Mosteiro de Pavia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Mosteiro de Pavia
Mosteiro de Pavia
Informações gerais
Estilo dominante Gótico
Arquiteto(a) Giovanni Antonio Amadeo
Religião Católica
Diocese Diocese de Pavia
Ano de consagração 1396
Website Certosa di Pavie
Geografia
País  Itália
Localização Certosa di Pavia
Região Lombardia
Coordenadas 45° 15′ 25″ N, 9° 08′ 54″ L
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Mosteiro de Pavia (em italiano: Certosa di Pavia é um mosteiro de Cartuxos, situado na comuna a quem deu o nome, Certosa di Pavia, em Pavia, na Lombardia, Itália.

Fundado em 1396 pelo primeiro duque de Milão Gian Galeazzo Visconti, este enorme complexo edificado para celebrar o seu prestígio, foi muito criticada quando visitada em 1506 por Erasmo de Roterdão.

Com a morte do duque os trabalhos foram interrompidos entre 1402 e 1412, e só retomam com a subida ao poder de Philippe Marie Visconti, continuando a renovar-se até 1782 [1].

Durante todo esse tempo pôde ser constantemente enriquecido constituindo um testemunho histórico da lombardia, fruto de uma abertura a outros artistas e trabalhos de outros centros italianos como o demonstra a rica ornamentação dos dois claustros, assim como a construção da igreja terminada em 1473, quando se iniciou a decoração da fachada com mármore, o que demorou mais de um século e inúmeras alterações do projecto [1].

A igreja é em cruz latina com três naves, abside e transepto é coberta por abobadas suportadas por colunas ricamente decoradas na maior parte por Ambrogio da Fossano. Entre as obras-primas são de salientar o túmulo de Ludovico o Mouro e Beatrice d’Este, por Cristoforo Solari (1497), os candelabros em bronze por Annibale Fontana (1580) e o tríptico por Baldassarre de Embriachi, do inicio de século XV.

Em 1866 quando foram suprimidas as ordens e corporações religiosas, o Mosteiro de Pavia passou para o estado, e a partir de 1982 o estado iniciou vários trabalhos de recuperação [2].

A sacristia, que até fins do século XVI era constituída por duas partes, o Capítulo e a biblioteca, foi transformada num local único e está ricamente decorada com frescos da autoria de Pietro Sorri, que já havia decorado a cúpula do transepto. O seu estado de conservação é particularmente apreciado [3].

Inicialmente destina a reunir os livros litúrgicos necessários às celebrações diárias, a biblioteca começou a reunir textos profanos com o padre Matteo Valerio (1634-1637), importante figura histórica, da literatura e autor da Memorie della Certosa di Pavia, instrumento fundamental para a reconstrução da história do mosteiro entre 1487 e 1645.

Depois da supressão da ordem certosina em 1782, os livros da biblioteca foram divididos entre a Biblioteca Nacional Braidense de Milão e a Biblioteca Universitária de Pavia. Actualmente, na de Certosa encontram-se, todos os pertencentes à tipologia do libro graduale, com textos e músicas dos cânticos da missa segundo a sequência do ano litúrgico, cuja decoração é obra de Evangelista della Croce, Benedetto da Bergamo e Guarnerio Berretta.

O gradual 814, uma miniatura de Evengelista della Croce e Girolamo dai Libri, foi recentemente restaurado e exposto no Palazzo Reale na ocasião da mostra dedicada ao Arcimboldo em 2011 [4].

Imagens das obras-primas no sítio do Certosa di Pavia «Certosa di Pavia: Obras-primas» (em italiano). Visitado: Março 2014 .

Notas e referências

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Referências

  1. a b «La Certosa» (em italiano). Visitado: Março 2014 
  2. «La Chiesa» (em italiano). Visitado: Março 2014 
  3. «Sacrestia» (em italiano). Visitado: Março 2014 
  4. «Biblioteca» (em italiano). Visitado: Março 2014