Miss Universo 1975 – Wikipédia, a enciclopédia livre

Miss Universo 1975
Data 19 de julho de 1975
Apresentadores Bob Barker
Local Gimnasio Nacional José Adolfo Pineda, San Salvador, El Salvador
Emissoras CBS
Candidatas 71
Semifinalistas 12
Estreias Belize, Ilhas Maurício, Micronésia, Samoa
Retiradas Chipre, Honduras, Portugal, Senegal, Suriname
Retornos Dinamarca, Equador, Guatemala, Haiti, Marrocos, Peru, África do Sul
Vencedora Anne Marie Pohtamo
 Finlândia

Miss Universo 1975 foi a 24.ª edição do concurso Miss Universo, realizada em 19 de julho de 1975 no Gimnasio Nacional José Adolfo Pineda, em San Salvador, em El Salvador. Candidatas de 71 países e territórios competiram pelo título. No final do evento, a Miss Universo 1972, Kerry Anne Wells, da Austrália, coroou a finlandesa Anne Marie Pohtamo como sua sucessora, já que a Miss Universo 1974, Amparo Muñoz, da Espanha, abdicou do título.

Tal como as edições anteriores,esta edição foi politicamente conturbada, por causa das tensões diplomáticas então existentes entre El Salvador e Honduras, ainda relacionadas à Guerra do Futebol,o país vizinho boicotou o concurso. De acordo com o New York Times, enquanto milhões de pessoas através do mundo assistiam pela televisão a um documentário sobre a beleza das praias ensolaradas do país antes do início da transmissão, tropas fortemente armadas reprimiam estudantes ao lado do ginásio, que protestavam pelo governo ter gasto mais de US$1 milhão com a produção e divulgação do evento,quanto a maioria da população do país enfrentava condições sanitárias precárias.Protestos ocorreram não só na capital mas também em Santa Ana. A versão do governo foi de que os protestos faziam parte de um "movimento comunista" e que nele foi morta uma pessoa, cinco foram feridas e onze presas. De acordo com os estudantes, porém, doze pessoas foram mortas, 20 feridas e 40 presas.[1]

Quatro Misses Universo anteriores estiveram presentes como convidadas especiais: Kerry Anne Wells, que coroou a vencedora, Corinna Tsopei, Gladys Zender e Norma Nolan. A Miss Universo 1958, Luz Marina Zuluaga, fez parte do júri, ao lado de atores como Ernest Borgnine e Peter Lawford, da cantora Sarah Vaughan e do escritor Leon Uris.

A grande favorita do público e da imprensa desde a chegada das candidatas foi a Miss Venezuela, Maritza Montoya. Além dela, também estavam cotadas as Miss Finlândia, Miss Suécia, Miss EUA, Miss México, Miss Inglaterra e Miss Colômbia. El Salvador escolheu cuidadosamente a sua representante. Carmen Figueroa era uma anfitriã graciosa, extremamente educada, que vinha de uma das famílias mais importante do país e falava inglês fluentemente. Não foi surpresa nenhuma a ver entre as 12 semifinalistas.[2]

Esta edição foi a primeira e única em que duas candidatas dividiram o prêmio de Miss Fotogenia, Martha Trujillo, da Colômbia e Summer Bartholomew, dos Estados Unidos.[3] Depois da retirada do manto de veludo alguns anos antes, essa foi a última edição em que o cetro foi usado. A partir dali seria substituído por flores.[4]

Entre as Top 12, ficaram a Miss Brasil Ingrid Budag, ao lado da Finlândia, Suécia, Israel, EUA, Filipinas, Colômbia e, para surpresa geral, Miss Haiti, Gerthie David. A eliminação da favorita venezuelana causou revolta entre o público. As cinco finalistas foram Finlândia, Haiti, Filipinas, EUA e Suécia. O discurso de David, uma miss negra muito charmosa e elegante, sobre as superstições e seu país, recebeu uma chuva de aplausos do público presente, o que a colocou em alta conta pelos jurados.

Ao final, Anne-Marie Pohtamo foi eleita nova Miss Universo, a segunda coroa para seu país desde a pioneira Armi Kuusela, em 1952. Gerthie David fez história sendo a segunda negra a conseguir o segundo lugar no concurso. Antes uma modelo desconhecida em Porto Príncipe e uma das mais exóticas concorrentes na história do MU, ela se tornou um modelo e ídolo para a juventude haitiana.[2]

Pohtamo foi uma duas vencedoras que não foram coroadas por sua antecessora, já que a Miss Universo 1974, Amparo Muñoz, da Espanha, renunciou durante seu reinado.[5] Ironicamente, ela foi coroada pela Miss Universo 1972 Kerry Anne Wells, da Austrália, que foi a primeira a também não ser coroada pela antecessora, Georgina Rizk, do Líbano, por questões políticas ocorridas no ano de sua eleição.[6]

Colocação Candidata
Miss Universo 1975
2.ª colocada
3.ª colocada
4.ª colocada
5.ª colocada
Top 12

Prêmios especiais

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Miss Simpatia

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Miss Fotogenia

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Melhor Traje Típico

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  • Vencedora:  Guatemala — Emy Elivia Abascal.

Em negrito, a candidata eleita Miss Universo 1975. Em itálico, as semifinalistas.[3]

Referências

  1. "Unrest Growing in El Salvador: Demonstrations Put Down After Protest Against Beauty Contest," The New York Times, 5 de agosto de 1975.
  2. a b «Anne Marie Pohtamo - Miss Universe 1975». globalbeauties.com. Consultado em 18 de julho de 2011. Arquivado do original em 31 de julho de 2011 
  3. a b «1975». pageantopolis.com. Consultado em 18 de julho de 2011. Arquivado do original em 9 de outubro de 2008 
  4. «FINNISH BEAUTY WINS». Central Beauty. Consultado em 18 de julho de 2011 
  5. «Amparo Muñoz, Miss Universe 1984, passed away». globalbeauties.com. Consultado em 18 de julho de 2011. Arquivado do original em 11 de setembro de 2011 
  6. «Kerry Anne Wells - Miss Universe 1972». globalbeauties.com. Consultado em 18 de julho de 2011. Arquivado do original em 13 de julho de 2011 

Ligações externas

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