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Nino Ferrer
Nino Ferrer
Informação geral
Nome completo Nino Agostino Arturo Maria Ferrari
Nascimento 15 de agosto de 1934
Gênova, Itália
Morte 13 de agosto de 1998 (63 anos)
Montcuq, França
Gênero(s) Pop, rock, jazz, R&B, soul
Instrumento(s) Vocal, violão, teclado
Período em atividade 1959–1998
Outras ocupações Compositor, pintor, ator
Gravadora(s) Riviera, CBS, WEA, Vogue, Fnac Music, Barclay
Página oficial [1]

Nino Agostino Arturo Maria Ferrari (Gênova, 15 de agosto de 1934Montcuq, 13 de agosto de 1998), conhecido artisticamente pelo nome artístico Nino Ferrer, foi um cantor, compositor, ator e pintor franco-italiano.

Filho de um engenheiro, Nino Ferrer passou a infância na Nova Caledônia, onde seu pai trabalhava. Regressou à França em 1947 e inicia o curso de etnologia e arqueologia na Sorbonne, em Paris. Paralelamente aos estudos, despontou o interesse em música e pintura.

Em 1959 estreia como baixista do grupo Dixie Cats, em 2 discos.[1] Seu primeiro trabalho como cantor foi em 1963, lançando o álbum Pour Oublier Qu'On S'Est Aimé, onde teve como destaque C'est irreparable, que integrou a trilha sonora de Tacones lejanos, dirigido por Pedro Almodóvar em 1991. Após vários insucessos profissionais, grava o álbum Myrza em 1965. Neste disco, que rendeu a Ferrer o rótulo de "cantor cômico" por suas rimas, os destaques eram Les Cornichons (no Brasil, ganhou uma versão intitulada Deixa de Banca, gravada por Reginaldo Rossi, Erasmo Carlos e o grupo Raça Negra), Oh! Hé! Hein! Bon! e Ma vie pour rien. Cansado da música, decide voltar para a Itália em 1967, permanecendo até 1970. No país natal, seu maior sucesso foi La Pelle Nera,[2] que chegou a participar em 2 edições do Festival de Sanremo.[2]

Novamente estabelecido em território francês, Ferrer se inconformou com a "espalhafatosa frivolidade" do show-business nacional, que ele referiu-se como "tecnocratas cínicos e gananciosos exploradores de talento". Ele ainda concordou com as opiniões de Serge Gainsbourg e Claude Nougaro de que as músicas eram apenas uma "arte menor" e também "um ruído de fundo".

Declínio artístico

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Após 3 anos longe dos palcos, Nino Ferrer grava seu quinto disco, intitulado Métronomie, que teve repercussão baixa no cenário musical, embora a faixa principal, La Maison Près de la Fontaine, vendesse meio milhão de cópias.

Desde então, lançou outros 12 álbuns, que não tiveram o mesmo sucesso dos anteriores.

Em julho de 1998, Mounette Ferrer, a mãe do cantor, morre aos 86 anos. Enfrentando um grave quadro de depressão, ele, que obtivera a cidadania francesa em 1989 e estava gravando o décimo-sétimo disco da carreira, não consegue superar o drama pessoal e comete suicídio ao disparar um tiro no coração, a 2 dias de completar 64 anos.

Álbuns de estúdio

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  • 1966: Enregistrement public
  • 1967: Nino Ferrer
  • 1969: Nino Ferrer
  • 1972: Métronomie
  • 1972: Nino Ferrer and Leggs
  • 1974: Nino and Radiah
  • 1975: Suite en œuf
  • 1977: Véritables variétés verdâtres
  • 1979: Blanat
  • 1981: La carmencita
  • 1982: Ex-libris
  • 1983: Rock'n'roll cow-boy
  • 1986: 13e album
  • 1993: La désabusion
  • 1993: La vie chez les automobiles

Álbuns ao vivo

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  • 1970: Rats and Rolls
  • 1995: Concert chez Harry

45 RPM singles e EPs de 4 faixas

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  • 1963 Pour oublier qu'on s'est aimé; Souviens-toi / C'est irréparable; 5 bougies bleues
  • 1964 Ferme la porte; Je reviendrai / Oh ! Ne t'en va pas; Ce que tu as fait de moi (Nino Ferrer et les Jubilées)
  • 1964 Les Dolly Brothers (Nino canta em Hello, Dolly! Embora ele não seja creditado.)
  • 1965 Viens je t'attends; Au bout de mes vingt ans / Jennifer James; Tchouk-ou-tchouk
  • 1966 Mirza; Les cornichons / Il me faudra… Natacha; Ma vie pour rien
  • 1966 Le monkiss de la police; Monkiss est arrivé / Avec toi j'ai compris le monkiss; Y'a que toi monkiss (Nino Ferrer et les Gottamou)
  • 1966 Alexandre; Oh ! hé ! hein ! bon ! / Le blues des rues désertes; Longtemps après
  • 1966 Je veux être noir; Si tu m'aimes encore / La bande à Ferrer (parts 1 & 2)
  • 1967 Le téléfon; Je cherche une petite fille / Madame Robert; Le millionnaire
  • 1967 Mao et Moa; Je vous dis bonne chance / Mon copain Bismarck; N-F in trouble
  • 1968 Le roi d'Angleterre; Il me faudra… Natacha / Les petites jeunes filles de bonne famille; Monsieur Machin
  • 1968 Mamadou Mémé; Œrythia / Les yeux de Laurence; Non ti capisco più
  • 1969 Je vends des robes; La rua Madureira / Tchouk-ou-tchouk; Le show-boat de nos amours
  • 1969 Agata; Un premier jour sans toi / Justine; Les hommes à tout faire
  • 1970 Oui mais ta mère n'est pas d'accord / Le blues anti-bourgeois
  • 1970 Viens tous les soirs / L'amour, la mort, les enterrements
  • 1971 Les Enfants de la patrie / La Maison près de la fontaine
  • 1975 Le Sud / The garden (CBS) - aparece apenas nos relançamentos pós-1982 do álbum Nino and Radiah - seu maior sucesso, alcançando o número 1 em março de 1975
  • 1975 Alcina de Jesus / Les morceaux de fer (CBS)
  • 1976 Chanson pour Nathalie / Moon (CBS)
  • 1978 Joseph Joseph / L'Inexpressible (CBS)
  • 1981 Pour oublier qu'on s'est aimé / Michael et Jane (WEA)
  • 1982 Semiramis / Micky Micky (WEA)
  • 1983 Il pleut bergère / Blues des chiens (WEA)
  • 1986 L'arche de Noé : Création; Chita Chita / L'arche de Noé
  • 1989 La Marseillaise / Il pleut bergère (Barclay) - (a segunda faixa foi gravada com os moradores de sua aldeia natal)
  • 2015 Le Sud
  • 2019 La rua Madureira (creditado a Bon Entendeur vs Nino Ferrer)

Referências

  1. Richard Bennett and his Dixie Cats - 45cat.com
  2. a b Enrico Deregibus, ed. (2010). «Nino Ferrer». Dizionario completo della Canzone Italiana (em italiano). [S.l.]: Giunti Editore. p. 188. ISBN 978-88-09-75625-0. Consultado em 16 de fevereiro de 2017 
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