «A dignidade constitucional das minorias brasileiras sob a ótica liberal: como autores liberais defendem as minorias». Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ «Marina Helena: 'Nunes gasta mais com buraco do que com segurança'». www.gazetasp.com.br. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ «Marina Helena Santos | Estatal demais, serviço de menos». Poder360. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ SP, Candidatos 2024 São Paulo-. «Gazeta do Povo entrevista Marina Helena (Novo)». Gazeta do Povo. Consultado em 16 de outubro de 2024
- ↑ «Pela 1ª vez, disputa à Prefeitura de SP terá pré-candidata grávida | Metrópoles». www.metropoles.com. 24 de janeiro de 2024. Consultado em 16 de março de 2024