Odília da Alsácia – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Este artigo é sobre a santa da Alsácia. Para a santa de Colônia, veja Odília de Colônia.
Santa Odília da Alsácia
Odília da Alsácia
Santa Odília em Avolsheim - Alsácia
Padroeira da Alsácia
Nascimento 660
Obernai
Morte 720 (60 anos)
Hohenborg
Veneração por Igreja Católica
Beatificação Século XI
Canonização por Papa Leão IX
Festa litúrgica 13 de dezembro
Atribuições Padroeira da Alsácia e Protetora dos olhos
Portal dos Santos

Odília da Alsácia ou Santa Odília (Obernai, ca. 660Hohenbourg, 720), é venerada como santa pela Igreja Católica.

Ela foi canonizada pelo Papa Pio VII em 1807. É a Padroeira da Alsácia e da boa visão.

A vida de Santa Odília, é conhecida graças a um texto anônimo escrito pouco antes de 950.

No século VII, a Alsácia fazia parte da Alemanha. O governante era Aldarico, que desejava um filho para ser seu sucessor na cidade. O duque havia sido batizado a pouco e não era um cristão muito fervoroso, mas aprovava as obras de caridade feitas pela sua esposa, Benvinda, uma cristã fervorosa.

Aldarico recebeu a notícia de que sua esposa teria um filho, e ficou muito feliz. Todavia, ao saber que havia nascido uma menina cega, expulsou-a do castelo. Sua filha foi entregue às religiosas de um mosteiro, onde ela foi educada. Um dia, receberam a visita do bispo Heraldo que dizia que um anjo dera a ordem de ir àquele mosteiro para batizar uma menina. Apresentaram a pequena cega, que ele batizou com o nome de Odília, que significa "luz de Deus". No momento do batismo, o bispo Heraldo disse: "Que os teus olhos do corpo se abram, como foram abertos os teus olhos da alma". Odília deste momento em diante passou a enxergar e recebeu o dom da profecia. Assim, depois se tornou uma das maiores místicas cristãs, com previsões que impressionam ainda hoje.

Posteriormente, ela passou a ser chamada por Otília. E o próprio bispo foi pedir para o duque receber a filha de volta no castelo. Aldarico só concordou porque já tinha nascido Hugo, irmão mais novo de Odília. Aos poucos, ela cativou o coração de seu pai, com seu jeito de ser. Arrependido, e com verdadeiro amor paterno, quis lhe arranjar um bom casamento. Odília fugiu, pois queria seguir a vida religiosa. Foi quando, Aldarico se converteu e expediu um decreto dizendo que ela estava perdoada, e que podia seguir sua vocação, e que ele ainda fundaria um mosteiro para ela.

Foi assim que o castelo de Hohenbourg, no alto de uma montanha às margens do Rio Reno, se tornou um mosteiro. A primeira abadessa foi Odília, enquanto o mosteiro recebia novas e novas religiosas a todo o momento. Como elas atendiam os pobres, principalmente os doentes incuráveis e abandonados, logo a abadessa fundou um hospital. Mais tarde, Aldarico e Benvinda ingressaram no mosteiro, onde morreram amparados pelos cuidados da futura santa e amada filha. Todos os castelos herdados foram transformados em hospitais e mosteiros.

Depois de muitos anos dedicados à oração, penitência e a caridade, Odília morreu em paz. Era o dia 13 de dezembro de 720. Foi sepultada no mosteiro. Desde então, por sua intercessão, os devotos que molham os olhos doentes com água proveniente da fonte do mosteiro, conseguem a graça da cura. O local se tornou um santuário em 1807, quando o Papa Pio VII autorizou seu culto, declarando-a santa, para ser festejada na data de sua morte.

Todos os imperadores alemães, desde Carlos Magno, a homenagearam. Até o Papa Leão IX e o Rei Ricardo I da Inglaterra foram visitar seu túmulo. Santa Odília é muito venerada como protetora dos doentes da visão, dos cegos e dos médicos oftalmologistas. A Igreja a declarou padroeira da Alsácia, atualmente território francês.

Os mosteiros e os hospitais fundados por ela foram entregues aos monges beneditinos, que mantiveram a finalidade inicial dada por Santa Otília: a assistência aos pobres e doentes incuráveis.

Ela sempre aparece vestida de Abadessa Beneditina, o que a distingue de Santa Lúcia de Siracusa, e as suas representações também a mostram com um livro da Regra beneditina, com dois olhos em cima, ou a segurar um ramo igualmente com dois olhos.

Bibliografía

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Ligações externas

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