Noigandres – Wikipédia, a enciclopédia livre

Noigandres foi um grupo de poetas formado em 1952, em São Paulo, Brasil. Era integrado por Haroldo de Campos, Décio Pignatari, Augusto de Campos[1] e, posteriormente, por Ronaldo Azeredo e José Lino Grünewald. Com este grupo inicia-se o movimento da Poesia Concreta, no Brasil, e constitui-se uma teoria sobre o movimento, cujo órgão era a revista Noigandres e Invenção (1952-1962).

Décio Pignatari, Ronaldo Azeredo e Augusto de Campos no Ministério da Educação do Rio de Janeiro em fevereiro de 1957

A enigmática palavra noigandres, que aparece em um dos poemas do trovador Arnaut Daniel, serviu de título da revista divulgadora e nome do grupo da poesia concreta. Henri Pascal de Rochegude, autor de Essai d'un glossaire occitanien: pour servir à l'intelligence des poésies des Troubadours, um dicionário publicado em Toulouse (1819), registra a palavra como significando "noz moscada";[2] todavia, existe a hipótese de que se trate de um simples erro de ortografia.[3]

Esta é a versão mais aceita dos versos do trovador, de onde se extraiu a palavra:

«Er vei vermeills, vertz, blaus, blancs, gruocs,
vergiers, plais, plans, tertres e vaus;
e'il votz dels auzels son'e tint
ab doutz acort maitin e tart:
so'm met en cor q'ieu colore mon chan
d'un'aital flor don lo fruitz si'amors
e jois lo grans e l'olors de noigandres»

Referências

  1. La vanguardia de la vanguardia
  2. Rochegude, Henri Pascal de Chez Benichet cadet, Imprimeur-libraire., 1819 Essai d'un glossaire occitanien: pour servir à l'intelligence des poésies des troubadours
  3. Hernández Busto, Ernesto; Sánchez Mejías, Rolando (31 de outubro de 2003). «Epitafio para Haroldo, el traductor». Letras Libres 

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