Oberste Heeresleitung – Wikipédia, a enciclopédia livre

Hindenburg, Guilherme II e Ludendorff, Janeiro de 1917

A oberste Heeresleitung (OHL) era a hierarquia mais elevada do comando do exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial.[1]

O comandante supremo do exército era oficialmente o Kaiser Guilherme II, porém, as decisões eram tomadas pelos generais. Sobretudo a partir da 1917, o poder dos generais tornou-se absoluto e historiadores falam de uma ditadura militar a partir de então.[2]

Os generais no poder

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  1. Helmuth von Moltke foi o Generalstabschef no início da Guerra. Manteve-se na posição até ao falhanço da ofensiva em Marne.
  2. Erich von Falkenhayn, ministro da guerra da Prússia assumiu então o comando. O falhanço em Verdun levaram ao seu afastamento.
  3. Paul von Hindenburg foi o terceiro e último líder. Encarregava-se sobretudo das relações públicas. O verdadeiro poder estava com o seu chefe do Estado-Maior Erich Ludendorff.

Ludendorff foi quem decidiu voltar a usar os submarinos, o que acabou por provocar a entrada dos Estados Unidos na guerra e a derrota da Alemanha.

Com a entrada dos EUA na Guerra, os acontecimentos tomariam um novo rumo e a Guerra que os alemães julgavam prestes a ser ganha (sobretudo depois do tratado de Brest-Litovsk, que permitiu mobilizar as tropas da frente leste para a frente oeste) seria perdida surpreendentemente, mesmo sem que as tropas aliadas tivessem penetrado na Alemanha.

Em Outubro de 1918, a OHL sabia que a guerra estava perdida e que a frente alemã poderia ser penetrada a cada momento.

Foi então que Erich Ludendorff tomou uma decisão que teria consequências dramáticas para o futuro da Alemanha. Decidiu tornar a Alemanha uma monarquia parlamentar e colocar o SPD (que Ludendorff e a maioria dos generais desprezavam) no poder. Desde 1870, data da fundação do SPD e do Império Alemão que o SPD era um partido que aspirava à revolução. O seu papel nos destinos políticos da nação era limitado, dados os poderes limitados do parlamento alemão. Em 1918, o SPD assumiu verdadeiramente os comandos políticos do país pela primeira vez. Uma etapa histórica que teria efeitos muito nefastos para o próprio SPD e para a Alemanha.

Referências

  1. Foley, R. T. (2007) [2005]. German Strategy and the Path to Verdun: Erich von Falkenhayn and the Development of Attrition, 1870–1916 pbk. ed. Cambridge: CUP. ISBN 978-0-521-04436-3 
  2. Gross, G. (2016). Zabecki, D. T., ed. The Myth and Reality of German Warfare: Operational thinking from Moltke the Elder to Heusinger. Lexington: University Press of Kentucky. ISBN 978-0-8131-6837-1