Museu de Arqueologia Nacional (França) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Museu de Arqueologia Nacional, domínio nacional de Saint-Germain-en-Laye (em francês) Musée d’Archéologie nationale, domaine national de Saint-Germain-en-Laye | |
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Fachada oeste do castelo, tal qual se vê a partir da praça Charles de Gaulle | |
Informações gerais | |
Inauguração | 1862 |
Visitantes | 113 023 (em 2014) |
Website | [http://en.musee-archeologienationale.fr/ Página oficial |
Geografia | |
País | França |
Localidade | Castelo de Saint-Germain-en-Laye |
Coordenadas | 48° 53′ 52″ N, 2° 05′ 44″ L |
Localização em mapa dinâmico |
O Musée d'Archéologie Nationale é um dos principais museus franceses de arqueologia, abrangendo dos tempos pré-históricos ao período merovíngio. Está localizado no Château de Saint-Germain-en-Laye no departamento de Yvelines, cerca de 19 km a oeste de Paris.
Construção
[editar | editar código-fonte]O castelo foi uma das mais importantes residências reais da França na região de Paris desde o século XII. Após a mudança da corte para Versalhes, o castelo recebeu a corte de James II de Inglaterra no exílio, tornou-se uma escola de cavalaria, em 1809, e, finalmente, uma prisão militar de 1836 a 1855.[1] O castelo, que estava em muito mau estado, foi classificado como monument historique em 8 de abril de 1863.
O interior era um labirinto de células, corredores, pisos falsos e divisórias. O exterior foi dilapidado e coberto por um revestimento preto.[2] Ao arquiteto Eugène Millet, um aluno de Eugène Viollet-le-Duc, foi dada a tarefa de restaurar o castelo para receber o planejado Museu Nacional de Antiguidades em 1855, tendo que remover todos os vestígios de células que o Ministério da Guerra instalou quando ele foi usado como prisão. Em 1857, ele informou que todas as partições formando as células e masmorras tinham sido demolidas e o castelo, limpo.[3] Trabalhos de construção começaram em 1862, com a destruição do pavilhão Oeste.[3] O objetivo de Millet era restaurar o edifício ao estado em que era no período de Francisco I de França.[2] Millet morreu em Cannes , em 24 de fevereiro de 1879.[4] A restauração foi continuada por Auguste Lafollye e Honoré Daumet, e, finalmente, concluída em 1907.
História
[editar | editar código-fonte]O museu foi chamado:
- Museu das Antiguidades Galo-Romanas (Musée des Antiquités Gallo-Romaines) em 1862
- Museu das Antiguidades Célticas e Galo-Romanas (Musée des Antiquités Celtiques et Gallo-Romaines)
- Museu das Antiguidades Nacionais (Musée des Antiquités Nationales), em 1879
- Museu de Arqueologia Nacional (Musée d'Archéologie Nationale), em 2005
- Museu de Arqueologia Nacional, domínio nacional de Saint-Germain-en-Laye (Musée d'Archéologie Nationale, domaine national de Saint-Germain-en-Laye), desde 2009
Acervos
[editar | editar código-fonte]O museu abriga cerca de 3 milhões de objetos arqueológicos, dos quais cerca de 30.000 estão em exibição, tornando-o um dos mais ricos acervos na Europa. Esses objetos, descobertos no território francês, estão apresentados por ordem cronológica: Paleolítico, Neolítico, Idade do Bronze, Idade do Ferro, período Romano e primeira Idade Média (Gália Merovíngia). Uma coleção de objetos arqueológicos e etnológicos estrangeiros é apresentada no quarto de arqueologia comparativa.
Paleolítico
[editar | editar código-fonte]As coleções paleolíticas incluem objetos como ferramentas de pedra (bifaces, micrólitos) e indumentos de osso e chifre (agulhas, arpões). O museu apresenta a evolução do gênero homo, como o crânio do homo erectus e do homem de neandertal.[5]
Entre os mais notórios objetos da coleção paleolítica, está a Vênus de Brassempouy, encontrada em uma das inúmeras escavações de Édouard Piette, nos Pireneus. Muitos objetos coletados por Piette estão expostos em uma sala própria (Salle Piette).
- Vulva estilizada
- Vênus de Brassempouy
- Pedra biface
- Arpões e ossos esculpidos
- Cabeça de cavalo
Neolítico
[editar | editar código-fonte]O neolítico (cerca de 5800 de 2100 A.C.) é o segundo período da pré-história. Aí, as populações tornaram-se sedentárias, com o aparecimento da agricultura e da pecuária. As primeiras aldeias são construídas e as primeiras estruturas megalíticos, erguidas. Esse período é caracterizado por inovações técnicas, como o polimento da pedra, o aparecimento da cerâmica e a tecelagem.[6]
- Calcário
- Machados polidos
- Jarra de terracota
Idade do Bronze
[editar | editar código-fonte]Na Idade do Bronze (cerca de 2100 a 750 A.C.), a sociedade ainda é bastante semelhante à do neolítico, mas os avanços técnicos, com o trabalho do bronze, muda a sociedade, que se torna progressivamente hierárquica.[7]
- Braçadeiras de bronze
- Polainas de bronze
- Jóia de bronze usada no quadril
- Capacetes com crista
- Espada de bronze
Idade do Ferro
[editar | editar código-fonte]A primeira Idade do Ferro (780-480 A.C.), correspondente à cultura de Hallstatt, é um período caracterizado pelo sepultamento em túmulos das pessoas mais poderosas. [8]
- Couraças de bronze
- Xícara de terracota
- Peitoral
- Pulseiras de ouro pulseiras
- Brincos de ouro
Gália Romana
[editar | editar código-fonte]A Gália Romana, de 52 a.C. ao final do século V d.C. é resultado da conquista da Gália por Júlio César. A urbanização avançou com a chegada de cidades e a construção de edifícios públicos. Uma rede de vias foi formada por toda a Gália.
Arqueologia Comparada
[editar | editar código-fonte]A sala da "arqueologia comparada" foi concebida no início do século XX por Henri Hubert e Marcel Mauss, que queriam ilustrar "o museu etnográfico da história da Europa e da humanidade" desde as origens do homem até a Idade Média.
Visitantes
[editar | editar código-fonte]Visitantes anuais no período 2003-14 foram:[9][10][11]
- 61.759 em 2003
- 64.775 em 2004
- 65.925 em 2005
- 78.250 em 2006
- 98.246 em 2007
- 110.197 em 2008
- 91.894 em 2009
- 95.594 em 2010
- 92.266 em 2011
- 98.691 em 2012
- 101.222 em 2013
- 113.023 em 2014
Referências
- ↑ http://musee-archeologienationale.fr/chateau-et-jardins/histoire-du-chateau/du-chateau-au-musee
- ↑ a b Histoire du musée – Musée.
- ↑ a b Eugène Millet – Société des Amis du Musée.
- ↑ Leniaud 2015.
- ↑ http://en.musee-archeologienationale.fr/palaeolithic-period
- ↑ http://en.musee-archeologienationale.fr/neolithic-period
- ↑ http://en.musee-archeologienationale.fr/bronze-age
- ↑ http://en.musee-archeologienationale.fr/iron-age
- ↑ Fréquentation des musées ... 2007, p. 121.
- ↑ http://www.culturecommunication.gouv.fr/Thematiques/Connaissance-des-patrimoines-et-de-l-architecture/Connaissance-des-publics/Publics-et-patrimoines/PatrimoStat/Museostat2
- ↑ http://www.culturecommunication.gouv.fr/Thematiques/Connaissance-des-patrimoines-et-de-l-architecture/Connaissance-des-publics/Publics-et-patrimoines/PatrimoStat/Frequentation-des-musees-de-France-de-2012-a-2014
Fontes
[editar | editar código-fonte]- «Eugène Millet (1819–1879)» (PDF) (em French). Société des Amis du Musée d'Archéologie nationale et du château de Saint-Germain-en-Laye. Consultado em 14 de novembro de 2015
- «Fréquentation des musées en France en 2007 (par région et département)». Veille Info Tourisme. Direction des musées de France, ministère de la culture. 23 de setembro de 2008. Consultado em 17 de novembro de 2015. Arquivado do original em 14 de março de 2010
- «Histoire du musée» (em French). Musée d'archéologie nationale. Consultado em 17 de novembro de 2015. Arquivado do original em 18 de novembro de 2015
- Leniaud, Jean-Michel (2015). «MILLET Eugène» (em francês). École nationale des chartes, Sorbonne. Consultado em 14 de novembro de 2015
- Pioda, S. (março de 2012). «Les Gaulois à l'origine du musée d'archéologie nationale». Archéologia (497)
- Volait, Mercedes (2006). «Arthur-Ali Rhoné (1836-1910) – Du Caire ancien au Vieux-Paris ou le patrimoine au prisme de l'érudition dilettante». Socio-anthropologie (em francês). 19. Consultado em 16 de novembro de 2015