Mecenato – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Cosme de Médici, um dos mais importantes mecenas do Renascimento.

Mecenato é um termo que indica o incentivo e patrocínio de artistas e literatos, e mais amplamente, de atividades artísticas e culturais. O termo deriva do nome de Caio Mecenas (68–8 a.C.), influente conselheiro do Imperador romano Augusto, que formou um círculo de intelectuais e poetas, sustentando sua produção artística.[1]

O comportamento de Mecenas tornou-se um modelo e vários governos valeram-se de artistas e intelectuais para melhorar a própria imagem. O termo mecenas, nos países de línguas neolatinas, indica uma pessoa dotada de poder ou dinheiro que fomenta concretamente a produção de certos literatos e artistas. Num sentido mais amplo, fala-se de mecenato para designar o incentivo financeiro de atividades culturais, como exposições de arte, feiras de livros, peças de teatro, produções cinematográficas, restauro de obras de arte e monumentos.[1]

Esse tipo de incentivo à arte tornou-se prática comum no período renascentista, que buscava inspiração na Antiguidade grega e romana, e vivenciava um momento de pujança econômica com o surgimento da burguesia.[1]

Um exemplo de manifestação política de patrocínio pode ser rastreado na família Medici em Florença no século 15. Em 2010, os dois conhecidos multibilionários Bill Gates e Warren Buffett lançaram a campanha The Giving Pledge. É uma tentativa de "fazer com que as famílias ricas pensem em como podem usar sua riqueza com sabedoria". No início de agosto, eles já haviam convencido 40 bilionários a doar pelo menos metade de seus ativos para instituições de caridade. Além disso, Buffett anunciou que queria deixar 99% de seus ativos para caridade após sua morte.[2]

De acordo com o pesquisador de elite Michael Hartmann, um novo patrocínio surgiu recentemente, uma reminiscência do patrocínio dos príncipes da Renascença a artistas como Michelangelo ou Leonardo da Vinci. Os ricos podem ganhar poder e influência diretamente no setor cultural e em outros setores, como grande parte dos setores educacional e social nos EUA, por meio de suas doações, patrocínios e fundações. Hoje em dia, por exemplo, os aspectos pedagógicos ou científicos desempenham cada vez menos papel na seleção do tema de um museu, mas sim a questão de quais patrocinadores de tópicos podem ser encontrados.[3]

Referências

  1. a b c LINDON D., LENDREVIE J., LÉVY J., DIONÍSIO P., RODRIGUES J., Mercator XXI, Teoria e prática do Marketing, 10.ª edição, Dom Quixote, Lisboa, 2004
  2. «WELT - Aktuelle Nachrichten, News, Hintergründe & Videos». DIE WELT (em alemão). Consultado em 3 de novembro de 2024 
  3. Michael Hartmann: Die Abgehobenen. Wie die Eliten die Demokratie gefährden. Frankfurt am Main 2018, S. 22–24.
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