Obsolescência – Wikipédia, a enciclopédia livre
Obsolescência é a condição que ocorre a um produto ou serviço que deixa de ser útil, mesmo estando em perfeito estado de funcionamento, devido ao surgimento de um produto tecnologicamente mais avançado[1]
Existe inclusivamente a chamada obsolescência programada em que o produtor programa propositadamente desenvolver, fabricar e distribuir um produto, para consumo, de forma que se torne obsoleto ou não-funcional especificamente para uma determinada data ou tempo de funcionamento para forçar o consumidor a comprar de novo.
Tipos de obsolescência
[editar | editar código-fonte]Obsolescência técnica ou funcional
[editar | editar código-fonte]Pode ocorrer:
- Quando um novo produto ou tecnologia mais funcional, toma o lugar do antigo (por exemplo, do telégrafo para o telefone, do disquete de 5 1/4" para o de 3 1/2", do celular analógico para o digital etc).
- Quando o produto se torna inútil devido a mudanças em outros produtos. Por exemplo, os relhos tornaram-se obsoletos quando as pessoas começaram a andar em automóveis, em vez de charretes.
- Quando as peças de reposição se tornam tão dispendiosas que se torna mais interessante comprar um produto novo.
- Quando a baixa qualidade dos materiais encurta o tempo de vida do produto.
- Quando partes essenciais não estão mais disponíveis para viabilizar a fabricação de um item. O gerenciamento deste tipo de obsolescência é necessário se uma disponibilidade de longa duração do produto for necessária.
Obsolescência planejada (ou programada)
[editar | editar código-fonte]Às vezes, os profissionais de marketing introduzem deliberadamente a obsolescência em sua estratégia de produto, com o objetivo de gerar um volume de vendas duradouro reduzindo o tempo entre compras sucessivas. Um exemplo poderia ser o de uma máquina de lavar roupa, que é deliberadamente projetada para deixar de funcionar cinco anos após a compra, obrigando os consumidores a comprar outra máquina para os próximos cinco anos [2] Numa indústria altamente competitiva, esta estratégia costuma ser arriscada porque os consumidores podem comprar máquinas dos fabricantes concorrentes. A prática de obsolescência planejada é também considerada por muitos consumidores como um sinal de comportamento antiético. Benito Muros, da SOP (Sem Obsolescência Programada),[3] inventou uma lâmpada de longa durabilidade e recebeu ameaças por causa de sua invenção.[4] A inspiração para sua criação foi a Centennial Bulb, que permanece funcionando desde 1901.[5]
Obsolescência perceptiva (ou percebida)
[editar | editar código-fonte]A obsolescência perceptiva é uma forma de diminuir a vida útil dos produtos que ainda são perfeitamente funcionais e úteis. Os fabricantes lançam produtos com aparência inovadora e mais agradável, além de pequenas mudanças funcionais, dando aos produtos antigos aspecto de ultrapassados. Dessa forma, induzem o consumidor à troca.[6] Um bom exemplo é a moda, que se modifica de forma a estimular a frequente aquisição de novos modelos de vestuários.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ COS, Jordi Pau; Gasca, Ricardo Navascués. Manual de Logística Integral. Madri: Diaz De Santos, 1998. ISBN 8479783451
- ↑ KAZAZIAN, Thierry; Heneault, Eric Roland Rene. Haverá a idade das coisas leves: design e desenvolvimento sustentável. São Paulo: Senac, 2005. ISBN 8573594365.
- ↑ OEP Electrics Arquivado em 21 de junho de 2013, no Wayback Machine. - Sin obsolescencia programada. Página visitada em 8-7-2013. (em castelhano)
- ↑ Eco Debate - Espanhol que inventou lâmpada que não queima é ameaçado de morte. Página visitada em 8-7-2013.
- ↑ Centennialbulb - Página visitada em 8-7-2013. (em inglês)
- ↑ «Sobre o documentário "A história das coisas"». Secretaria da Educação do Estado do Paraná. Consultado em 16 de dezembro de 2008
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- A maldição da obsolescência por Elis Monteiro.
- Obsolescência por Cesar Boschetti.