Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania
Organização
Natureza jurídica Ministério
Dependência Poder Executivo do Brasil
Chefia Macaé Evaristo[1]
Orçamento anual R$ 576,4 milhões (2023)[2]
Localização
Jurisdição territorial  Brasil
Sede Esplanada dos Ministérios
Histórico
Criação 1 de janeiro de 2023 (recriação)

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania é um dos ministérios que compõem o gabinete executivo do Governo Federal do Brasil. É o órgão que trata de implementar, promover e assegurar os direitos humanos no Brasil, incluindo a formulação de políticas e promoção de ações voltadas aos direitos da criança e do adolescente, do idoso, defesa dos direitos da cidadania das pessoas com deficiência, dos negros e das mulheres, e da população LGBTQ, promovendo a sua inclusão na sociedade.[3]

O órgão foi instituído por meio da junção entre a Secretaria de Políticas para a Mulheres, criado com estatuto de ministério pelo então Presidente Lula, e outras secretarias, como a criada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em 17 de abril de 1997, denominada em alguns governos de Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e em outros de Secretaria Especial de Direitos Humanos. Nesse período, embora uma secretaria, também tinha estatuto de ministério.

No dia 2 de outubro de 2015, a pasta dos Direitos Humanos foi unificada com as secretarias de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e de Políticas para as Mulheres na reforma ministerial pela presidente Dilma Rousseff formando o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (MMIRDH), com o envio ao Senado da Medida Provisória n.º 696, em outubro de 2015, que alterou a Lei n.º 10.683 de 28 de maio de 2013.[3][4][5] O MMIRDH foi criado em 2 de outubro de 2015 com a extinção e fusão nesta data das Secretarias de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, criada em 1º de janeiro de 2003 com Nilcéia Freire enquanto ministra; de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, criada em 21 de março de 2003 e de Direitos Humanos da Presidência da República, criada em 17 de abril de 1997. Até fevereiro de 2016, a Medida Provisória n.º 696, que criou o MMIRDH, ainda aguardava aprovação pelo Senado Federal.[6] Foi executada pela MP apenas a nomeação e exoneração dos nomes do ministro e secretários remanejados em outubro de 2015.[7][8][9]

Foi extinto em 2016, após a posse de Michel Temer como presidente interino,[10] e recriado como ministério em 2017 pelo mesmo, desta vez sob o nome de Ministério dos Direitos Humanos.[11]

No Governo Bolsonaro, a pasta foi transformada em Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos,[12] englobando também as políticas indígenas, por meio da Funai, que teve seus comitês regionais dissolvidos e uma série de funções encerradas, anteriormente vinculada ao Ministério da Justiça.[13]

No início do Governo Lula, a pasta recebeu o nome de Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Em 6 de setembro de 2024, com a exoneração do ministro Silvio Almeida, Esther Dweck assumiu interinamente a pasta.

São suas atribuições, formular políticas e diretrizes para promover os direitos da cidadania, da criança, do adolescente, do idoso e das minorias e à defesa dos direitos das pessoas com deficiência e à promoção da sua integração à vida comunitária; coordenar a política nacional de direitos humanos, de acordo com as diretrizes do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH); servir como ouvidoria nacional das mulheres, da igualdade racial e dos direitos humanos, promovendo ações contra a discriminação e pela igualdade entre mulheres e homens; favorecer a ressocialização e proteção dos dependentes químicos; promover políticas para a promoção da igualdade racial e étnica; coordenar, integrar e articular políticas públicas voltadas para a juventude.[3]

Referências

  1. «Saiba quem é Macaé Evaristo, nova ministra dos Direitos Humanos do governo Lula». G1. 9 de setembro de 2024. Consultado em 9 de setembro de 2024 
  2. Ministério do Planejamento e Orçamento (16 de fevereiro de 2023). «Portaria do MPO adapta orçamento para 2023». Portal GOV.BR 
  3. a b c Medida Provisória nº 696, de 2 de outubro de 2015 Casa Civil da Presidência da República
  4. «Dilma anuncia reforma com redução de 39 para 31 ministérios». Consultado em 2 de outubro de 2015 
  5. Dilma esbraveja: 'O ministério é das MULHERES, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos' Huffpost Brasil, 5 de outubro de 2015
  6. Medida Provisória nº 696, de 2015 Senado Federal
  7. MP nº 696 de 2 de outubro 2015 Casa Civil da Presidência da República
  8. Ficou no papel fusão do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos 13/11/2015
  9. Dilma envia medida provisória ao Congresso com extinção de ministérios Agência Brasil, 5/10/2015
  10. «Primeira Medida Provisória de Temer reduz de 32 para 23 o número de ministérios». Consultado em 8 de setembro de 2020 
  11. «Temer recria pasta de Direitos Humanos». Consultado em 8 de setembro de 2020 
  12. Oliveira, Raquel. «Damares Alves toma posse como Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro». Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Consultado em 4 de janeiro de 2019 
  13. «Funai irá para ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos». Globo Rural. Consultado em 4 de janeiro de 2019 

Ligações externas

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