Mercadoria – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Não confundir com Bem (economia), nem com Comódite, nem com Produto (marketing).

Uma mercadoria é um bem que pode ser objeto de compra e venda.[1]

O termo "Mercadoria" é uma palavra derivada do Latim com origem em "mercatóre" (mercador).

O termo alternativo "Comodidades" deriva do termo inglês commodity que apareceu em uso no Inglês a partir do Século XV vindo do Francês commodité, com o significado de benefício ou lucro. O termo Francês por sua vez deriva do Latim commoditatem (nominative commoditas) que quer dizer "cómodo, adequado". A raiz do Latim commod- quer dizer nas suas variantes "apropriado", "a medida, hora ou condição certa", e "vantagem, benefício".

Em Contabilidade

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Na terminologia contabilística portuguesa, "mercadoria" tem um significado mais restrito - "mercadorias" são apenas os bens que uma empresa adquire para posterior revenda[2] (p.ex., os móveis que uma loja de móveis comprar para vender ao público são mercadorias; mas nem a madeira que uma carpintaria de mobiliário compra nem os móveis que esta fabrica e vende são mercadorias).

Ver artigo principal: Commodity

A expressão inglesa commodities é usada para designar um tipo especial de mercadorias, caracterizadas pela sua uniformidade, sem o mercado fazer distinção entre produtos de vendedores diferentes (p.ex., o cobre é uma commodity; um sistema de som não, já que sistemas de som fabricados por diferentes produtores têm características diferentes).

As commodities tendem a ser bens primários (de produção mineral ou agrícola),sendo usualmente produzidos e vendidos em grandes quantidades.

Transação de mercadorias

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Ver artigo principal: Mercado de Futuros

Nas bolsas de mercadorias, tendem a comercializar-se essencialmente mercadorias cuja qualidade é indiferenciada entre vários produtores.

O mercado português

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Dado Portugal não ser um produtor diversificado à escala global, não existe um mercado de mercadorias e o mercado de futuros de mercadorias à semelhança dos existentes em alguns países Europeus e no continente Americano.

Mercados mundiais

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Os mercados de mercadorias (commodities exchanges) mundiais incluem:

Os mercados para a transação de mercadorias podem ser muito eficientes, em particular se a divisão em grupos corresponder aos segmentos da procura. Estes mercados responderão rapidamente às mudanças na oferta e na procura para encontrar um equilíbrio de mercado entre o preço e a quantidade. Para além disso, os investidores podem obter uma exposição passiva aos mercados de mercadorias através de índices de preços de mercadorias (commodity price index).

Dados de inventário/existências/estoque

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O Inventário de mercadorias desempenha um importante papel na definição do preço. Quando as quantidades em estoque são baixas os preços futuros ficam mais voláteis e o risco da exaustão de estoques ("stockout") aumenta. De acordo com o teóricos económicos, as empresas obtêm uma más-valia ao reterem inventários de certas mercadorias. Os dados sobre inventários não provêm de uma fonte comum e unica, antes estão disponíveis a partir de várias origens.

Dados sobre o inventário de 31 mercadorias foi usado em 2006 num estudo sobre a relação entre inventários e os prémios de risco de futuros de mercadorias.[3]

Na Economia política clássica e em especial na crítica de Karl Marx à economia politica, uma mercadoria é tudo aquilo que é produzido pelo trabalho humano e colocado no mercado para ser vendido, sendo que muitas vezes esta é produzida já com a finalidade de ser vendida. Algumas mercadorias não são criadas pelo trabalho humano, mas requerem trabalho para se tornarem úteis para o Homem (ex.: recursos naturais), e é daí que deriva a sua natureza de mercadoria e o seu valor.

Diversas coisas podem ser transformadas em mercadoria. Por exemplo, o advento das patentes reflecte a transformação do conhecimento em mercadoria. À transformação de um fenómeno qualquer em mercadoria designa-se por mercantilização ou mercadorização.

A análise de Marx sobre as mercadorias, usa a teoria do valor do trabalho com o intuito resolver o problema na identificação do que é que contribui para o estabelecimento do valor de mercado das mercadorias. Este problema foi extensamente debatido por Adam Smith, David Ricardo e Karl Rodbertus-Jagetzow, entre outros.

Valor e preço não são termos equivalente em economia, pelo que a teorização das relações específicas entre valor intrínseco e valor de mercado foram sempre um desafio tanto para os economistas liberais como para os economistas Marxistas.

Referências

  1. Paulo Sandroni, ed. (1999). «Mercadoria». Novíssimo Dicionário de Economia. Círuclo do Livro. 383 páginas. Consultado em 18 de junho de 2012 
  2. «POC - Notas Explicativas» (PDF). Comissão de Normalização Contabilística. Consultado em 18 de junho de 2012. Arquivado do original (PDF) em 14 de novembro de 2012. "Respeita aos bens adquiridos pela empresa com destino a venda 
  3. Gorton GB et al. (2008). The Fundamentals of Commodity Futures Returns. Yale ICF Working Paper No. 07-08.

Ligações externas

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