Noudar – Wikipédia, a enciclopédia livre

Noudar

Noudar foi uma vila e sede de um antigo concelho português, extinto em 1825. Encontra-se hoje despovoada, correspondendo o antigo concelho ao atual município de Barrancos.[1]

A antiga vila situava-se no interior do Castelo de Noudar, mandado edificar pelo rei Dom Dinis e concluído em 1308.

Situada num monte elevado, circundado pela Ribeira de Murtega e pelo Rio Ardila, foi mandada povoar pelo rei Dom Dinis em 1295.[2]

Em abril de 1491, o rei Dom João II ordenou que fossem demarcados os termos da vila de Noudar com a vila de Moura, trabalho que viria a ser executado por João Jorge. No ano seguinte, enviou a Castela Vasco Fernandes como seu procurador para com os representantes daquele reino definir os termos de Noudar com os de Anzina Sola, hoje conhecida como Encinasola.[3]

Em 1708, possuía cerca de 400 habitantes. Nessa altura, constituía uma paróquia invocando Nossa Senhora do Desterro, tendo como prelado o prior da Ordem de Avis. Dispunha de uma Santa Casa da Misericórdia, com hospital, assim como de três ermidas. Nessa época, nas suas imediações, eram cultivados trigo, cevada e centeio e era criado gado.[2]

Foram comendadores de Noudar os Condes de Linhares, até 1610, tendo sido sucedidos pelos Duques de Cadaval daí em diante.[2][4]

Em 1896, Noudar já tinha apenas 11 habitantes e 5 habitações, encontrando-se completamente desabitada em 1919. [5]

Referências

  1. «Cópia arquivada». Consultado em 17 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 18 de abril de 2012 
  2. a b c Corographia portugueza e descripçam topographica do famoso Reyno de Portugal, Tomo II, Padre António Carvalho da Costa, 1708
  3. Quadro elementar das relações políticas e diplomáticas de Portugal com as diversas potências do mundo, desde o princípio da monarquia portuguesa até aos nossos dias, Visconde de Santarém, Tomo primeiro, J. P. Aillaud, 1842
  4. Boletim architectonico e d'archeologia, volumes 4-11, 1907
  5. O terremoto do 1º de Novembro de 1755 em Portugal e um estudo demográfico, Francisco Luiz Pereira de Sousa, 1919
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