Maximino Daia – Wikipédia, a enciclopédia livre
Maximino Daia | |
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Moeda de Maximino, com a legenda: MAXIMINUS P(IUS) F(ELIX) AUG(USTUS) | |
Imperador Romano (no Leste) | |
Reinado | 310 a c. julho de 313 |
Predecessores | Galério, Constantino e Licínio |
Sucessores | Constantino e Licínio |
Coimperadores ou rivais | Constantino Licínio Magêncio |
Nascimento | c. 270 Félix Romuliana, Dácia Aureliana, Império Romano |
Morte | c. julho de 313 (43 anos) Tarso, Cilícia, Império Romano |
Nome completo | Galério Valério Maximino |
Religião | Politeísmo romano |
Valério Galério Maximino (c. 20 de novembro de 270 – julho ou agosto de 313), frequentemente chamado de Maximino Daia, foi um imperador romano de 308 até 313. Ele nasceu de uma linhagem camponesa de uma meia-irmã do imperador Galério perto das terras da família em Félix Romuliana, uma região rural agora na região danubiana da Mésia.[1]
Vida
[editar | editar código-fonte]Ele se distinguiu após ter se alistado no exército e, em 305, ele foi adotado pelo seu tio materno, o imperador Galério, e foi alçado à posição de César, governante da Síria e do Egito. Em 308, após a elevação de Licínio ao título de Augusto, Maximino e Constantino foram declarados "Filhos dos Augustos" (filii Augustorum), ainda que Maximino] provavelmente tenha começado a se intitular como Augusto após a campanha contra os sassânidas em 310. Com a morte de Galério em 311, Maximino dividiu o império do oriente entre ele e Licínio. Quando este e Constantino começaram a se aproximar, Maximino forjou uma aliança secreta com o César usurpador Magêncio, que controlava a Itália. Em 313, ele rompeu totalmente com Licínio e convocou um exército de 70 000 homens, com o qual sofreu uma grande derrota na batalha de Tzíralo - nas redondezas de Heracleia Pôntica em 30 de abril - e fugiu, primeiro para Nicomédia e em seguida para Tarso, onde ele morreu em julho ou agosto. Sua morte tem sido atribuída a uma variedade de motivos, "ao desespero, veneno e à justiça divina".[2]
Perseguição aos cristãos
[editar | editar código-fonte]Maximino tem uma péssima reputação entre os cristãos, pois ele renovou as perseguições após a publicação do édito de tolerância de Galério (veja Édito de Tolerância de Galério). Eusébio de Cesareia,[3] por exemplo, escreveu que Maximino foi tomado por uma "paixão insana" por uma garota cristã em Alexandria, que era uma nobre de notável riqueza, educação e castidade - Santa Catarina de Alexandria. Quando a garota recusou seus avanços, ele tentou matá-la de uma forma cruel e lenta em rodas com pontas de ferro (martírio de Santa Catarina de Alexandria), porém como não conseguiu, ele a decapitou e tomou toda a sua fortuna.[1][4]
Referências
- ↑ a b "Caius Valerius Daja Maximinus" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
- ↑ Edward Gibbon. «14». A História do Declínio e Queda do Império Romano. [S.l.: s.n.]
- ↑ Eusébio de Cesareia. «14». História Eclesiástica. The Character of the Enemies of Religion. (em inglês). VIII. [S.l.: s.n.]
- ↑ «Santa Dorotea di Alessandria» (em italiano). Santi Beati. Consultado em 16 de setembro de 2010. Esta garota também já foi identificada como sendo a lendária Doroteia de Alexandria.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- DiMaio, Michael. De Imperatoribus Romanis. Maximinus Daia (305–313 A.D.) (em inglês). [S.l.: s.n.]