Nova Rota da Seda – Wikipédia, a enciclopédia livre
Iniciativa do Cinturão e Rota (em inglês: Belt and Road Initiative), também conhecida como Um Cinturão, Uma Rota[2] (em inglês: One Belt One Road, em chinês: 一带一路)) ou Cinturão Econômico da Rota da Seda e a Rota da Seda Marítima do Século 21[3] (em chinês: 丝绸之路经济带和21世纪海上丝绸之路), ou Nova Rota da Seda, é uma estratégia de desenvolvimento adotada pelo governo chinês envolvendo desenvolvimento de infraestrutura e investimentos em países da Europa, Ásia e África.[4][5][6]
"Cinturão" refere-se às rotas terrestres ou ao Cinturão Econômico da Rota da Seda; enquanto "Rota" refere-se às rotas marítimas, ou à Rota da Seda Marítima do Século 21.[7] Até 2016, a iniciativa era oficialmente conhecida como a iniciativa Um Cinturão, Uma Rota, mas o nome oficial foi alterado porque o governo chinês considerou a ênfase na palavra "um" propensa a erros de interpretação.[8][9][10]
O governo chinês chama à iniciativa "tentativa de melhorar a conectividade regional e abraçar um futuro mais brilhante".[11] Observadores, no entanto, vêem isso como um impulso para o domínio chinês nos assuntos globais com uma rede comercial centrada na China.[12][13][14]
Os defensores elogiam o BRI por seu potencial de impulsionar o PIB mundial, particularmente nos países sem desenvolvimento. No entanto, também houve críticas sobre violações de direitos humanos e impacto ambiental, bem como preocupações com a diplomacia da armadilha da dívida, resultando em neocolonialismo e imperialismo econômico.
Contexto histórico
[editar | editar código-fonte]A iniciativa foi apresentada pelo secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCC) Xi Jinping em setembro e outubro de 2013 durante visitas ao Cazaquistão e à Indonésia,[15] e posteriormente promovida pelo primeiro-ministro chinês Li Keqiang durante visitas de Estado à Ásia e Europa. A iniciativa recebeu cobertura intensiva da mídia estatal chinesa e, em 2016, tornou-se frequentemente apresentada no Diário do Povo.[16]
Membros
[editar | editar código-fonte]Os países se juntam à Iniciativa Cinturão e Rota assinando um memorando de entendimento com a China sobre sua participação nela. O Governo da China mantém uma lista de todos os países envolvidos em seu Portal Cinturão e Rota,[17] e a agência de notícias estatal Xinhua News Agency emite um comunicado de imprensa sempre que um memorando de entendimento relacionado à Iniciativa do Cinturão e Rota é assinado com um novo país.[18] Sem contar a China, havia 154 países formalmente filiados à Iniciativa do Cinturão e Rota Desde agosto de 2023[update] de acordo com observadores do Centro de Desenvolvimento e Finanças Verdes da Universidade de Fudan,[19] e uma análise independente da Alemanha, da mesma época, também encontrou 148 estados-membros de 249 entidades políticas pesquisadas.[20] O Conselho de Relações Exteriores também descobriu 139 países membros em março de 2021;[21] países que estão documentados como tendo aderido desde então incluem a Síria[22] and Argentina.[23] A lista completa dos membros atuais de acordo com o governo chinês[17] está abaixo:
- Afghanistan[24]
- Albânia[24]
- Argélia[24]
- Angola[24]
- Antígua e Barbuda[24]
- Armênia[24]
- Áustria[24]
- Azerbaijão[24]
- Bahrein[24]
- Bangladesh[24]
- Barbados[24]
- Bielorrússia[24]
- Benim[24]
- Bolívia[24]
- Bósnia e Herzegovina[24]
- Botsuana[24]
- Brunei[24]
- Bulgária[24]
- Burkina Faso[25]
- Burundi[24]
- Camboja[24]
- Cabo Verde[24]
- Camarões[24]
- República Centro-Africana[24]
- Chade[24]
- Chile[24]
- China[24]
- Comores[24]
- República Democrática do Congo[24]
- República do Congo[24]
- Ilhas Cook[24]
- Costa Rica[24]
- Croácia[24]
- Cuba[24]
- Chipre[24]
- República Tcheca[24]
- Djibuti[24]
- Dominica[24]
- República Dominicana[24]
- Equador[24]
- Egito[24]
- El Salvador[24]
- Guiné Equatorial[24]
- Eritreia[24]
- Etiópia[24]
- Fiji[24]
- Gabão[24]
- Gâmbia[24]
- Geórgia[24]
- Gana[24]
- Grécia[24]
- Granada[24]
- Guiné[24]
- Guiné-Bissau[24]
- Guiana[24]
- Honduras[26]
- Hungria[24]
- Indonesia[24]
- Irã[24]
- Iraque[24]
- Costa do Marfim[24]
- Jamaica[24]
- Jordânia[27]
- Cazaquistão[24]
- Quênia[24]
- Quiribáti[24]
- Kuwait[24]
- Quirguistão[24]
- Laos[24]
- Letônia[24]
- Líbano[24]
- Lesoto[24]
- Libéria[24]
- Líbia[24]
- Lituânia[24]
- Luxemburgo[24]
- Madagascar[24]
- Malawi[24]
- Malásia[24]
- Maldivas[24]
- Mali[24]
- Malta[24]
- Mauritânia[24]
- Maurício[28]
- Micronésia[24]
- Moldávia[24]
- Mongólia[24]
- Montenegro[24]
- Marrocos[24]
- Moçambique[24]
- Mianmar[24]
- Namíbia[24]
- Nepal[24]
- Nova Zelândia[24]
- Nicarágua[24]
- Níger[24]
- Nigéria[24]
- Niue[24]
- Macedônia do Norte[24]
- Omã[24]
- Paquistão[24]
- Palestina[24]
- Panamá[24]
- Papua-Nova Guiné[24]
- Peru[24]
- Polônia[24]
- Portugal[24]
- Catar[24]
- Romênia[24]
- Rússia[24]
- Ruanda[28]
- Samoa[24]
- São Tomé e Príncipe[29]
- Saudi Arabia[24]
- Senegal[28]
- Serbia[24]
- Seychelles[24]
- Sierra Leone[24]
- Singapore[24]
- Slovakia[24]
- Slovenia[24]
- Solomon Islands[24]
- Somalia[24]
- South Africa[24]
- South Sudan[24]
- Sri Lanka[24]
- Sudan[24]
- Suriname[24]
- Syria[24]
- Tajikistan[24]
- Tanzania[24]
- Thailand[24]
- Timor-Leste[24]
- Togo[24]
- Tonga[24]
- Trinidad and Tobago[24]
- Tunisia[24]
- Turkey[24]
- Turkmenistan[24]
- Uganda[24]
- United Arab Emirates[24]
- Uruguay[24]
- Uzbekistan[24]
- Vanuatu[24]
- Venezuela[24]
- Vietnam[24]
- Yemen[24]
- Zambia[24]
- Zimbabwe[24]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ China Britain Business Council: One Belt One Road
- ↑ Faseeh Mangi (10 de abril de 2018). «Iniciativa 'Um Cinturão, Uma Rota' ganha força na Ásia». UOL
- ↑ «Iniciativa do Cinturão e Rota é oportunidade histórica para cooperação entre China e Países Lusófonos, diz especialista». XINHUANET.com. 8 de março de 2018
- ↑ Marmentini, Gabriel (9 de maio de 2019). «One Belt, One Road: entenda a Nova Rota da Seda chinesa!». Politize!. Consultado em 1 de outubro de 2020
- ↑ «A nova rota da seda». Super. Consultado em 1 de outubro de 2020
- ↑ «Como a pandemia ameaça a Nova Rota da Seda, maior iniciativa de política externa da China». BBC News Brasil. Consultado em 1 de outubro de 2020
- ↑ Ottoni, Luis (17 de Junho de 2017). «China avança em comércio global com nova Rota da Seda, projeto de US$ 1 trilhão». G1. Consultado em 23 de Outubro de 2018.
A rota atual, assim como a antiga, divide-se em marítima e terrestre. Em inglês, a iniciativa é conhecida como "One Belt, One Road", em que "Belt", de cinturão, refere-se à rota física e "Road", de estrada, refere-se à rota marítima.
- ↑ «BRI Instead of OBOR – China Edits the English Name of its Most Ambitious International Project». liia.lv (em inglês). 28 de julho de 2016. Cópia arquivada em 6 de fevereiro de 2017
- ↑ Welle (www.dw.com), Deutsche. «Nova Rota da Seda | DW | 29.07.2020». DW.COM. Consultado em 1 de outubro de 2020
- ↑ «A Nova Rota da Seda - Economia». Estadão. Consultado em 1 de outubro de 2020
- ↑ Xinhua News Agency (28 de Março de 2015). «China unveils action plan on Belt and Road Initiative». The State Council of the People's Republic of China
- ↑ «What Is One Belt One Road? A Surplus Recycling Mechanism Approach». 7 de julho de 2017. SSRN 2997650.
It has been lauded as a visionary project among key participants such as China and Pakistan, but has received a critical reaction, arguably a poorly thought out one, in nonparticipant countries such as the United States and India (see various discussions in Ferdinand 2016, Kennedy and Parker 2015, Godement and Kratz, 2015, Li 2015, Rolland 2015, Swaine 2015).
- ↑ «Getting lost in 'One Belt, One Road'» (em inglês). Hong Kong Economic Journal. 12 de abril de 2016.
Simply put, China is trying to buy friendship and political influence by investing massive amounts of money on infrastructure in countries along the 'One Belt, One Road'.
- ↑ «A nova Rota da Seda na América Latina». Portal FGV. 26 de agosto de 2019. Consultado em 1 de outubro de 2020
- ↑ «Chronology of China's Belt and Road Initiative - People's Daily Online». en.people.cn. Consultado em 25 de setembro de 2022
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(ajuda) - ↑ Steinert, Christoph; Weyrauch, David (24 March 2022). «Collecting data on Membership in the Belt and Road Initiative». Analyzing the BRI. Consultado em 13 de julho de 2023. Cópia arquivada em 30 September 2022 Verifique data em:
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- ↑ a b c «China's Belt and Road Makes Inroads in Africa». The Diplomat. Cópia arquivada em 17 de maio de 2023
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Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Site oficial» (em inglês)