Nomenclatura filogenética – Wikipédia, a enciclopédia livre

Nomenclatura filogenética, tal como prevista no FiloCódigo (em inglês, PhyloCode),[1] é um sistema de nomenclatura biológica de base filogenética concebido para designar os clados por referência explícita à sua filogenia.[2][3][4]

A nomenclatura filogenética é uma aproximação à nomenclatura biológica, entendida aqui como a disciplina que regula a denominação científica de grupos de organismos, o seja, o nome dos taxa (ou táxons). A nomenclatura filogenética tem como princípios centrais: (1) as estruturas taxonómicas requerem táxons monofiléticos; (2) os agrupamentos taxonómicos não deveriam ter hierarquia ou categorias; e (3) a tipificação dos táxons deve ser abandonada por ser um anacronismo baseado no essencialismo aristotélico.[5]

Na nomenclatura filogenética a cada clado é atribuído um nome seguindo as regras ou normas do Filocódigo. A cada nome corresponde uma «definição filogenética», a qual identificao clado particular com referência a um nodo, um ramo ou uma apomorfia. As espécies, espécimes e apomorfias citadas nas definições filogenéticas são denominados «especificadores» dado que especificam o clado ao qual se aplica o nome. Os especificadores internos ou externos são membros (os «internos») ou não membros (os «externos»), respectivamente, deo clado que definem.

Da mesma forma que ocorre com o ICBN, o Filocódigo estipula que cada taxón pode ter apenas um nome correcto e que cada nome pode ser correcto para apenas um taxón. Em ambos os códigos, a data de publicação (o «princípio da prioridade») é utilizada como o critério principal para seleccionar o nombre correcto no caso de existirem sinonímias.

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Referências

  1. Cantino, P.D. & de Queiroz, K. 2006. PhyloCode: a Phylogenetic Code of Biological Nomenclature. Version 3a. Website: http://www.phylocode.org Arquivado em 2 de agosto de 2003, no Wayback Machine.. Revised June 16, 2006.
  2. De Queiroz, K. & Cantino, P.D. 2001. Phylogenetic nomenclature and the PhyloCode. Bull. Zool. Nomencl. 58: 254–271.
  3. De Queiroz, K. & Gauthier, J. 1990. Phylogeny as a central principle in taxonomy: phylogenetic definitions of taxon names. Syst. Zool. 39: 307–322.
  4. De Queiroz, K. & Gauthier, J. 1992. Phylogenetic taxonomy. Annual Rev. Ecol. Syst. 23: 449–480.
  5. Pickett, K.M. 2005. The new and improved PhyloCode, now with types, ranks, and even polyphyly: a conference report from the First International Phylogenetic Nomenclature Meeting.[ligação inativa] Cladistics 21 (2005) 79–82